A razão profunda dessa realidade e que Deus nos quer dizer que esta vida é apenas uma “passagem”, um aperfeiçoamento, em busca de uma vida duradoura, eterna, perene, muito melhor, onde a felicidade não se acaba e não diminui. O Céu! O Pai quer dar ao filho o que tem de melhor.
Em cada flor que murcha e em cada homem que falece, sinto Deus nos dizer: “Não se prendam a esta vida transitória. Preparem-se para aquela que é eterna, muito melhor, onde tudo será duradouro, e nada precisará ser renovado dia a dia. Não haverá mais choro e nem lágrimas”.
E isto mostra-nos também que a vida está em nós, mas não é nossa. Quando vemos uma bela rosa murchar, é como se ela estivesse
Ainda assim, mesmo com essa lição permanente que Deus nos dá, muitos de nós somos levados a viver como aquele homem rico da parábola narrada por Jesus, que abarrotou seus celeiros de víveres e disse à sua alma: “Descansa, come, bebe e regala-te” (Lc 12,19). Insensato!
A efemeridade das coisas nos ensina que aquilo que não passa, que não se esvai, que não morre, é aquilo de bom que fazemos para nós mesmos e, principalmente, para os outros. Os talentos multiplicados no dia-a-dia, a perfeição da alma buscada na longa caminhada de uma vida de meditação, de oração, de piedade, essas são as coisas que não passam, que o vento do tempo não leva e que, finalmente, nos abrirão as portas da vida eterna e definitiva, quando “Deus será tudo em todos” (cf. I Cor 15,28).
Aqueles que não creem na eternidade jamais se conformarão com a precariedade desta vida terrena, pois sempre sonharão com a construção do céu nesta terra. Isso é impossível. Só com os olhos no céu podemos viver bem na terra.
Do livro Entrai Pela Porta Estreita – Prof. Felipe Aquino
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