O noivado é um belo tempo que antecede o casamento; é quando o casal já decidiu que vai se casar, e estão na preparação imediata para o matrimônio. É o tempo em que tudo deve ser dialogado, tudo deve ser revelado, o mistério insondável que é cada um deve ser revelado ao outro, para que este não se case com um “desconhecido”. Infelizmente muitos casais se casam sem se conhecer; alguns colocam máscaras durante o namoro e noivado, e depois se estranham quando casados, achando que o outro mudou muito. Não mudou, é o mesmo, mas apenas não era conhecido pelo cônjuge.
Só se deve ficar noivo quando se decidiu que vão se casar; não há mais dúvida; se amam de verdade, se conhecem, sabem os defeitos e as qualidades recíprocas e estão dispostos a viverem juntos para sempre, unidos no amor de Deus, prontos para “fazer o outro crescer a cada dia”, amando-o, perdoando-o, compreendendo-o; e dispostos a “acolher os filhos que Deus lhes enviar”, educando-os na fé do Cristo e da Igreja. O casamento é para sempre; até que a morte os separe; precisam estar convictos do juramento que vão em breve fazer no Altar de Deus: “Eu te recebo como meu marido (mulher) e te prometo ser-lhe fiel na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-te e respeitando-te TODOS OS DIAS de minha vida. Estão preparados?
Não se pode casar “no escuro”; e não se pode enganar-se, fingindo que não vê os problemas que estão pela frente. Se o casal não tem convicção de que estão preparados e maduros para o casamento, então, talvez seja melhor adiar o noivado. E devem saber os jovens cristãos, que o noivado não é ainda uma autorização para a vida sexual; não. Ela só deve começar depois do casamento, pois eles ainda não pertencem mutuamente. São Paulo disse: “O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido. A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao seu marido. E da mesma forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa” (1Cor 7, 3-4). O Apóstolo não fala em namorados e noivos, mas marido e mulher. E o Catecismo da Igreja ensina: “2350 – Os noivos são convidados a viver a castidade na continência. Nessa provação eles verão uma descoberta do respeito mútuo, uma aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus. Reservarão para o tempo do casamento as manifestações de ternura específicas do amor conjugal. Ajudar-se-ão mutuamente a crescer na caridade”. Assim, vivam o noivado como Deus quer e a Igreja ensina, serão felizes.
Prof. Felipe Aquino
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