segunda-feira, 13 de outubro de 2014

De quê o Brasil precisa?



fb400b6932c4ebf0fec8ef82408f8d6dO Brasil está doente, muito doente!
As ruas mostraram e continuam mostrando isso. O povo não tem serviços de saúde adequados, transportes dignos, mas tem 12 sofisticadas e modernas arenas de futebol; “elefantes brancos” poucos usados e que custaram mais de 28 bilhões de reais. A FIFA pediu apenas oito. Não tem hospitais e boas escolas com bons professores; o Estado está inchado e é mastodôntico, os gastos públicos são absurdos, a inflação ressurge, a corrupção é institucionalizada, vários partidos apoiam o governo “a preços altos”, os conchavos políticos são corriqueiros, o número de ministros e de ministérios (39!) é escandaloso, os impostos são escorchantes (levam cinco salários mensais do trabalhador!), o “pão e o circo” tenta enganar o povo, enquanto a impunidade campeia; os grandes ladrões e corruptos não vão para a cadeia (vide Mensalão!).
De fato o Brasil é um país muito doente! Mas, como tratar desse enfermo grave? Certamente não adianta dar apenas aspirina a esse doente. É preciso descer às causas profundas de sua enfermidade. Não há solução fácil para problema difícil. Quando o doente vai ao médico e se queixa de dor no peito, na cabeça, febre alta, tontura, mal estar, etc., não basta dar a ele analgésico. Ele pode estar com uma coronária entupida, um câncer, uma depressão profunda…
Diante das manifestações o governo se agita e propõe uma Constituinte e Plebiscito; mais parece uma “cortina de fumaça” enganadora. Para fazer a necessária e inadiável reforma política não é preciso de nada disso, os juristas já disseram que basta o Congresso querer e fazer. Há mais de vinte anos isso vem sendo adiado. Toda vez que há uma crise se fala em reforma política, passado o perigo, não se fala mais nisso.
Em caráter de urgência vimos o Congresso agora aprovar recursos do Pré-sal para a educação e saúde; o crime de corrupção é taxado de hediondo; os preços dos pedágios são congelados; as tarifas de ônibus baixam; um deputado de RO é preso às pressas pelo STF e a PEC 37 é rejeitada na correria. Mesmo que sejam medidas necessárias, são paliativos, analgésico que não cura o doente.
O Brasil precisa sim de muitas reformas estruturais que não interessa a quem deseja manter as coisas como estão: reforma política, econômica, tributária, educacional, trabalhista, previdenciária, etc. Mas, sem a reforma política as outras não podem acontecem por que depende do sistema politico, que hoje induz à corrupção. Mas qual a reforma política que o Brasil precisa?
Antes de tudo uma Reforma política precisa aprovar o “voto distrital” e o regime parlamentarista. São cirurgias que o país precisa, muito além de “band-aid’s” e analgésicos. Nos próximos artigos vamos explicar com mais detalhe a importância de cada uma dessas providências.
Prof. Felipe Aquino

A importância da oração



Oração-AgoraPara você ser um cristão “de pé”, forte e equilibrado, senhor de você mesmo, e capaz de amar,  você precisa aprender a rezar.
A nossa natureza ficou debilitada pelo pecado original e é marcada pela concupiscência, isto é, uma força que nos puxa para o mal.
Quem de nós não sente isso? Jesus disse claro: “O espírito é forte, mas a carne é fraca. Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mt 26,41).
Jesus estimava tanto a oração que passava noites inteiras no alto dos mon­tes da Galiléia conversando com o Pai (cf. Lc 5,16; 6,12; 9,29). E aí estava a sua força; de dia pregava, de noite rezava.
Ensinou os discípulos a rezarem (cf. Mt 6,9) e insistiu com eles: É necessário orar sempre sem jamais deixar de faze-lo” (Lc 18,1b);); “Pedi e se vos dará” (Mt 7,7a).
Orar é uma ordem, um mandamento do Senhor. Sem oração, nenhum de nós fica de pé espiritualmente e ninguém consegue fazer a vontade de Deus. A razão é muito clara: “Porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15, 4). Jesus deixou claro:
esse “nada” indica que, por nós mesmos, não conseguiremos fazer o bem e, pior ainda, evitar o mal. São Paulo insistiu: ‘E o mesmo Deus que opera tudo em todos” (1 Cor 12,6b).
São Tomás de Aquino disse que todas as graças que o Se­nhor, desde toda a eternidade, determinou conceder-nos, não as quer conceder a não ser por meio da oração. “A oração é necessária”, disse o santo, “não para que Deus conheça as nos­sas necessidades, mas para que fiquemos conhecendo a neces­sidade que temos de recorrer a Deus, reconhecendo-O como o único autor de todos os bens”.
Quando o Senhor manda: “Pedi e se vos dará. Buscai e achareis” (Mt 7,7a), no fundo, Ele deseja que reconheçamos que só Ele é o autor dos nossos bens e que, portanto, devemos só a Ele recorrer. É por isso que desagradamos profundamente a Deus todas as vezes que buscamos socorro fora dEle, especialmente nas práticas idolátricas – magia, feiticismo, necromancia, car­tomancia, adivinhação, invocação dos mortos, horóscopo e em outras práticas – sendo infiéis a Deus.
Toda a tradi­ção da Igreja e as Escrituras condenam toda e qualquer busca de poder fora de Deus, por ser exatamente essa a característica do paganismo (1Cor 10,20; Dt18,9-13).
Por outro lado, aquele que ora, manifesta confiança em Deus, como Q salmista disse: “Confia ao Senhor a tua sorte, espera nele: e ele agirá” (Sl 36,5). O velho Tobias afirmava: “Pede-lhe que dirija os teus passos, de modo que os teus planos estejam sempre de acordo com a sua vontade” (Tb 4,20b).
Feliz o cristão que adquiriu o hábito de conversar; coração a coração, familiarmente, com Deus. Isso é orar; falar com Deus, coração a coração, em todas as circunstancias.
Deus quer que conversemos com Ele, diz São Ligório, e quer ser tratado como amigo íntimo. Ninguém nos ama tanto como Ele e até as nossas pequenas coisas Lhe interessam.
É preciso sermos transparentes diante do Senhor; abrin­do-Ihe o coração com toda a liberdade e confiança. Diz o livro da Sabedoria que “Deus antecipa-se a dar-se a conhecer aos que O desejam” (cf. Sb 6,13).
São Paulo expressou tudo isso em poucas palavras: “Vivei sempre contentes. Orai sem cessar. Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cris­to” (1 Ts 5,16-18).
Você deve conversar com Deus em todas as ocasiões: na alegria e na dor; na penúria e na fartura, na saúde e na doença, pedindo, agradecendo, louvan­do, bendizendo, cantando… Podemos orar quando estamos no carro, na bicicleta, na cozinha, no silêncio do quarto, na rua. E Deus estará sempre acolhendo nossa oração e nos respon­dendo.
Enfim, a oração é a força do homem, é o caminho mais simples para receber os dons de Deus. Sem oração você não conhecerá a vitó­ria.
São Afonso de  Ligório, doutor da Igreja, viveu 91 anos. Escreveu mais de cem livros e disse que, se em toda a sua vida tivesse de fazer uma só pregação, essa seria sobre a oração.
Sem oração é impossível caminhar na fé e fazer a vontade de Deus.  Ela é a nossa força; por ela os santos chegaram à santidade; e, sem ela ninguém experimentará a glória e o poder de Deus.
A oração é para a alma o que o ar é para o corpo.
Uma alma que não reza é uma alma que não respira; não tem vida.  Ninguém pode servir a Deus sem muita oração, pela simples razão de que é Ele, e somente Ele, que realiza todas as coisas; nós somos apenas seus instrumentos.
Quanto mais comungamos com Ele pela oração, mais nos tornamos um instrumento útil em suas santas mãos.  É uma grande ilusão querer fazer algo por Deus, e para Deus, sem antes muito rezar.  Esta é a maior tentação que sofremos: rezar pouco, não rezar ou rezar mal.
A oração pode mudar todas as coisas; o Anjo Gabriel disse à Maria: “Para Deus nada é impossível” (Lc 1,37).
“Tudo é possível ao que crê” (Mc 9,23), nos garantiu o Senhor.  E mais, “pedi e vos será dado” (Lc 11,9), “Tudo o que pedirdes na oração, crede que o tendes recebido, e ser-vos-á dado” (Mc 11,24).
São Paulo  recomenda com insistência: “Orai em todo o tempo” (Ef 6,18), “perseverai  na oração” (Col 4,2), “orai  sempre e em todo o lugar” (1 Tim 2,8).  “Antes de tudo recomendo que se façam súplicas, orações, petições, ações de graças por todos os homens…” (1Tim 2,1).
E São Pedro nos adverte:cpa_oracoes_todos_tempos_5ed
“Lançai em Deus todas as vossas preocupações porque Ele tem cuidado de vós” (1 Pe 5,7).
O Papa Paulo VI disse certa vez:
“Quando consideramos as mais verdadeiras, mais profundas e, ao mesmo tempo, mais negligenciadas necessidades dos homens do nosso tempo, não podemos deixar de concluir pelo primado da oração no campo da atividade multiforme da Igreja”.
“A Igreja é a sociedade dos homens que oram.  Seu principal objetivo é ensinar a rezar”.
“A Igreja proclama a identidade entre a oração e a caridade; afirma Bossuet: É certo que não existe senão a caridade que ora” (L’Osservatore Romano- 21/7/1966).
“… A oração está no ponto mais alto da razão, no vértice da psicologia, no ápice da moralidade e da esperança.” (L’Osservatore Romano – 14/3/1976).
Além do mais, o próprio Senhor nos deu o exemplo:
“Entretanto espalhava mais e mais a sua fama, e concorriam grandes multidões para o ouvir  e ser curadas das suas enfermidades.  Mas ele costumava retirar-se a lugares solitários para orar” (Lc 5,15-16).
Há muitas formas de oração e todas elas são boas, desde que sejam feitas “com o coração”, como nos tem pedido insistentemente a grande Mãe de Deus.
Aqui você irá encontrar profundas orações para todos os dias e para ocasiões próprias.  É um livro para você levar consigo em todos os lugares e, assim, estar sempre em oração, por toda a vida.
Muitas dessas orações estavam “enterradas” nos porões do tempo, há muitos e muitos anos;  mas agora,  neste Novo Pentecostes que o Senhor está derramando sobre a Sua Santa Igreja, elas estão sendo redescobertas com toda a sua força e graça salvíficas.
Se  você não sabe rezar, abra este livro e deixe Deus falar ao seu coração. Reze “com o coração”, sem pressa, esqueça o relógio, e entregue-se ao Coração de Jesus. ” Tudo pode ser mudado pela oração”.
O grande pregador de Notre Dame de Paris, Padre De Ravignân S.J., dizia:
“Meus queridos amigos, acreditem-me, depois da experiência de 30 anos de ministério, eu sinto o dever de notificar e testemunhar o seguinte:
“Todas as defecções e todas as deficiências; todas as misérias e todas as falhas; todas as quedas assim como os passos mais horríveis fora do caminho reto, tudo isto deriva de uma única fonte: falta de constância na oração”.
“Vivam uma vida de oração; aprendam  a transformar qualquer coisa na oração, quer os sofrimentos, quer as dores e qualquer tipo de tentação”.
“Rezem na calma e na tempestade, rezem à noite como ao longo do dia, rezem indo e voltando, rezem embora se sintam cansados e distraídos”.
“Rezem  também  a  contragosto e peçam a Jesus que agoniza no Jardim das Oliveiras e no Calvário aquela força e aquela coragem de rezar que Ele nos mereceu com suas dores e seu sangue”.
“Rezem, porque a oração é a força que salva, a coragem que dá a  perseverança,  a  mística ponte lançada por Deus sobre o abismo que separa a alma de Deus.”
São João Maria Vianney, sobre a oração, dizia:
“Prestai atenção, meus filhinhos: o tesouro do cristão não está na terra, mas nos céus. Por isso o nosso pensamento deve estar voltado para onde está o nosso tesouro. Esta é a mais bela profissão do homem: rezar e amar.
A oração nada mais é do que a união com Deus. Quando alguém tem o coração puro e unido a Deus, senteem si mesmo uma sua vida de e doçura que inebria e uma luz maravilhosa que o envolve. Nesta íntima união,  Deus e  a alma são como dois pedaços de cera, fundidos em  um só, de tal modo que ninguém mais pode separar. Como é bela esta união de Deus com a sua pequenina criatura!  É uma felicidade impossível de se compreender “.
Recomendo essas páginas aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, e ao glorioso São José, suplicando-lhes que concedam a todos os que fizerem uso delas para orar, a graça de serem incendiados no amor de Deus e cumprirem fielmente a Sua vontade em suas vidas.
“Ser orante, antes de ser orador” . “Falar com   Deus, mais do que falar de Deus”. “Teu desejo é a tua oração; se o desejo é contínuo, também a oração é contínua”. (Santo Agostinho).

Você tem valor!

Gosto muito daquela música que diz assim:
Quero que valorize o que você tem,
Você é um ser, você é alguém,
tão importante para Deus…
Deixa de ficar sofrendo angústia e dor
neste seu complexo inferior,
dizendo às vezes que não é ninguém…
Eu venho falar do valor que você tem…
Eu venho falar do valor que você tem…
O Espírito Santo mora em você
fazendo gemidos inexprimíveis!
Depois da viagem fantástica que fizemos pelo Cosmos, você pôde notar a sua grandeza e a sua beleza. Mas todo este universo “não sabe que existe”; não tem alma, não tem inteligência, não tem vontade e não tem consciência. Você tem; por isso você é mais importante do que todo o Cosmos. Você é mais importante do que as quintilhões de estrelas…
Creia por favor, você é mais belo do que o Sol, mais brilhante do que a Lua, mais fantástico do que tudo o que os seus olhos veem…
Um grito de júbilo explodiu no universo quando a vida se tornou consciente, inteligente, dotada de vontade e liberdade.
Podemos dizer como o poeta que o Cosmos “chorou” de alegria quando viu você surgir das mãos de Deus.
“Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra e sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra… criou-os homem e mulher”. (Gn 1, 26-27)
Veja, você veio ao mundo, depois de bilhões de anos de preparação, para ser rei deste universo dado por Deus.
Então você não pode se arrastar como um escravo; você não pode viver como uma águia de galinheiro; a sua dignidade de filho de Deus não permite. Você sintetiza no seu ser todo o universo criado e a glória do Criador. Você é a meta de toda a criação. Você é a voz e a alma do universo. É através de você que a matéria bruta, a planta silenciosa, e o animal selvagem vão dar glória ao Criador. Eles olham para você… Não os decepcione.
Há bilhões de anos Deus preparou a sua chegada. Desde o primeiro átomo de hidrogênio que foi criado há bilhões de anos, Ele já pensava em você. E, quando você foi gerado por seu pai, de todos aqueles quinhentos milhões de espermatozóides, só um fecundou aquele óvulo bendito de tua mãe: daí nasceu você.
E ninguém jamais será igual a você… porque o Criador trabalha com exclusividade. Não aceita repetir as suas obras. Entre as mais de seis bilhões de pessoas do Planeta, não há dois que tenham o mesmo código genético (DNA) ou as mesmas impressões digitais. Não é fantástico?cpa_jovem_levanta-te_1
As mulheres querem roupas exclusivas, sem que outras tenham iguais, o Criador deu isto de graça a todos, não nas roupas, mas no ser. A roupa exclusiva acaba, mas você não!
Você é um indivíduo, isto quer dizer, único, irrepetível, singular. Sua vida é única, não houve e não haverá outro igual a você na história deste mundo… já pensou?
Mesmo que o homem possa chegar à loucura de clonar o corpo, Deus não clonará a alma; portanto, nem os clones humanos seriam pessoas iguais.Veja o valor que você tem. Veja com que capricho e sabedoria você foi criado. São Paulo nos diz que Deus nos amou antes de ter feito este mundo:
“Bendito seja Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto do céu nos abençoou com toda bênção espiritual em Cristo, e nos escolheu nele antes da criação do mundo…” (Ef 1, 3)
Isto quer dizer, que antes de criar o primeiro átomo de hidrogênio, há bilhões de anos, Deus já te amava e te queria… Antes de ser filho dos teus pais, você já era um filho amado de Deus.
Prof. Felipe Aquino

Reflexão do Evangelho de hoje - Lc 11, 29-32

Para muitas pessoas, Deus deve manifestar-se constantemente para todos, pois somente assim o mundo poderá crer. Na verdade, essas pessoas querem uma demonstração evidente da existência de Deus e da sua presença no nosso dia a dia, porém o Evangelho de hoje nos mostra que assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, Jesus é um sinal para nós, e Jonas foi um sinal para os ninivitas apenas por suas palavras, que os ninivitas ouviram e creram. Deste modo, Jesus é um sinal para nós por sua palavra e é nela que devemos crer e não ficar exigindo que ele fique realizando "milagres" para que fundamentemos a nossa fé.

Evangelho de hoje - Lc 11,29-32

Evangelho - Lc 11,29-32

Nenhum sinal será dado a esta geração
a não ser o sinal de Jonas.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 11,29-32
Naquele tempo:
29Quando as multidões se reuniram em grande quantidade,
Jesus começou a dizer:
'Esta geração é uma geração má.
Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado,
a não ser o sinal de Jonas.
30Com efeito, assim como Jonas
foi um sinal para os ninivitas,
assim também será o Filho do Homem para esta geração.
31No dia do julgamento,
a rainha do Sul se levantará
juntamente com os homens desta geração,
e os condenará.
Porque ela veio de uma terra distante
para ouvir a sabedoria de Salomão.
E aqui está quem é maior do que Salomão.
32No dia do julgamento, os ninivitas
se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão.
Porque eles se converteram
quando ouviram a pregação de Jonas.
E aqui está quem é maior do que Jonas.'
Palavra da Salvação.

O que dizer sobre correntes de oração?



size_590_mulher-computadorMuitas pessoas nos escrevem perguntando se é verdade o que acontece caso quebrem as correntes de oração que recebem pela internet ou celular.
Bem, não podemos negociar com Deus graças ou pedidos; Ele sabe o que é melhor para nós. A corrente é uma espécie de superstição pois acreditam que se for quebrada Deus não atenderá nossas preces, ora isso é um absurdo, pois Deus no seu plano de amor fará o que for melhor para nós. Se Ele acha que merecemos ele nos dará, se não recebermos, é porque algo maior e melhor Ele providenciará.
Prof. Felipe Aquino

Rainha e Padroeira do Brasil



nossa-senhora-aparecida1Em 1930 o Brasil foi solenemente consagrado a Nossa Senhora Aparecida pelo Cardeal D. Sebastião Leme na presença do Presidente da República Washington Luiz, e de numerosas autoridades religiosas, civis e militares.
Tudo começou em 12 de outubro de 1717; chegava o governador e Conde de Assumar, com sua comitiva, à região de Guaratinguetá. Os pescadores deviam apresentar todo o peixe que pudessem haver para o dito governador. Entre eles Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe Pedroso. Lançaram suas redes no Rio Paraiba no porto de Itaguassú, sem tirar peixe algum. De repente, lançando as redes neste porto, João Alves tirou na sua rede de rasto o corpo da Senhora, sem cabeça, e, lançando mais abaixo outra vez a rede, tirou a cabeça de mesma Senhora, não se sabendo nunca quem ali a lançasse. A imagem encontrada media 38 cm de altura e apresentava cor bronzeada.
E, continuando a pescaria, dali por diante foi tão copiosa a pesca em poucos lances que, receosos de naufragarem pelo muito peixe que tinham nas canoas, ele e os companheiros se retiraram a suas moradas, admirados deste sucesso” (cf. Marcondes Homem de Mello, Álbum da Coroação. Brasílio Machado, A Basílica de Aparecida).
Os pescadores a levaram para as suas casas; mas verificaram-se alguns sinais milagrosos, que chamaram a atenção do Pe. José Alves Vilela, pároco de Guaratinguetá. Certa vez, durante as orações, aconteceu que, embora a noite estivesse muito calma, de repente se apagaram as velas da imagem da Senhora. Os fiéis, querendo reacendê-las, verificaram com surpresa que elas por si, sem intervenção de alguém, se reacenderam.
O Padre José Alves então decidiu construir para a Santa Mãe uma capela para satisfazer ao crescente número de devotos da Virgem. Depois esta capela foi substituída por outra maior no morro dos Coqueiros em 1745, morro que tomou o nome de “Aparecida” (hoje cidade de Aparecida do Norte).
Em 1846 foi iniciada a construção de templo maior, que ainda existe em Aparecida do Norte. No ano de 1980 foi abençoada a nova e grande Basílica pelo Papa João Paulo II, alvo de peregrinações numerosas durante o ano inteiro.
Em 1884 a Princesa Isabel doou uma coroa a Nossa Senhora Aparecida. Com a doação desta joia, a princesa pagava uma promessa feita a Maria, em que pedira, em 1868, um herdeiro para o trono. Sete anos após ter feito o pedido, a princesa Isabel deu à luz D. Pedro de Alcântara.
Em 1884 a princesa retornou a Aparecida com a coroa e com os três filhos, D. Pedro de Alcântara, D. Luiz Felipe e D. Antônio. A Coroação aconteceu em 1904.
Entre os milagres que provocavam o fervor do povo, conta-se o do escravo, ocorrido por volta de 1790 e famoso nos tempos subsequentes. Segundo a versão mais abalizada, as correntes se soltaram das mãos do escravo, quando este implorava a proteção de Nossa Senhora Aparecida diante da respectiva imagem. Eis como o refere o Pe. Claro Francisco de Vasconcelos pelo ano de 1838:
“Um escravo fugitivo, que estava sendo conduzido de volta à fazenda pelo seu patrão, ao passar pela Capela, pediu para fazer oração diante da Imagem. Enquanto o escravo estava em oração, caiu repentinamente a corrente, deixando intato o colar que prendia seu pescoço. A corrente se encontra até hoje pendente da parede do mesmo Santuário como testemunho e lembrança de que Maria Santíssima tem suprema autoridade para desatar as prisões dos pecadores arrependidos. Aquele senhor, tocado pelo milagre, ofereceu a Nossa Senhora o preço dele e o levou para casa como uma pessoa livre, a fim de amar e estimar aquele seu escravo como pessoa protegida pela soberana Mãe de Deus” (relato extraído da obra de Júlio J. Brustoloni, A Mensagem da Senhora Aparecida, Ed. Santuário, Aparecida, SP, 1994).
O Papa Pio XI acolheu o pedido da hierarquia e dos fiéis, que desejavam fosse Nossa Senhora Aparecida proclamada Padroeira principal de todo o Brasil. Aos 16 de julho de 1930 publicava S. Santidade o seguinte “Motu proprio”:
“… Por conhecimento certo e madura reflexão Nossa, na plenitude de Nosso poder apostólico, pelo teor das presentes letras, constituímos e declaramos a mui Bem-aventurada Virgem Maria concebida sem mancha, sob o título de “Aparecida”, Padroeira principal de todo o Brasil diante de Deus. Este padroado gozará dos privilégios litúrgicos e das outras honras que costumam competir aos Padroeiros principais de lugares ou regiões. Concedendo isto para promover o bem espiritual dos fiéis no Brasil e aumentar cada vez mais a sua devoção à Imaculada Mãe de Deus, decretamos que cada vez mais a sua devoção à Imaculada Mãe de Deus, decretamos que as presentes letras estejam e permaneçam sempre firmes, válidas e eficazes, surtindo seus plenos e inteiros efeitos”.
D. Pedro I, o primeiro Imperador, confirmando antiga provisão de Sua Majestade o rei de Portugal do ano de 1646, declarou a Virgem da Conceição Padroeira do Brasil.
A presença do sobrenatural em Aparecida exigiu que se empreendesse a construção de nova e mais vasta Basílica. Esta, iniciada em 1955 pelo Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta, estava concluída, com todas as suas capelas e quatro naves, em 1980. A área construída é de 23.000 m² e a área coberta mede 18.000 m². A lotação normal é de 45.000 pessoas, podendo a lotação máxima chegar a 70.000 pessoas. Até hoje são relatados milagres e favores de ordem física obtidos por intercessão de Nossa Senhora Aparecida em seu Santuário; todavia o que mais importa aí, são os numerosos casos de conversão espiritual e reencontro da paz interior alcançada pelo patrocínio de Nossa Senhora, Padroeira desse bom povo que a seus pés busca socorro espiritual.
O fato de que a imagem da Senhora Aparecida tem a cor preta, tem sido objeto de comentários… Na verdade, o fenômeno se explica pela longa permanência da estátua dentro da água do rio, mas é inegável que ela apareceu no Brasil bem na época da escravidão dos negros, e é difícil não ver na sua cor uma mensagem aos brancos de que os negros são seus irmãos.
É comovente ir a Aparecida do Norte e participar de uma Santa Missa, com o povo mais simples lotando a enorme Basílica, especialmente nos finais de semana. E o templo está cada vez mais bonito – o que Nossa Senhora merece – e é o povo mais pobre e humilde que custeia isso com suas doações. É a Casa Santa do povo de Deus. Que a Virgem do Brasil nos proteja, e salve o nosso país de tanta corrupção, imoralidade, violência. Que na próxima eleição ela dê ao Brasil o Presidente que precisa ter para ter paz, moralidade e prosperidade.

O dom do Temor de Deus



PazHá vários tipos de temor: o temor da covardia ou do interesse (do mercenário); o temor do castigo (do escravo); e o temor do amor (do filho). Este último é o que vem do Espírito Santo e que consiste na rejeição que o cristão experimenta diante da possibilidade de poder se afastar de Deus; brota das próprias entranhas do amor. Não há verdadeiro amor sem este tipo de temor. Medo de ofender o amado.
As virtudes nos afastam do pecado, porém, se dá através de lutas, hesitações. Pelo dom do temor de Deus a vitória é rápida e perfeita, pois então é o Espírito que move o cristão a dizer Não à tentação. O dom do temor de Deus se prende à virtude da humildade. Esta nos faz conhecer nossa miséria; impede a presunção e a vanglória, e assim nos torna conscientes de que podemos ofender a Deus; daí surge o santo temor de Deus. O mesmo dom também se liga à virtude da temperança; combate a concupiscência e os impulsos desordenados do coração, para não ofender e magoar a Deus.
O jovem São Luís de Gonzaga derramou muitas lágrimas certa vez quando teve que confessar suas faltas leves… Para o santo, essas pequeninas faltas eram sinais do perigo de poder um dia afastar-se de Deus. Para quem ama, qualquer perigo de afastar-se do amado tem grande importância.

sábado, 11 de outubro de 2014

Reflexão do Evangelho de hoje - Lc 11, 27-28

A maternidade carnal de Maria é muito importante e, é claro, muito valorizada por Jesus, mas é apenas uma maternidade, algo que faz parte da natureza de todas as mulheres. No Evangelho de hoje, Jesus contrasta a maternidade carnal de sua mãe com a grandeza da fé e do seguimento dos valores do Reino, o que não faz parte da natureza humana, mas é fruto da atuação da graça divina em nós, e que fazia parte da vida de Maria. Mas Maria, quando se dispôs a fazer a vontade de Deus e disse Sim ao seu projeto de amor, foi muito além, pois sua maternidade não foi apenas carnal, foi divina.

Evangelho de hoje - Lc 11,27-28

Evangelho - Lc 11,27-28

Feliz o ventre que te trouxe.
Muito mais felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 11,27-28
Naquele tempo:
27Enquanto Jesus falava,
uma mulher levantou a voz no meio da multidão e lhe disse:
'Feliz o ventre que te trouxe
e os seios que te amamentaram.'
28Jesus respondeu:
'Muito mais felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus
e a põem em prática.'
Palavra da Salvação.

A prova da maçã



maca-mordida1Essa é uma história verídica acontecida na Universidade de Chicago.
Na Universidade de Chicago “Divinity School”, em cada ano, eles têm o que chamam de “Dia Batista”.
Nesse dia cada um deve trazer um prato de comida e há um piquenique no gramado. Sempre, no “Dia Batista”, a escola convida uma das grandes mentes da literatura no meio educacional teológico para dar uma palestra.
Num ano eles convidaram o Dr. Paul Tillich.
Dr. Tillich falou durante 2 horas e meia, provando que a ressureição de Jesus era falsa. Ele questionava estudiosos e livros e concluiu que, a partir do momento que não havia provas históricas da ressurreição, a tradição religiosa da igreja caía por terra, porque era baseada num relacionamento com um Jesus que havia ressurgido, mas de fato, ele nunca havia ressurgido literalmente dos mortos.
Quando concluiu sua teoria, ele perguntou se havia alguma pergunta.
Depois de uns 30 segundos, um senhor negro de cabelos brancos se levantou no fundo do auditório.
“Dr. Tillich, eu tenho uma pergunta” ele disse enquanto todos os olhos se voltavam para ele. Ele colocou a mão na sua sacola, pegou uma maça e começou a comer.
“Dr. Tillich… (mordeu a maçã) Minha pergunta é uma questão muito simples… (mordeu a maçã) Eu nunca li tantos livros como o senhor leu… (mordeu a maçã) E também não posso recitar as escrituras no original grego… (mordeu a maçã) Eu não sei nada sobre Niebuhr e Heidegger… (mordeu a maçã) E ele acabou de comer a maçã”.
“Mas tudo o que eu gostaria de saber é: essa maçã que eu acabei de comer… estava doce ou azeda?”
Dr. Tillich parou por um momento e respondeu com todo estilo de um estudioso: “Eu não tenho possibilidades de responder essa questão, pois eu não provei a sua maçã.”
O senhor de cabelos brancos jogou o que restou da maça dentro do saco de papel, olhou para o Dr. Tillich e disse calmamente:cpa_historias_para_meditar
“O senhor também nunca provou do meu Jesus. Como pode afirmar o que está dizendo?”
Mais de 1000 pessoas que estavam assistindo não puderam se conter. O auditório se ergueu em aplausos. Dr. Tillich agradeceu a plateia e rapidamente deixou o palco.
Você já teve um encontro com Jesus?
“Prove e veja que o Senhor é bom. Feliz do homem que Nele se refugia.” (Sl 34,8)
Na sua bela Encíclica “Jesus Redentor do Homem”, o Papa São João Paulo II disse que: “O homem sem Jesus Cristo, permanece para si mesmo um desconhecido, um mistério insondável, um enigma indecifrável”, porque “só Jesus Cristo revela o homem ao próprio homem”. Sem Cristo o homem não conhece a sua identidade, não sabe que é um filho amado de Deus, criado para participar da felicidade perfeita do seu Criador. Sem o Mestre divino, o homem não sabe o que faz neste mundo, não sabe o sentido da dor, do trabalho, da morte e da vida. Fica perdido. Mas Jesus explica tudo.

O que é a Teologia do Corpo?



logo“Deus modelou o homem com as próprias mãos (…) e imprimiu na carne modelada sua própria forma, de modo que até o que fosse visível tivesse a forma divina”. CIC § 704
“Teologia do Corpo” é o título que papa João Paulo II deu ao primeiro grande projeto de ensino de seu pontificado. Em 129 pequenas palestras, pronunciadas entre setembro de 1979 e novembro de 1984, ofereceu à Igreja e ao mundo uma valiosa reflexão bíblica sobre o sentido da corporeidade humana, em especial sobre a sexualidade e o desejo erótico.
O teólogo católico George Weigel descreve esta teologia do corpo como “uma das mais ousadas reconfigurações da teologia católica dos últimos tempos” (…), “algo como uma bomba-relógio teológica, programada para detonar com dramáticas consequências (…) talvez no século 21″. Esta visão nova do amor sexual “apenas começou a tocar a teologia da Igreja, a pregação e a educação religiosa”. Quando, porém, ela se impuser plenamente – prenuncia Weigel- “produzirá um dramático desenvolvimento no modo de pensar, virtualmente, sobre todos os temas importantes do Credo” (WH pp. 336, 343, 853).
DEUS, SEXO E SENTIDO DA VIDA
Por que a reflexão do Papa sobre o amor sexual iria afetar “todos os ternas importantes do Credo?” Porque sexo não é apenas sexo. A maneira corno entendemos e expressamos nossa sexualidade revela as nossas convicções mais profundas sobre quem somos, quem é Deus, o significado do amor, da organização da sociedade e até do universo. Por isso a teologia do corpo de João Paulo II representa muito mais que urna reflexão sobre o sexo e o amor conjugal. Através da objetiva do matrimônio e da união “numa só carne” dos cônjuges – diz o Papa -, descobrimos “o sentido de toda existência, o sentido da vida” (29/10/1980)1.
E o sentido da vida, segundo Cristo, é amar como ele ama (cf. Jo 15,12). Uma das intuições mais importantes do Papa é o de ter Deus gravado esta vocação de amar como ele ama em nossos corpos, ao nos criar homem e mulher e chamando-nos a ser “uma só carne” (d. Gn 2, 24). Muito mais que uma simples nota de rodapé da vida cristã, a maneira como entendemos o corpo e o relacionamento sexual “abarca toda a Bíblia” (13.01.1982). Ela nos imerge na “perspectiva de todo o Evangelho, de todo o ensinamento, de toda a missão de Cristo” (03.12.1980).
A missão de Cristo é restaurar a ordem do amor num mundo seriamente corrompido pelo pecado. E, corno sempre, a união dos sexos encontra-se na base da humana “ordem do amor”. Portanto, o que aprendemos na teologia do corpo apresentada pelo Papa é muito “importante para o matrimônio e a vocação cristã dos esposos e das esposas”. Não obstante, “é igualmente essencial e valioso para a compreensão do homem em geral: para a compreensão fundamental de si mesmo e da sua existência no mundo” (15.12.1982).
Não admira que tenhamos tanto interesse pelo sexo. A união do homem com a mulher é um “grande mistério” que nos leva – se não nos desviarmos do caminho em nossa jornada exploratória – ao âmago do plano de Deus em relação ao universo (cf. Ef 5, 31-32).
O CRISTIANISMO NÃO REJEITA O CORPO
Na área da religião, as pessoas estão habituadas com a ênfase no campo espiritual. Daqui porque muitos sentem-se até desconfortáveis diante do relevo que às vezes se dá ao corpo. Mas, para João Paulo II, esta é uma separação artificial. O espírito, claro, tem prioridade sobre a matéria. No entanto, o Catecismo da Igreja Católica ensina que” sendo o homem um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual, exprime e percebe as realidades espirituais através de sinais e de símbolos materiais” (n. 1146).
Como criaturas corporais que somos, esta é, em certo sentido, a única via pela qual nos é dado experimentar o mundo espiritual: no mundo físico e através dele, em nosso corpo e através dele. Deus, ao assumir um corpo na Encarnação, é justamente aqui que, com toda a humildade, se encontra conosco, isto é, em nosso estado físico e humano.
Tragicamente, muitos cristãos crescem pensando que seus corpos (especialmente sua sexualidade) são obstáculos inerentes à vida espiritual. Acham que a doutrina cristã considera a alma como “boa”, e o corpo como” ruim”. Ora, esta maneira de pensar está longe da autêntica perspectiva cristã! A ideia de o corpo ser mau é uma heresia (um erro aberrante, explicitamente condenado pela Igreja) conhecida com o nome de Maniqueísmo.
A denominação vem de Mani ou Maniqueu, criador de uma seita baseada num dualismo, em que corpo e alma estão engajados numa luta sem tréguas entre si. Segundo eles, o corpo e tudo o que fosse ligado à sexualidade devia ser condenado como fonte de mal. Nós, entretanto, como cristãos, cremos que tudo quanto Deus criou é “muito bom”, conforme nos garante a Bíblia (d. Gn 1,31). João Paulo II resumiu assim a distinção essencial: se a mentalidade maniqueísta considera o corpo e a sexualidade um “antivalor”, o cristianismo ensina que eles “constituem um ‘valor que nunca chegaremos a apreciar suficientemente’” (22.10.1980).
Noutras palavras, se o Maniqueísmo afirma que “o corpo é mau”, o Cristianismo responde que, ao contrário, ele “é tão bom que somos incapazes de avaliar toda a sua bondade”.
Então, o problema da nossa cultura saturada de sexo não é propriamente a supervalorização do corpo e do sexo. O problema está em termos falhado na compreensão de quanto o corpo e o sexo são realmente valiosos. O cristianismo não rejeita o corpo! Numa espécie de “ode à carne”, o Catecismo proclama: ”’A carne é o eixo da salvação’. Cremos em Deus que é o criador da carne. Cremos na Palavra feita carne para redimir a carne. Cremos na ressurreição da carne, na consumação da criação e na redenção da carne” (CIC 1015, ênfase do autor).
A SACRAMENTALIDADE DO CORPO
A fé católica – se o leitor ainda não se deu conta – é uma religião bem carnal, sensual. Encontramos Deus mais intimamente através de nossos sentidos corporais e de “tudo” o que constitui o mundo material: banhando o corpo com água, no batismo; ungindo-o com óleo no batismo, na crisma, nas ordens sagradas, na unção dos enfermos; comendo o corpo de Cristo e bebendo seu sangue na Eucaristia; impondo as mãos nas ordens sagradas e na unção dos enfermos; declarando os pecados com nossa boca na confissão, e unindo indissoluvelmente o homem com a mulher em “uma só carne”, no matrimônio.
De que melhor maneira podemos descrever o “grande mistério” dos sacramentos senão dizendo que eles são os meios materiais, através dos quais alcançamos os tesouros espirituais de Deus? Nos sacramentos, o espírito e a matéria como que “se beijam”. O céu e a terra se abraçam numa união sem fim.
O próprio corpo humano, em certo sentido, é um “sacramento”. Usamos aqui a palavra num sentido mais amplo e mais antigo que aquele que estamos habituados a ouvir. Mais do que referir-se aos sete sinais da graça instituídos por Cristo, João Paulo II, ao falar no corpo como um “sacramento”, quer dizer que ele é um sinal que torna visível o mistério invisível de Deus. Nós não podemos ver Deus, que é puro espírito. No entanto, o cristianismo é a religião do Deus que se manifesta. Deus quer revelar-se a nós. Ele quer tornar visível a todos o seu ministério espiritual invisível, de forma a podermos “vê-lo”. Como faz isto?
Quem de nós não experimentou ainda um profundo sentimento de pasmo, de admiração, ao contemplar uma noite estrelada, ou um magnífico pôr-do-sol, ou a delicadeza de uma flor? Em tais momentos estamos, de certo modo, “contemplando a Deus”. Ou, mais exatamente, vendo seu reflexo. Sim, porque “a beleza da criação reflete a beleza infinita do Criador” (CIC n. 341). E, contudo, quem é a coroa da criação? Quem, com mais eloquência que as outras criaturas de Deus, “fala” na beleza divina? A resposta é: o homem e a mulher e o seu chamado a uma comunhão fecunda. “Deus criou o ser humano à sua imagem. À imagem de Deus o criou. Homem e mulher ele os criou. Deus os abençoou e disse: ‘Sede fecundos e multiplicai-vos’” (…) (Gn 1,27-28).
1 As citações tiradas da “Teologia do Corpo” de João Paulo II são indicadas pela data em que foi proferida a palestra.
West, Christopher. Teologia do Corpo para principiantes, Uma introdução básica à Revolução Sexual por João Paulo II.Trad. Cláudio A. Cassola. Ed.Myrian: Porto Alegre,2008.

Programa Escola da Fé – 09/10/14



Escola-da-féNesta quinta-feira, o Prof. Felipe Aquino encerrou o estudo sobre o tema: “ A Igreja é apostólica” e começou outro: “A Comunhão dos Santos”.
A Comunhão dos Santos, primeiramente, é um dogma de fé. Nós o professamos no nosso Credo: Creio na Comunhão dos Santos.
O Catecismo da Igreja Católica nos explica com bastantes detalhes esse assunto. Um desses ensinamentos é de que a Igreja é essa Comunhão dos Santos, unida sobretudo pela Eucaristia, pela qual é representada, e onde se realiza essa união de todos os fiéis, que em Cristo formam um só corpo: a Igreja. Significa também a comunhão das pessoas santas, não só das coisas santas, em Cristo que morreu por todos, de modo do que cada um faz ou cada um sofre em Cristo e por Ele, produz frutos para todos. É a união da Igreja da Terra, do Purgatório e do Céu.
Você pode se aprofundar um pouco mais neste assunto fazendo a leitura dos Slides neste link:
http://cleofas.com.br/wp-content/uploads/2014/10/A-COMUNHÃO-DOS-SANTOS-09.10.odp

É preciso ser criança!



tumblr_lduwebkTJz1qfa4apo1_500Jesus disse que para entrar no Reino de Deus é preciso ser como as crianças. “Deixai vir a mim as criancinhas”. Então vale a pena meditar o que a criança tem de tão especial, embora já carregue as marcas do pecado original que afeta toda natureza humana.
As crianças nos dão lições de vida.
Não discriminam ninguém, acolhe a cada um sem olhar a sua condição social, a sua beleza física, os seus defeitos e qualidades… apenas veem nas outras um igual.
As crianças aceitam qualquer roupa, qualquer casa, não cobram luxo e nem conforto; querem apenas brincar e viver.
As crianças vivem o presente sem a menor preocupação com o passado ou com o futuro; confiam no pai e na mãe e não se dão conta das ameaças da vida. Não se preocupam com nada, a não ser com viver a vida e dela desfrutar. Não correm atrás do dinheiro, não se preocupam em acumular bens e vivem na inocência da castidade.
As crianças são espontâneas e puras, dizem o que sentem e sentem o que dizem; choram copiosa e facilmente se estão tristes ou se estão contrariadas; não mascaram seus sentimentos.
A criança é simples, dócil, sincera, não tem malícia, tem o coração puro, não tem maldade, é honesta, não tem preconceitos, ama gratuitamente, não têm medo de expressar seus sentimentos, não se preocupa com sua autoimagem.
A criança é alegre, verdadeira, perdoa com facilidade e se reconcilia rapidamente, não guarda mágoa, não tem preocupações, faz amizade com facilidade, e se deixa conduzir por seus pais com docilidade e confiança, sabe silenciar e obedecer.
As crianças são mais sensíveis e mais abertas para aprender o novo, apresentam uma grande capacidade de aprendizagem, são espontâneas e falam o que tiverem de falar, são como folhas em branco onde você pode escrever o que quiser; se deixam moldar.
A criança ama a todos, confia em todos, sabe aproveitar cada momento do dia como se a vida fosse só uma festa, não se preocupa com o amanhã. Ela tem confiança e sabe ser pequena, e precisa de pouca coisa para ser feliz. Sabe pedir ajuda sempre que precisa; é humilde, não tem medo de dizer que não sabe.
Penso que ainda haja muito mais coisas bonitas a descobrir nas crianças; basta você parar diante de um grupo delas que esteja brincando, e saber observar suas grandezas.
Temos de aprender as simples e belas lições que elas nos dão, sob pena de não passarmos na porta estreita da vida que leva ao céu.
Se na segunda-feira se pudesse correr livremente pelos prados
e as flores desabrochassem numa explosão de cor…
Se na terça-feira se contemplasse o céu
no seu mistério de um azul sem fim…
Se na quarta-feira se retirassem as máscaras
e a verdade brotasse…
Se na quinta-feira a alegria entrasse nos corações…
Se na sexta-feira todos se dessem as mãos…
Se no sábado os pais contassem aos filhos histórias de encantar…
Se no domingo a beleza do silêncio se renovasse em cada ser…
Então eu seria uma criança feliz,
e a minha canção voaria por sobre as casas,
dançaria entre os ramos das árvores,
e à hora do crepúsculo repousaria sobre os mares do mundo,
tornada canção de embalar,
a encher de paz e de ternura os sonhos das crianças.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Reflexão do Evangelho de hoje Reino dividido, reino destruído

 Jesus hoje nos adverte: “todo reino dividido contra si mesmo será destruído”.  Não podemos nos deixar dividir porque assim estaremos trabalhando contra nós mesmos.    Por mais segurança que tenhamos na realização de um projeto, tudo poderá ruir se permitirmos que haja divisões entre aqueles (as) que o executam. Isto vale para todos os empreendimentos da nossa vida: familiares, sociais, espirituais. O homem foi feito para ter relacionamentos saudáveis. Aquele (a), que está em paz com os seus irmãos e irmãs, está em paz com Deus e consigo mesmo (a).  Precisamos estar atentos às nossas ações para sabermos a quem estamos servindo. Podemos dizer que estamos fazendo alguma coisa em Nome de Deus e na realidade, estarmos servindo ao demônio. Tudo o que fizermos para o bem do próximo, de coração e por amor a Deus, com certeza, estaremos fazendo em função do reino dos céus. Mas, aquilo que fizermos em função de nós mesmos (as) ou para atender apenas aos nossos interesses egoístas, estará passível de fracasso e corre o risco de que chegue alguém mais forte do que nós e apanhe o que possuímos para dividir com outros e assim o nosso reino estará destruído. O reino de Deus chega para quem está com Jesus e segue os Seus ensinamentos. O homem precisa ter o seu pensamento e a sua mente, ocupados com as coisas de Deus. Não podemos aceitar ficar vagando no nada, porque assim estaremos deixando a casa arrumada para que o mal se estabeleça. Jesus diz que quem acredita que é pelo dedo de Deus que Ele faz os milagres, esse tem fé e o reino dos céus chegou para ele. Estar com Jesus é deixar-se guiar completamente pelos Seus ensinamentos através do poder do Espírito e não permitir a intrusão de qualquer ideia ou pensamento que venha do inimigo.
– Em nome de quem você tenta fazer as coisas? – Você não tem se equivocado nos seus projetos pensando que é pelo dedo de Deus que você quer conseguir as coisas?  - Existe dentro de você algo que possa estar dividindo o seu modo de pensar com Deus ou com o inimigo de Deus? – Você se sente interiormente preenchido (a) pelo poder do Espírito Santo? – Com que você tem alimentado o seu espírito?



Helena Serpa

Evangelho de hoje - Lc 11,15-26

Evangelho - Lc 11,15-26

Se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios,
então chegou para vós o Reino de Deus.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 11,15-26
Naquele tempo, Jesus estava expulsando um demônio:
15Mas alguns disseram:
'É por Belzebu, o príncipe dos demônios,
que ele expulsa os demônios.'
16Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu.
17Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes:
'Todo reino dividido contra si mesmo será destruído;
e cairá uma casa por cima da outra.
18Ora, se até Satanás está dividido contra si mesmo,
como poderá sobreviver o seu reino?
Vós dizeis que é por Belzebu que eu expulso os demônios.
19Se é por meio de Belzebu que eu expulso demônios,
vossos filhos os expulsam por meio de quem?
Por isso, eles mesmos seróo vossos juízes.
20Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios,
então chegou para vós o Reino de Deus.
21Quando um homem forte e bem armado
guarda a própria casa,
seus bens estão seguros.
22Mas, quando chega um homem mais forte do que ele,
vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava,
e reparte o que roubou.
23Quem não está comigo, está contra mim.
E quem não recolhe comigo, dispersa.
24Quando o espírito mau sai de um homem,
fica vagando em lugares desertos, à procura de repouso;
não o encontrando, ele diz:
'Vou voltar para minha casa de onde saí'.
25Quando ele chega, encontra a casa varrida e arrumada.
26Então ele vai, e traz consigo
outros sete espíritos piores do que ele.
E, entrando, instalam-se aí.
No fim, esse homem fica em condição pior do que antes.'
Palavra da Salvação.

Judas foi condenado por sua traição?



De fato a Igreja Católica não diz com certeza que Judas esteja condenado, embora haja indícios. Ele rejeitou absolutamente a graça de Deus.
Se ele pode ter se salvado só Deus sabe.
Sobre os suicidas a Igreja ensina que podem ter se salvado, exatamente dependendo do seu estado emocional e psíquico. E a Igreja  não impede mais a missa de corpo presente e tudo mais.
Veja um trecho sobre Judas Iscariotes:
Judas foi escolhido por Jesus porque certamente tinha os requisitos que eram necessários para ser um grande apóstolo. Usando mal da sua liberdade,não soube corresponder a graça de Deus. Esta é a maior prova para nós de que a graça de Deus não anula a natureza e a liberdade humana. Judas foi culpado do seu ato, pois agiu com toda a liberdade. Jamais Deus poderia te-lo escolhido com o mau desejo de que ele traisse Jesus; Deus não pode fazer e desejar nada de errado. Mas, Deus sabe aproveitar até o pecado da criatura humana para daí tirar algum bem. Assim, deste grande mal, a traição maior que a humanidade conheceu, Deus soube tirar a salvação para a humanidade. Não existe destino e nem predestinação. Existe o homem agindo com a sua inteligência, vontade e liberdade, ajudo pela graça de Deus. Nem sempre sabemos deixar a graça nos conduzir.
Prof. Felipe Aquino

Diferenças entre católicos e ortodoxos



4c28d49eac5f5c83b52adb6263f8b429a533915743c51D. Estevão Bettencourt (PR, Nº 480 – 2002 – p. 200) mostra treze  pontos que distinguem os fiéis católicos dos cristãos ortodoxos orientais. Vamos apresentá-los aqui.
Os orientais têm por ideal  a volta da Igreja ao que ela era até o sétimo Concílio Geral (Niceia II em 787), pois só aceitam os Concílios de Niceia I (325), Constantinopla I (381), Éfeso (431), Calcedônia (451), Constantinopla II (553), Constantinopla III (681), Nicéia II (787). O Concílio de Constantinopla IV, que excomungou o Patriarca Fócio em 869/870, é rejeitado pelos orientais. São esses os pontos de divergência:
1. Primado do Papa. Alega a teologia ortodoxa que a jurisdição universal e suprema do Papa implica que os outros bispos são subordinados a ele como seus representantes.
A esta concepção responde o Concílio do Vaticano II: “Aos Bispos é confiado plenamente o ofício pastoral ou o cuidado habitual e cotidiano das almas. E, porque gozam de um poder que lhes é próprio e com toda razão são antístites dos povos que eles governam, não devem ser considerados vigários (representantes) do Romano Pontífice” (Constituição Lumen Gentium 27).
O primado do Bispo de Roma ou do Papa garante a unidade e a coesão da Igreja, preservando-a de iniciativas meramente pessoais e subjetivas.
2. Infalibilidade. Em 1870, fazendo eco a antiga crença dos cristãos, o Concílio do Vaticano I declarou o Papa infalível quando fala em termos definitivos para a Igreja inteira em matéria de fé de Moral.  A teologia ortodoxa oriental alega que esta definição extingue a autoridade dos Concílios.
Respondemos que os Concílios gerais ou universais têm plena razão de ser, desde que o Papa deles participe (por si ou por seus delegados) e aprove as suas conclusões. Em nossos dias mais e mais se tem insistido sobre a colegialidade dos Bispos.
3. A processão do Espírito Santo a partir do Filho (Filioque). Esta concepção da Igreja Católica decorre do fato de que “em Deus não há distinções a não ser onde haja oposição relativa”. Se, portanto, entre  o Filho e o Espírito Santo não há a distinção de Espirante e espirado, um não se distingue do outro ou o Filho e o Espírito Santo são uma só Pessoa em Deus. Verdade é que Jesus em Jo 15, 26 diz que o Espírito procede do Pai; o Senhor, porém, não tenciona propor aí uma teologia sistemática, mas põe em relevo um aspecto da verdade sujeito a ser completado pela reflexão.
Na verdade, a questão em foco é mais de linguagem do que de doutrina, pois os orientais preferem dizer que o Espírito Santo procede do Pai através do Filho – o que pode ser conciliado com a posição dos ocidentais.
4. Purgatório. Os orientais não tiveram dificuldade para aceitá-lo até o século XIII. Em 1231 ou 1232, o metropolita Georges Bardanes, de Corfu, pôs-se a impugnar o presumido fogo do purgatório, pois na verdade não há fogo no purgatório. Os teólogos orientais subseqüentes apoiaram a contestação (muito justificada) de G. Bardanes. Mas nem por isto negaram um estado intermediário entre a vida terrestre e a bem-aventurança celeste para as almas daqueles que morrem com resquícios de pecado; estes seriam perdoados por Deus em vista da oração da Igreja; estariam assim fundamentados os sufrágios pelos defuntos.
A absoluta recusa do purgatório só ocorreu entre os orientais no século XVII sob a influência de autores protestantes. Daí por diante a teologia oriental está dividida; há muitos teólogos ortodoxos que admitem um estado intermediário entre a morte e a bem-aventurança celeste como também reconhecem o valor dos sufrágios pelos defuntos.
5. A Imaculada Conceição de Maria. Esta é, por vezes, confundida com um pretenso nascimento virginal de Maria Ssma. (Santa Ana teria concebido sua filha sem a colaboração de São Joaquim). Já que tal concepção virginal carece de sólido fundamento, também a Imaculada Conceição é posta em dúvida pelos orientais. Ocorre, porém, que a literatura e a Liturgia dos ortodoxos enaltecem grandemente a total pureza de Maria, professando a mesma coisa que os ocidentais, ao menos de modo implícito, sem chegar a formular um dogma de fé a respeito.
6. A Assunção de Maria Ssma. Foi proclamada como dogma de fé em 1950 pelo Papa Pio XII, de acordo com a tradição teológica ocidental e oriental. Merece especial atenção a iconografia oriental, que representa de maneira muito expressiva a Virgem sendo assumida aos céus por seu Divino Filho. Na verdade, o que fere os orientais, não é a proclamação da Assunção; mas a promulgação do dogma (como no caso da Imaculada Conceição).
7. Batismo por infusão ou aspersão da água. Dizem os teólogos ocidentais que o importante no Batismo é o contato da água com o corpo da cpa_falsas_doutrinaspessoa, simbolizando purificação. Se o sacramento é um sinal que realiza o que significa, a água batismal significa e realiza a purificação da alma.
8. Epiclese. Os orientais julgam essencial na Liturgia Eucarística a Invocação do Espírito Santo (epiclese) antes das palavras da consagração; ora estas faltam no Cânon Romano (Oração Eucarística nº 1), pois os latinos julgam que a consagração do pão e do vinho se faz pela repetição das palavras de Cristo: “Isto é o meu corpo… Isto é o meu sangue…”. Acontece, porém, que as Orações Eucarísticas compostas  depois do Concílio (1962-65) têm a epiclese não para corrigir uma pretensa falha anterior, mas para guardar uma antiga tradição.
9. Pão ázimo. Jesus, em sua última ceia, observou o ritual da Páscoa judaica, que prescrevia (e prescreve) o uso do pão ázimo ou não fermentado. A Igreja Católica guardou o costume na celebração da Eucaristia. Está bem respaldada. O uso do pão fermentado não é excluído, pois, em última análise, se trata sempre de pão.
10. A Comunhão Eucarística sob as espécies do pão apenas. Até o século XII a Comunhão era ministrada sob as duas espécies;  o uso foi abolido por causa de inconvenientes que gerava (profanação, sacrilégios…). Todavia após o Concílio já é permitido dar a Comunhão sob as duas espécies a grupos devidamente preparados.
11. Unção dos Enfermos. Baseados em Tg 5, 14s, os orientais ortodoxos têm a Unção dos Enfermos como sacramento. Divergem, porém, dos ocidentais em dois pontos:
- a Unção não é reservada aos gravemente enfermos nem tem a marca de preparação para a morte, mas, ao contrário, vem a ser um rito de cura para qualquer enfermo;
- a Unção, no Oriente, tem forte caráter penitencial, a tal ponto que ela é conferida também aos pecadores, mesmo sadios, a título de satisfação pelos pecados.
12. Divórcio. Baseados em Mt 5, 32 (= Mt 19, 9) e contrariamente ao que se lê em Mc 10, 11s; Lc 16, 18; 1Cor 7, 10s, os ortodoxos reconhecem o divórcio. A Igreja Católica não interpreta São Mateus em sentido contrário ao de Marcos, Lucas e Paulo; portanto não reconhece o divórcio de um matrimônio sacramental validamente contraído e consumado, mas julga que em Mt 5 e 19 se trata da dissolução de um casamento tido pela Lei de Moisés como ilícito.
13. Celibato do Clero. Seria “uma restrição imposta nos séculos posteriores, contrária à decisão do primeiro Sínodo Ecumênico (325)”. Que há de verídico nisso?
O celibato do clero tem seu fundamento em 1Cor 7, 25-35, onde São Paulo recomenda a vida una ou indivisa. Esta foi sendo praticada espontaneamente pelo clero até que, em 306 aproximadamente, o Concílio regional de Elvira (Espanha) a sancionou para os eclesiásticos de grau superior. A legislação de Elvira foi-se propagando  no Ocidente por obra de outros concílios regionais.
Ao contrário, os orientais estipularam que, após a ordenação, os clérigos de grau superior (ou do diaconato para cima não poderiam contrair matrimônio, mas eram autorizados a manter o uso do matrimônio os que tivesse casado antes da ordenação. O Concílio de Niceia I (325) rejeitou a proposta segundo a qual o celibato no Oriente seria observado sem exceções, como no Ocidente; isto, por protesto do Bispo egípcio Pafnúncio, o qual guardava pessoalmente o celibato. Os Bispos orientais são todos celibatários e, por isto, recrutados entre os monges.

Como morreram os apóstolos?

Segundo a Tradição, assim terminaram as vidas dos apóstolos e evangelistas:
Mateus: Foi morto à espada na cidade de Etiópia.
Marcos: Foi arrastado pelas ruas de Alexandria e Egito, até expirar.
Lucas: Foi enforcado em uma oliveira na Grécia.
João: Foi metido numa caldeira de azeite a ferver, em Roma, mas escapou ileso e morreu mais tarde de morte natural, em Éfeso, Ásia Menor.
Tiago Maior: Segundo o testemunho da Bíblia, foi degolado em Jerusalém.
Tiago Menor: Foi precipitado de um pináculo do templo de Jerusalém ao solo; a seguir, foi esbordoado até morrer.
Filipe: Foi enforcado de encontro a um pilar em Hierápolis (Frígia, Ásia Menor).
Bartolomeu: Foi esfolado vivo por ordem de um rei cruel.
André: Foi crucificado e da cruz pregou ao povo até morrer.
Pedro: Foi crucificado de cabeça para baixo, em Roma, durante o reinado de Nero.
Paulo: Foi decapitado em Roma, também durante o reinado de Nero.

Sanches Del Rio: um menino mártir na história do México



37007274_133252290754Com apenas 14 anos, defendeu sua fé até a morte, dizendo: “Viva Cristo Rei, Viva Nossa Senhora de Guadalupe!”
O Papa são João Paulo II disse que “estes dois mil anos depois do nascimento de Cristo estão marcados pelo persistente testemunho dos mártires. Também o século XX conheceu numerosíssimos mártires… Sofreram pela sua fé pessoas das diversas condições sociais, pagando com o sangue a sua adesão a Cristo e à Igreja ou enfrentando corajosamente infindáveis anos de prisão e de privações de todo gênero, para não cederem a uma ideologia que se transformou num regime de cruel ditadura.” (Bula Incarnationis Mysterium, nº 13)
O México é um dos países mais católicos da América Latina, cerca de 90% de sua população é católica. No entanto, de 1926 a 1929 um governo ateu quis eliminar o catolicismo naquele país; o que obrigou os fiéis a se organizarem para defender a sua fé.
Em 1926, um governo anticatólico assumiu o poder no México, e quis acabar com a Igreja católica. Proibiram a celebração das Missas, batizados,casamentos, etc. Muitos padres e leigos foram martirizados. Surgiu, então, uma reação católica chamada Guerra dos Cristeros, para defender a liberdade religiosa. Um General católico chefiou a tropa cristã que enfrentou um luta armada contra os infiéis perseguidores da Igreja. Muitos morreram mártires defendendo a fé.
Um de tantos relatos e testemunhos que cercam este acontecimento, é o caso impressionante do menino Sanches Del Rio, de apenas 14 anos. Ele se apresentou ao general e perguntou se um menino poderia também ser mártir; e passou a defender a fé católica. Foi preso e obrigado a renegar Cristo. Não aceitou, e disse “Viva Cristo Rei e viva Nossa Senhora de Guadalupe!”.
Logo, cortaram-lhe as solas dos dois pés, mas isso não fez com que ele se entregasse. O garoto continuou a dizer: “Viva Cristo Rei, Viva Nossa Senhora de Guadalupe!”.
Então, amarraram-no a um cavalo. Ele foi puxado e arrastado pelos braços até ficar todo machucado e sangrando. No entanto, o valente garoto, continuou a dar vivas a Cristo Rei e a Virgem de Guadalupe. Os soldados, dessa forma, deram-lhe um tiro mortal no peito; e o jovem ali caiu sangrando; mas, antes de morrer, já sem forças para falar, Sanches molhava o dedinho no próprio sangue e escrevia na terra: “Viva
Cristo Rei, Viva Nossa Senhora de Guadalupe!”.
Encontramos informação sobre a chamada “Cristiada” em obras como as de P. Montezuma, Jean Meyer López e Lópes Beltrán. Inclusive, existe um filme com este título, que retrata parte do que foi este difícil tempo para os cristãos no México. A perseguição do governo à Igreja Cristeros_menorse caracterizou pela nacionalização dos bens eclesiásticos, a supressão das ordens religiosas, a secularização de cemitérios, hospitais e centros beneficentes, apoio a uma “igreja mexicana”, uma tentativa de criar, em torno de um pobre padre apóstata, Joaquim Perez (“antipapa mexicano”), uma Igreja cismática “nacional” como na China.
Por que não se fala nada nas universidades, colégios e cursinhos sobre essa terrível “Inquisição mexicana” contra a Igreja e seus filhos? A história se repete. O século XX fez também com que os cristãos revivessem a era do martírio; não mais com anfiteatros e feras, mas em campos de concentração, masmorras solitárias e fuzilamentos.
Houve muitas “inquisições” no passado longínquo e no passado recente, esquecidas, mas só se fala daquela que envolveu a Igreja Católica na Idade Média. O Papa São João Paulo II, na encíclica Evangelho da Vida, disse que “nosso século ouviu os falsos profetas”.
É preciso e urgente que os católicos conheçam essa triste perseguição que se deu no México contra a Igreja e seus filhos, como se deu também na Espanha em 1930, com mais mártires ainda. Por isso, a Editora Cléofas tem a alegria de se unir às Edições Cristo Rei e publicar essa obra única em português.

O grande mês das missões



maxresdefault“Eis que estou convosco todos os dias até o fim do mundo”. (Mt 28,20)
É missão de todo batizado ser evangelizador. Ser cristão é ser imitador de Cristo, colaborador Dele na implantação do Reino de Deus no mundo.
O Papa João Paulo II disse um dia que “vai participar do Reino de Deus quem ajudar a construi-lo aqui na terra”. Não é cristão de verdade quem não fala de Cristo e da Igreja. O Batismo nos faz “membros do Corpo de Cristo”, a Igreja; assim, participantes de Sua Missão de salvar o mundo, levando-o para Deus, por meio da vivência dos ensinamentos de Jesus, e tendo uma vida íntima com Ele.
Jesus está vivo e ressuscitado no meio de nós e cada batizado deve ser sua “testemunha” como foram os primeiros Apóstolos. “Sereis minhas testemunhas em Jerusalém, na Samaria… até os confins do mundo”. “Ide!… Pregai o Evangelho a toda criatura”. Esta é a nossa missão. Tanto os intelectuais cristãos quanto os analfabetos podem ser missionários, cada um do seu jeito e no seu lugar. Um velhinha que reza com devoção está construindo o Reino de Deus, como o grande pregador que viaja o mundo.
Só Jesus Cristo pode salvar o homem e o mundo; só Ele pode dar sentido a este mundo. Ele é “a Luz que ilumina o mundo”; por isso Santo Agostinho dizia que “os cristãos são alma do mundo”; isto é, sem eles o mundo não tem vida; é morto.
Jesus disse que o cristão deve ser “o sal da terra e a luz do mundo”. O sal deve salgar para dar sabor e conservar o alimento. Todos os produtos industrializados que são vendidos nos supermercados carregam certa porção de Sódio (sal) para a sua conservação. Se o cristão não “salgar” este mundo, o ambiente em que vive, com o Sal de Cristo, sua Palavra, seu ensinamento, sua Verdade que liberta, o mundo perecerá.
Nós leigos, especialmente, que vivemos nos labirintos mais escondidos do mundo, temos a missão de levar a Luz e o Sal de Cristo nesses ambientes muitas vezes “azedos” e “escuros” onde ainda domina o “príncipe deste mundo”, como disse Jesus.
O batizado tem de ler “luz do mundo”; mesmo se esta luz muitas vezes ofusca as retinas daqueles que estão acostumados a viver nas trevas, e isto gere perseguições, calúnias, difamações… A marca do Cristo, e também do cristão é Cruz, mas ela é libertadora. Sem a Luz de Cristo este mundo é treva densa, mergulhado no pecado o orgulho, da vaidade, da vanglória, do exibicionismo, das paixões da carne cada vez mais desregradas, da prostituição, do homossexualismo, dos abortos, adultérios, dos vícios da bebida, do álcool, do fumo, da corrupção financeira, dos desvarios das ideologias “libertadoras”, do crime, do assalto, do roubo… Sem o Sal de Cristo o mundo fede nas trevas.
“Vós sois a luz do mundo; vós sois o sal da terra!” Que honra e que glória para cada um de nós batizados poder ser “cristóforo”, “portador de Cristo” e de sua luz para o mundo. Que honra ser testemunha de Cristo, ser arauto de Deus; ser, como disse S. Francisco de Assis, “ a trombeta do Imperador”.
Onde o autêntico cristão chega, ali deve se acender de imediato a luz de Cristo, a luz da justiça, da paz, do amor e da bondade; a luz que traz nos seus raios a cura e a salvação.
O Papa João Paulo II disse certa vez que “sem Jesus Cristo o homem permanece para si mesmo um desconhecido, um mistério inexplicável, um enigma insondável.” Sem Cristo o homem perde a sua identidade; não sabe mais quem ele é; não sabe o que faz neste mundo e não sabe o sentido de nada: da vida, da morte, da dor e da eternidade. Sem Cristo o homem é um “coitado”.
O Papa Bento XVI pediu que sejamos “Discípulos e Missionários de Jesus Cristo para o mundo.” Não somente discípulos, mas também missionários; por isso cada cristão deve estar envolvido em um trabalho missionário, engajado em um Movimento, em sintonia com a pastoral da diocese.
Seja um cristão de verdade, seja evangelizador. Ninguém está dispensado disso. Inclusive ajudando com recursos a quem evangeliza. O Papa Paulo VI disse um dia que “quem ajuda na evangelização tem os mesmos méritos do evangelizador”. São Paulo nos lembra: “Ai de mim se eu não evangelizar”! (1 Cor 9,16). O Apóstolo lembra que isso não é um “título de glória” para ele, mas uma missão, uma obrigação. Quando o profeta Jeremias foi enviado por Deus para pregar sua palavra, ficou com medo e disse: “Ah! Senhor JAVÉ, eu nem sei falar, pois que sou apenas uma criança. Replicou porém o Senhor: Não digas: Sou apenas uma criança: porquanto irás procurar todos aqueles aos quais te enviar, e a eles dirás o que eu te ordenar.Não deverás temê-los porque estarei contigo para livrar-te. E o Senhor, estendendo em seguida a sua mão, tocou-me na boca. E assim me falou: Eis que coloco minhas palavras nos teus lábios”. (Jer 1,1-10).
Essa palavra é para cada um de nós. E devemos nos lembrar que quando falamos de Jesus, Ele vai conosco. “Eis que estou convosco todos os dias até o fim do mundo” (Mt 28,20) . Sem medo!
Prof. Felipe Aquino

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O que fazer contra as maldições?



Figura1A melhor defesa contra o mal é uma vida sem pecados
Certa vez, recebi um e-mail de uma pessoa me perguntando o que fazer quando alguém deseja que ele morra, que não arranje emprego, que fracasse na vida, etc.?
Antes de tudo é preciso ficar claro que a pessoa que deseja o mal a outro, está pecando gravemente por inveja, ciúme, etc.; e o mal se volta contra ela mesma, pois a deixa num triste estado de pecado grave, sem a graça  bendita de Deus. Nada pior que isso para uma alma.
Como anular essas maldições e pragas lançadas contra nós?
São Paulo diz na Carta aos Efésios que é pela fé que devemos anular “os dardos inflamados do maligno”. Se alguma maldição pode nos atingir viria certamente do demônio, então, é pela fé em Jesus Cristo, no seu amor, por seu Sangue, por Sua Cruz, por Suas Palavras e sofrimentos, que devemos anular a ação maligna. São João nos lembra em suas Cartas que “Aquele [o Espírito Santo] que está em nós é maior do que aquele que está no mundo”. Somos templos vivos do Espírito Santo que habita em nós.
Portanto, nada de medo, e nem se deixar levar pela sugestão de que as palavras de maldição, “trabalhos”, “feitiços” e pragas lançadas contra nós, diretamente ou às escondidas, possa nos fazer mal. Creia firmemente em Jesus Cristo e rejeite todo medo. É claro que não devemos abusar do demônio, e não desafiá-lo, como Deus recomenda, pois ele é mais forte do que nós, mas não tenhamos medo quando estamos em Deus.
A melhor defesa contra o mal é uma vida sem pecados, pois o demônio nos escraviza pelo pecado. Além disso, uma fé viva em Deus, uma consagração permanente à Virgem Maria; a São José, aos Santos Arcanjos e aos santos Anjos da Guarda, e demais santos. Quemcpa_sede_santos_6ed pode algo contra esse exército celeste comandado pela Virgem Mãe de Deus? Acima de tudo, peça a Jesus quando você comungar o Seu precioso Corpo que destrua todo mal lançado contra você; contra os seus entes queridos, contra os seus antepassados; ou mesmo todo mal que possa ter chegado a você e à sua família por herança hereditária.
Santo Agostinho dizia que o demônio é como um cão preso na coleira com uma corrente; só morde quem dele se aproxima; ele nos assusta com seus gritos e tentações,  mas Cristo o prendeu. A Igreja nos ensina que ele não pode nos fazer qualquer mal sem que Deus o permita; e se Deus o permite, é para nosso bem; então, estejamos sempre em paz. Seja sempre feita a vontade bendita de Deus.
Prof. Felipe Aquino

Por que o sofrimento nosso tem valor diante de Deus?



sofrimentoMortificação é qualquer penitência oferecida a Deus: um jejum, deixar de beber algo, de comer alguma coisa, etc. Jesus fez do sofrimento a matéria-prima da salvação da humanidade e São Paulo disse que “completo na minha carne o que falta para a Paixão de Cristo no seu corpo que é a Igreja”. (Cl 1,24) Assim, todo sofrimento é salvífico desde que Cristo morreu na cruz; como estamos unidos a ele por nosso Batismo nosso sofrimento se une ao dele pela salvação do mundo. Daí o seu valor.
Prof. Felipe Aquino

Quais as mensagens do livro do Gênesis?



Bible StudyO livro do Gênesis tem grande importância porque traz a Revelação de Deus sobre a origem do homem e do mundo, a queda pelo pecado original e a promessa de salvação. Apresenta-nos a maravilhosa história dos Patriarcas: Abraão, Isac e Jacó. Não é um livro de ciências e nem de etnologia (raças), apenas de verdades religiosas. Entre outras coisas traz a Revelação de Deus sobre os seguinte pontos:
1 - Deus é o Criador do mundo e do homem.
2 - Deus é distinto do universo; quer dizer, não existe o Panteísmo (tudo é Deus), que defende que Deus e o mundo são a mesma coisa; e vê o mundo apenas como uma “emanação de Deus”.
3 - O mundo é bom. A matéria é boa.
4 - O mundo criado manifesta a glória e a paz de Deus.
5 - O homem foi criado da terra, mas foi animado de um espírito de vida (alma) imortal, criado e dado por Deus. O seu corpo é fruto da evolução, mas não a sua alma.
6 - O homem foi criado para viver na amizade de Deus.
7 - O homem foi criado livre.
8 - A harmonia primitiva foi destruída pelo pecado da desobediência a Deus. O homem tem a vã esperança de ser Deus (pecado original).
9 - O homem foi excluído do Paraíso.
10 - Deus faz a Promessa de Redenção da humanidade através da Mulher (Gen 3,15).cole_o-cd_s---curso-b_blico
11 - O homem foi dominado pelo pecado e o mal se generaliza: Caim, Torre de Babel, Sodoma e Gomorra, etc..
12 - Deus faz uma primeira aliança com o homem através de Noé.
13 - Deus continua a aliança com Abraão, Isac e Jacó.
Os capítulos de 1 a 11 do Gênesis formam a “pré-história” bíblica, por se referir a acontecimentos anteriores à história bíblica, que começou com o Patriarca Abraão (1850 aC).
O gênero literário deste livro é o da história religiosa da humanidade primitiva. O autor sagrado não quis ensinar verdades científicas, mas apenas apresentou verdades religiosas através de um linguagem figurada, simbólica.
A imagem do mundo para o autor sagrado, naquele tempo, era diferente da nossa. A terra era entendida como se fosse uma mesa plana, não uma esfera como sabemos hoje. Esta mesa estava apoiada sobre colunas; abaixo havia as águas de onde brotavam as fontes, e também a região dos mortos chamada de Cheol. A luz era entendida como se não dependesse do sol ou das estrelas. Portanto, é preciso ter bem claro que o autor sagrado não escreveu como um cientista, mas como alguém inspirado por Deus para nos revelar verdades religiosas. Não se deve então, buscar no Gênesis resposta para perguntas como: Com quem se casou Caim? Onde fica o Paraíso terrestre? Como surgiram as raças e as cores diferentes dos homens?, etc. Nem se pensar que o mundo tenha sido criado em seis dias.

Por que Deus criou o mundo?



terraespaonascerdosol_thumb3O nosso Catecismo afirma, no primeiro parágrafo, que Deus nos criou por amor, para participarmos de sua vida bem aventurada; ou seja, de sua felicidade plena. Esse é o belo sentido de nossa vida. Quem não entende isso nunca poderá se realizar plenamente porque não entende o objetivo da vida. Não fomos feitos apenas para trabalhar, estudar, procriar, etc.; não, fomos criados para muito mais, para Deus. Não aceite menos.
“O mundo foi criado para a glória de Deus”, disse o Concílio Vaticano I, e o  grande São Boaventura (†1274), bispo e doutor da Igreja, explica que “Deus criou todas as coisas, não para aumentar a sua glória -  que já é infinita -  mas para manifestar e comunicar a sua glória”. Deus criou tudo por bondade e  amor. São Tomás de Aquino disse que “aberta a mão pela chave do amor, as criaturas surgiram”. Deus não criou o mundo para aumentar a sua felicidade – ela é infinita – mas para manifestar sua perfeição por meio das criaturas corporais (mineral, vegetal, animal, homem) e espirituais (anjos).
Mas, de todas as criaturas terrenas “o homem é a glória de Deus”, disse Santo Irineu (†200); só nós somos criados à “imagem e semelhança de Deus”. Deus olhou para Ele mesmo para nos criar;  por isso temos um valor imenso aos olhos de Deus. Tanto valor que o Filho único de Deus morreu por nós na cruz de maneira horrivelmente dolorosa.
cpa_ciencia_e_fe_harmoniaUm conferencista, numa palestra, tomou uma nota de 100 dólares e perguntou à plateia: – quem quer esta nota de 100 dólares? Muitas mãos se levantaram. Em seguida pegou a nota amassou-a e jogou – a no chão. E  tornou a perguntar: – quem de vocês ainda quer esta nota amassada?  As mãos continuaram erguidas. Mais uma vez, tomou a nota amassada, jogou-a no chão e pisoteou-a; e perguntou novamente: – quem de  vocês ainda quer esta nota amassada, suja e pisoteada? Todas as mãos continuaram levantadas ainda. Então o conferencista perguntou: – por que vocês ainda querem esta nota tão judiada? Alguém lhe respondeu: – porque ela não perdeu o seu valor. Se o dinheiro, algo material, não perde o seu valor, mesmo amassado e pisado, você, muito menos perde o seu valor quando a vida o joga no chão. O seu valor está em sua “alma” e ninguém pode destruí-lo. Mesmo com os  erros que você já cometeu, mesmo com as incompreensões dos outros, ou com as injustiças que  você sofreu, seu valor permanece o mesmo diante de Deus, pois sua alma continua a ser sua “imagem e semelhança”, a glória do Criador. Por isso Deus nunca desiste de nós, mesmo que a gente desista Dele. Só você mesmo pode tirar e desprezar o valor que você tem.
Prof. Felipe Aquino