É missão de todo batizado ser
evangelizador. Ser cristão é ser imitador de Cristo, colaborador Dele na
implantação do Reino de Deus no mundo.
O Papa João Paulo II disse um dia que
“vai participar do Reino de Deus quem ajudar a construi-lo aqui na
terra”. Não é cristão de verdade quem não fala de Cristo e da Igreja. O
Batismo nos faz “membros do Corpo de Cristo”, a Igreja; assim,
participantes de Sua Missão de salvar o mundo, levando-o para Deus, por
meio da vivência dos ensinamentos de Jesus, e tendo uma vida íntima com
Ele.
Jesus está vivo e ressuscitado no meio
de nós e cada batizado deve ser sua “testemunha” como foram os primeiros
Apóstolos. “Sereis minhas testemunhas em Jerusalém, na Samaria… até os
confins do mundo”. “Ide!… Pregai o Evangelho a toda criatura”. Esta é a
nossa missão. Tanto os intelectuais cristãos quanto os analfabetos podem
ser missionários, cada um do seu jeito e no seu lugar. Um velhinha que
reza com devoção está construindo o Reino de Deus, como o grande
pregador que viaja o mundo.
Só Jesus Cristo pode salvar o homem e o
mundo; só Ele pode dar sentido a este mundo. Ele é “a Luz que ilumina o
mundo”; por isso Santo Agostinho dizia que “os cristãos são alma do
mundo”; isto é, sem eles o mundo não tem vida; é morto.
Jesus disse que o cristão deve ser “o
sal da terra e a luz do mundo”. O sal deve salgar para dar sabor e
conservar o alimento. Todos os produtos industrializados que são
vendidos nos supermercados carregam certa porção de Sódio (sal) para a
sua conservação. Se o cristão não “salgar” este mundo, o ambiente em que
vive, com o Sal de Cristo, sua Palavra, seu ensinamento, sua Verdade
que liberta, o mundo perecerá.
Nós leigos, especialmente, que vivemos
nos labirintos mais escondidos do mundo, temos a missão de levar a Luz e
o Sal de Cristo nesses ambientes muitas vezes “azedos” e “escuros” onde
ainda domina o “príncipe deste mundo”, como disse Jesus.
O batizado tem de ler “luz do mundo”;
mesmo se esta luz muitas vezes ofusca as retinas daqueles que estão
acostumados a viver nas trevas, e isto gere perseguições, calúnias,
difamações… A marca do Cristo, e também do cristão é Cruz, mas ela é
libertadora. Sem a Luz de Cristo este mundo é treva densa, mergulhado no
pecado o orgulho, da vaidade, da vanglória, do exibicionismo, das
paixões da carne cada vez mais desregradas, da prostituição, do
homossexualismo, dos abortos, adultérios, dos vícios da bebida, do
álcool, do fumo, da corrupção financeira, dos desvarios das ideologias
“libertadoras”, do crime, do assalto, do roubo… Sem o Sal de Cristo o
mundo fede nas trevas.
“Vós sois a luz do mundo; vós sois o sal
da terra!” Que honra e que glória para cada um de nós batizados poder
ser “cristóforo”, “portador de Cristo” e de sua luz para o mundo. Que
honra ser testemunha de Cristo, ser arauto de Deus; ser, como disse S.
Francisco de Assis, “ a trombeta do Imperador”.
Onde o autêntico cristão chega, ali deve
se acender de imediato a luz de Cristo, a luz da justiça, da paz, do
amor e da bondade; a luz que traz nos seus raios a cura e a salvação.
O Papa João Paulo II disse certa vez que
“sem Jesus Cristo o homem permanece para si mesmo um desconhecido, um
mistério inexplicável, um enigma insondável.” Sem Cristo o homem perde a
sua identidade; não sabe mais quem ele é; não sabe o que faz neste
mundo e não sabe o sentido de nada: da vida, da morte, da dor e da
eternidade. Sem Cristo o homem é um “coitado”.
O Papa Bento XVI pediu que sejamos
“Discípulos e Missionários de Jesus Cristo para o mundo.” Não somente
discípulos, mas também missionários; por isso cada cristão deve estar
envolvido em um trabalho missionário, engajado em um Movimento, em
sintonia com a pastoral da diocese.
Seja um cristão de verdade, seja
evangelizador. Ninguém está dispensado disso. Inclusive ajudando com
recursos a quem evangeliza. O Papa Paulo VI disse um dia que “quem ajuda
na evangelização tem os mesmos méritos do evangelizador”. São Paulo nos
lembra: “Ai de mim se eu não evangelizar”! (1 Cor 9,16). O Apóstolo
lembra que isso não é um “título de glória” para ele, mas uma missão,
uma obrigação. Quando o profeta Jeremias foi enviado por Deus para
pregar sua palavra, ficou com medo e disse: “Ah! Senhor JAVÉ, eu nem sei
falar, pois que sou apenas uma criança. Replicou porém o Senhor: Não
digas: Sou apenas uma criança: porquanto irás procurar todos aqueles aos
quais te enviar, e a eles dirás o que eu te ordenar.Não deverás
temê-los porque estarei contigo para livrar-te. E o Senhor, estendendo
em seguida a sua mão, tocou-me na boca. E assim me falou: Eis que coloco
minhas palavras nos teus lábios”. (Jer 1,1-10).
Essa palavra é para cada um de nós. E
devemos nos lembrar que quando falamos de Jesus, Ele vai conosco. “Eis
que estou convosco todos os dias até o fim do mundo” (Mt 28,20) . Sem
medo!
Prof. Felipe Aquino
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