Comemora-se no dia 8 de maio a aparição de São Miguel Arcanjo sobre o Monte Gargano (em Apúlia, Itália), e no dia 29 de setembro a consagração da Igreja no mesmo local. Vejamos a origem dessa bela festividade, contado por alguém da época.
Vivia no século V na cidade de Siponto, ao pé do monte Gargano um pastor, que tinha coincidentemente o nome de Gargano. Era rico em rebanhos e pastagens.
Um dia fugiu-lhe uma de suas reses, e indo-lhe o pastor a procurá-la, encontrou-a no alto do dito monte, à entrada de uma gruta. Sendo difícil prendê-la, por ser arisca, Gargano resolveu matá-la, para levar sua carne com o auxilio dos que o acompanhavam.
Tomou do arco, fez pontaria e desferiu-lhe uma flecha. Esta, como se fosse agarrada no ar por uma mão invisível, voltou-se no espaço e veio ferir o próprio Gargano.
Grande foi o espanto dos que o acompanhavam e presenciaram o ocorrido. Não sabendo explicar o acontecido e não ousando aproximar-se da gruta, correram à cidade a informar ao bispo do extraordinário evento.
Ouviu-os o santo prelado, e não sabendo também ele a que atribuir tal fenômeno, ordenou aos seus diocesanos três dias de jejum com o fim de pedir a Deus discernimento para interpretar o ocorrido.
No fim dos três dias, revelou-se o segredo de modo maravilhoso.
Apareceu ao santo bispo o próprio S. Miguel Arcanjo e fê-lo saber que o prodígio da montanha havia sido operado por ele próprio, para indicar que aquele lugar estava debaixo da sua especial proteção e que ali queria lhe fosse prestado culto especial, assim como a todas as hierarquias angélicas do céu. Depressa, por sua vez o bispo fez saber a seu povo da aparição que tivera e todos, bispo e povo, partiram para a montanha em demanda da já famosa gruta.
Lá chegados, logo começaram a celebrar os ofícios divinos, pois a gruta, cavada na rocha, era espaçosa e prestava-se a acolher considerável número de pessoas.
Com o tempo transformou-se aquela simples caverna em um celebérrimo santuário, local de freqüentes e grandes milagres.
Muitos papas e santos visitaram este santuário de São Miguel, que é o mais famoso em todo o mundo. No dia 24 de maio de 1987 o Papa João Paulo II lá esteve, e ali fez um importante pronunciamento, reafirmando a existência e a ação do Demônio, e também da importância da proteção de S. Miguel contra as suas maldades. Esta alocução do Papa está transcrita mais a frente neste livro, no capítulo 9, onde estão as Catequeses do Papa sobre os anjos.
Porque teria Deus escolhido este local para a devoção a São Miguel Arcanjo e aos Espíritos Celestes? Não sabemos. Mas sabemos que certamente Ele quis nos mostrar a importância da devoção ao grande Arcanjo São Miguel, para proteger a cada um de nós e a Igreja dos ataques do demônio.
Aparição de São Miguel sobre o Castelo de Santo Ângelo
Esse fato, de reconhecida autenticidade, deu-se no ano 590 da nossa era.
Acontecia em Roma terrível epidemia que matava muita gente. O Santo Pontífice Gregório Magno (540-604) determinou que se fizesse uma procissão de penitência para pedir a Deus o fim do flagelo.
A procissão, tendo a frente o próprio Santo Padre descalço e levando nas mãos uma imagem de Nossa Senhora, seguia pelas ruas onde se viam colocados cadáveres a espera do sepultamento.
A procissão, tendo a frente o próprio Santo Padre descalço e levando nas mãos uma imagem de Nossa Senhora, seguia pelas ruas onde se viam colocados cadáveres a espera do sepultamento.
De repente, o alto da torre Adriana, o mausoléu do Imperador romano Adriano, aonde ia chegando a procissão, incendiou-se. A multidão viu nas chamas, no alto da torre, a figura de São Miguel Arcanjo, na forma de um guerreiro, no gesto de embainhar a espada, simbolizando, como interpretaram a aparição, o anúncio do fim da triste calamidade. A Virgem realmente alcançara de seu Filho, tocada pelas súplicas dos fiéis, o fim da peste. São Miguel veio fazer a comunicação.
A partir desta data, o mausoléu do imperador Adriano, em Roma, passou a ser chamado de Castelo de Santo Ângelo, e em seu topo, onde apareceu o Arcanjo, foi colocada uma enorme estátua de São Miguel. Em 1688, o grande escultor Bernini, embelezou a ponte que dá acesso ao Castelo com a imagem de dez anjos.
Aparições aos pastorinhos de Fátima em 1917
Narrações da Irmã Maria Lúcia de Jesus, que nasceu em 22/3/1907.
Antes das aparições de Nossa Senhora, em Fátima, a Lúcia, Francisco e Jacinta, os três pastorinhos, eles receberam a visita de um belo anjo. Vejamos como a vidente conta:Vimos pela primeira vez um vulto que tinha a forma humana, branco mais que a neve, que o sol tornava transparente. Minhas companheiras perguntaram-me se sabia o que era. Respondi que não.
Esta aparição repetiu-se mais duas vezes, sem se manifestar e sempre suspensa no ar, sobre o arvoredo que ficava no fundo do Cabeço.
O anjo nos apareceu a primeira vez, em figura dum jovem, como se fosse de neve, brilhando mais que o sol e transparente como cristal.
Ao chegar junto de nós (Lúcia, Jacinta e Francisco) disse:
“Não temais. Sou o Anjo da Paz. Orai comigo!” E, ajoelhando-se em terra, curvou a fronte até o chão e fez-nos repetir essas palavras três vezes:
“Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam.”
Depois, ergueu-se e disse: “Orai assim: os Corações de Jesus e de Maria estão atentos à voz das vossas súplicas.”
Passados dias, brincávamos sobre um poço que tinham meus pais ao fundo do quintal… De repente, vimos o mesmo Anjo junto de nós.
“Que fazeis? Orai, orai muito! Os Corações de Jesus e de Maria tem sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente ao Altíssimo orações e sacrifícios.”
- “Como nos havemos de sacrificar?…” – Perguntei.
- “Dê tudo o que puderdes, oferecei um sacrifício em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores. Atraí, assim, sobre a vossa Pátria a paz.
- Eu sou o Anjo da sua Guarda, o Anjo de Portugal. Sobretudo aceitai e suportai com submissão o sofrimento que o Senhor vos enviar.”
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