Hoje eu fui ver “Blood money” (Dinheiro de sangue), exibido no Brasil como “Aborto legalizado”. Na verdade juntaram o título original, sem traduzir, com este inventado aqui. O resultado não ficou bom. Mas isso é outro problema. Fiquemos com o título original que é perfeito, pois trata-se realmente de dinheiro de sangue, de lucros obtidos com o assassino, o genocídio.
Embora por problemas de trânsito eu tenha chegado com alguns minutos de atraso, pude ver o filme quase inteiro – aqui no Rio de Janeiro ele passa pelo menos até amanhã, 21 de novembro, no Espaço Itaú, na Praia de Botafogo 316. Espero que continue; hoje havia um bom público que assistiu em silêncio, impressionado com os fatos estarrecedores desvendados sobre a indústria do aborto nos Estados Unidos – incusive com depoimentos de mulheres que abortaram e pessoas, como Bernard Nathanson, que em certa época foram médicos aborteiros.
Uma médica já idosa confessou ter assassinado umas 35.000 crianças; hoje ela se arrepende. E revela que todas as atrocidades dos abortórios são encobertas, mesmo quando a gestante morre – as famílias não processam, todo mundo tem vergonha de estar envolvido nessa coisa escabrosa.
O documentário do produtor David Kyle (que também assina o roteiro e a direção) frisa que, talvez em mais de 80 por cento dos casos, a mulher (que muitas vezes é uma menina com 12 a 17 anos) é em maior ou menor grau coagida a abortar. Encontra-se numa situação dificil (em geral o namorado não assume… os homens às vezes são tão canalhas) e não procura o médico da família, ou qualquer médico normal, vai logo ao abortório. E como lá eles vivem disso, como não irão fazer tudo para convencê-la a abortar?
O cinismo, a hediondez é tão grande que chegam a fabricar resultados falsos de testes de gravidez, mostram ultrassonografias onde “identificam” a criança em gestação sem que haja criança alguma, é apenas uma bolsa qualquer do organismo. E fazem a operação assim mesmo.
“Blood money” revela ainda a ligação de movimentos abortistas norte-americanos com a ideologia nazista e com a esterilização em massa e à força (coisa que a mídia silencia) de mulheres negras pobres nos EUA até 1972 (lembro que Marlon Brando denunciou certa vez a esterilização de mulheres índias também em grande quantidade) o que dá a entender que o racismo branco norte-americano deseja mesmo exterminar os negros, como previsto num romance de Monteiro Lobato.
E, após a legalização do feticídio nos EUA, o que se vê é que os abortórios se instalam em comunidades pobres e ficam induzindo mulheres negras a abortar. Eu já sabia a evidente ligação do aborto com o machismo, mas o documentário revela outro infame conúbio: aboreto e racismo.
Ao final da fita, fiz uma coisa que nunca havia feito em toda a minha já não curta vida: puxei a claque dos aplausos e fui acompanhado. Atenção, bonequinho do jornal “O Globo”!
Temos porém uma grande esperança: é fato que a opinião pública norte-americana se volta cada vez mais a favor da vida humana desde a concepção. Os abortórios estão fechando, sem dúvida por falência financeira. Uma das mulheres que se pronunciou no filme (a maior parte dos depoentes são mulheres, contrariando a falácia de que a mulher quer o direito de abortar) encerra a obra declarando com firmeza: -Isto vai acabar.
Deus te ouça.
E vamos assistir a este filme abençoado. Eu espero tê-lo um dia em DVD.
Miguel Carqueija
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