domingo, 27 de outubro de 2013

Reflexão das leituras e do Evangelho de hoje O FARISEU E O COBRADOR DE IMPOSTOS

A arrogância do fariseu e a humildade do cobrador de impostos.

Mais uma vez Jesus nos chama a humildade.
SEGUNDA LEITURA
            Paulo percebendo que era chegada a sua hora, escreve uma espécie de despedida, na qual afirma que logo seria oferecido como sacrifício. Paulo se acha realizado e satisfeito por ter cumprido a sua missão na Terra. "Combati o bom combate, completei a corrida"
            Quanto a mim, não posso dizer o mesmo. Pois ainda não cumpri a minha missão. Por isso rogo a Deus em nome de Jesus que me conceda a graça de ter a minha saúde recuperada, para que eu viva por mais uns tempos e continue com este trabalho de evangelização pela internet, junto com meus amigos Internautas Missionários.            Contudo, que seja feita a vossa vontade, ó Pai. Vos peço uma boa morte e que eu  seja conduzido à glória eterna. Amém.
            Paulo disse ainda.   "...guardei a fé"...
            Minha irmã, meu irmão. Faça de tudo para guardar  a sua fé. Mantenha a sua fé pois ela é um bem precioso. O mais preciosos dos bens que devemos guardar.   Não permita que aventuras por mais prazerosas que possam ser,  afastem você do caminho para Deus.  Pois isso, com certeza não vale a pena.
EVANGELHO
        A parábola que Cristo nos apresenta neste domingo, é destinada a todos aqueles que se consideram justos e perfeitos, e por isso são até arrogantes por se acharem portadores do poder de Deus e portanto, melhores que os outros.  E por isso  desprezam as demais pessoas por não serem como eles.       Infelizmente  nós vemos isso acontecer direto na nossa comunidade.
            A figura do fariseu representa também todos aqueles que "se acham" poderosos por terem o poder econômico, por pertencerem à classe média ou alta, e costumam pensar: Eu não sou como esses aí, que são pobres porque são "burros" ou preguiçosos e vagabundos.
            Prezados irmãos. O desenvolvimento da tecnologia, o progresso da medicina, assim como o acúmulo de riqueza nas mãos de poucos, conduziu uma parcela da humanidade a pensar que ele não precisa de Deus. Muitos pensam que  podem resolver todos os seus problemas com seus próprios recursos, e por  si só podem ser feliz, sem necessidade de fazer orações.  Só que estão se esquecendo de um detalhe muito importante: Não é isso que os conduz à vida eterna.
            Na verdade, o fariseu da parábola não rezou, mas, simplesmente ficou  se exibindo, se vangloriando, ele não rezou a Deus, mas sim, louvou a si próprio. E mais. Além de louvar a si próprio, ainda insultou, humilhou o irmão que estava rezando de verdade no fundo do templo. O fariseu, na verdade, é incapaz de uma verdadeira comunhão com Deus: ele somente tem a si próprio ante seus olhos, ele é o seu próprio Deus, como acontece com todos os arrogantes e auto-suficientes da sociedade.
            O fariseu nos faz lembrar de todos aqueles que rezam com um ar de arrogância e de "poder"  baseando-se no cargo que ocupam na Igreja. Na verdade eles também, como o fariseu, não estão rezando, ou rezam apenas com os lábios. E com sua atitude de demonstração de perfeição total, deixam bem claro que os demais que não agem como eles, não estão com nada, não são dignos da amizade com Deus, como eles o são.
            Que tolice! Isso é bem diferente de Jesus o qual tinha tudo para nos acusar, e no entanto, quando nos olha, é com um olhar de ternura e compaixão para nos perdoar nos estendendo a sua mão...
            É importante não confundir humildade com sentimentalismo.  O sentimentalismo daquele ou daquela que reza choramingando, numa atitude por vezes simulada, de quem  se mostra estar falando humildemente com Deus.  Cuidado! Deus vê tudo, até nossos pensamentos e emoções. É impossível enganá-lo.
            Não estamos nos referindo àquela oração feita na hora do desespero, em que as lágrimas ou prantos acontecem de forma incontrolável. Isso é outra realidade, que inclusive toca de forma muito forte a Deus, pela sinceridade com a qual nos pomos em sua presença sem nenhum tipo de fingimento. Ali está o verdadeiro "Eu", o eu profundo sem aparências.  Ao contrário de quando rezamos em público, que sempre escapa um pedacinho daquele "EU"  que eu gostaria de ser. Mas isso Deus nos perdoa. Faz parte da nossa fraqueza humana!
            Infelizmente, para se fugir do sentimentalismo, às vezes caímos na arrogância, externando uma atitude semelhante àquela do fariseu da parábola.
            Assim, prezados irmãos, poderíamos perguntar: A nossa postura durante a oração, deve estar num meio termo, entre a arrogância e o sentimentalismo? Bem. Seria melhor dizer, nada de arrogância e nada de sentimentalismo, mas sim, falar e agir humildemente de forma natural com Deus.
Quem eram os fariseus?
            Nos tempos de Jesus os “fariseus” formavam um dos grupos mais interessantes e com mais destaque na sociedade palestina. Eles eram os defensores intransigentes da “Torah” e dos preceitos não escritos, praticados no dia a dia. Os fariseus procuravam cumprir escrupulosamente a Lei e esforçavam-se por ensinar a Lei ao Povo: Acreditavam que só assim o Povo chegaria a ser santo e o Messias poderia vir trazer a salvação a Israel. No entanto, o seu fanatismo em relação à “Torah” os conduziu a praticar uma religiosidade mutilada, isto é, amar a Deus e ignorar ou mesmo explorar o irmão, principalmente o pobre. Por isso Jesus  várias vezes, os criticou.
Quem eram os publicanos?
            Os “publicanos” estavam a serviço dos romanos e faziam a cobrança dos impostos. A maioria deles utilizava do seu cargo para enriquecer de modo injusto, por isso eram odiados pelos judeus que os consideravam impuros, sendo portanto, proibidos de fazer penitência.  Se um publicano, antes de aceitar o cargo, fazia parte de uma comunidade farisaica, era imediatamente expulso dela e não podia ser reabilitado, a não ser depois de abandonar esse cargo. Quem exercia tal ofício, estava privado de certos direitos cívicos, políticos e religiosos; por exemplo, não podia ser juiz nem prestar testemunho em tribunal, sendo equiparado a um escravo.
            Desse modo, o publicano era o típico pecador: Por colaborar com o invasor romano, por explorar os pobres, por praticar injustiças, por enriquecer ilicitamente, e principalmente por não cumprir a  Lei.
Foi por isso que o publicano da parábola, consciente da sua indignidade,disse apenas: “meu Deus, tende compaixão de mim que sou pecador”!
Caríssimos. Que nossas orações sejam feitas com humildade, e que as  comecemos sempre com um pedido de perdão sincero, de um ser reconhecedor de sua insignificância diante do poder infinito de Deus!
Vai e faça o mesmo!

Um bom domingo.

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