Apesar de toda catequese da Igreja sobre a Eucaristia, ainda hoje Jesus é muito desrespeitado e profanado na Hóstia Santa
Os Sacramentos que Cristo deixou na
Igreja transmitem a graça da salvação que Ele conquistou pela sua morte e
ressurreição; mas a sagrada Eucaristia vai mais além, porque é o
centro da fé católica; é o maior de todos os Sacramentos porque nele
Cristo está vivo, em corpo, sangue, alma e divindade.
Há dois mil anos, desde que pela
primeira vez Jesus celebrou a Eucaristia na Santa Ceia, nunca mais a
Igreja deixou de realizá-la. Além disso, Cristo na Hóstia sagrada,
vítima oferecida em sacrifício, é guardado nos Sacrários para ser
adorado pelos fiéis e levado aos doentes. Mas, apesar de toda catequese
da Igreja sobre a Eucaristia, ainda Jesus é muito desrespeitado e
profanado na Hóstia santa.
Uma dessas profanações acontece quando
alguém, ciente de que está em pecado grave, comunga sem se confessar com
o sacerdote. São Paulo nos lembra da gravidade de Comungar sem estar em
condições para isso. Ele diz: “Assim, todas as vezes que comeis desse
pão e bebeis desse cálice lembrais a morte do Senhor, até que venha.
Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor
indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor. Que cada um
se examine a si mesmo, e assim coma desse pão e beba desse cálice.
Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe
a sua própria condenação. Esta é a razão por que entre vós há muitos
adoentados e fracos, e muitos mortos”. (1 Cor 11,26-30)
É claro que não devemos deixar de Comungar por qualquer falta
cometida, mas quando o pecado é grave, mortal, é indispensável a
Confissão. Não se pode receber Aquele que é Santo em um coração que não
esteja purificado.
Outra profanação seríssima contra a
Eucaristia é o uso de Hóstias consagradas para a chamada “missa negra”
realizada em cultos demoníacos. São Paulo fala da grandeza do Corpo de
Cristo na Eucaristia: “O cálice de bênção, que benzemos, não é a
comunhão do sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a comunhão do
corpo de Cristo?… As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a
demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os
demônios. Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice
dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e
da mesa dos demônios”. (1Cor 10,16-21).
Só para dar um exemplo recente, cito a
notícia da Gaudim Press (12/5/2014): “A Arquidiocese de Boston emitiu um
comunicado oficial no qual rejeitou os planos para a realização de uma
“Missa Negra”, no campus da
Universidade de Harvard, em 12 de maio. “Para o bem dos fiéis católicos
e de todas as pessoas, a Igreja oferece um ensinamento claro sobre o
culto ao demônio. Esta atividade separa as pessoas de Deus e da
comunidade humana, e põem os seus participantes perigosamente próximos
dos trabalhos destrutivos do mal”, advertiu a Arquidiocese.
Em vários lugares têm havido terríveis
profanações da Eucaristia com arrombamentos de Sacrários, roubo de
Hóstias e até pisoteamento delas. Diante de tudo isso, é preciso o
máximo de cuidado com a proteção da Sagrada Eucaristia nos Sacrários.
Esses devem ser muito bem fixados, fechados e protegidos. Quando há
adoração do Santíssimo Sacramento exposto no Ostensório, nunca se pode
deixar o mesmo sem alguém em adoração e vigilância.
Outro cuidado deve ser ao ser
distribuída a Comunhão aos fiéis: é preciso observar se os mesmos as
colocam na boca na frente do ministro, como obriga a Igreja. Alguém deve
estar ao lado do ministro para verificar isso e proibir que alguém
esconda a Hóstia e a leve para casa.
Além disso, todo respeito deve ser
observado na Igreja diante do Sacrário. Ao se passar diante dele devemos
fazer a genuflexão com um dos joelhos em um ato de adoração. Se
passarmos diante do Santíssimo exposto, então, devemos nos ajoelhar com
os dois joelhos para esse ato de adoração. Não podemos deixar que a
Presença de Deus no meio de nós se torne algo trivial, banal, sem
merecer a devida atenção e respeito. Diante Dele é preciso silêncio,
adoração e todo respeito.
Prof. Felipe Aquino
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