
Suicidou-se!
Está perdido e condenado para sempre Oh! Não digamos assim do infeliz
que, num ato de desespero, deu cabo da existência. Verdade é que a
Igreja condena o suicídio como um crime hediondo. Ela quer ensinar-nos o
respeito à vida que não nos pertence, e a resignação à vontade de Deus,
sem jamais ter dito ou ensinado que o suicida esteja condenado e
perdido para sempre.
Quem pode saber o que, em tão violento transe, passa- se entre Deus e
a pobre alma? Quem pode penetrar no pensamento do infeliz suicida após o
disparo da arma fatal? Não havia tempo, dir-se-á. Que importa? Uma
palavra, um grito, um olhar, um ato de amor Divino, suscitados pela
misericórdia Divina, bastam para a salvação, naquela hora extrema. Além
do mais, uma enfermidade mental, uma neurastenia profunda, uma fraqueza
de momento, não são razões de molde a mover-nos ao perdão do pobre
suicida?
E, então, Deus, que é Pai, que se inclina, cheio de misericórdia,
sobre nossas misérias, há de ser mais duro de coração do que nós, que
somos tão maus? Oh! O suicídio não se justifica. É, na verdade, um crime
e um crime hediondo. Entretanto, não devemos

chorar,
desesperados, os que as- sim acabam tragicamente a vida, porque não
podemos nem devemos desesperar da salvação de quem quer que seja! (Do
livro BREVIÁRIO DA CONFIANÇA, Mons. Ascânio Brandão,
www.cleofas.com.br)
O Catecismo ensina que “o suicídio é contrário ao amor do Deus
vivo”, mas, “distúrbios psíquicos graves, a angústia ou o medo grave da
provação, do sofrimento ou da tortura podem diminuir a responsabilidade
do suicida. Não se deve desesperar da salvação das pessoas que se
mataram. Deus pode, por caminhos que só Ele conhece, dar-lhes ocasião de
um arrependimento salutar. A Igreja ora pelas pessoas que atentaram
contra a própria vida”. (n.2221-2223)
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