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Papa João Paulo II (Karol Józef Wojtyla), polonês, foi eleito Papa a 16
de Outubro de 1978, num momento muito difícil em que o mundo enfrentava
a perigosa guerra fria entre os EUA e a União Soviética. Todos temiam
uma guerra nuclear que poderia acabar com o Planeta.
João Paulo II obteve o doutorado em
Teologia (1948), em Roma, com uma tese sobre o conceito da fé nas obras
de São João da Cruz. Foi professor de Teologia Moral e Ética no
Seminário Maior de Cracóvia e na Faculdade de Teologia de Lublin. Em 4
de Julho de 1958, o Papa Pio XII nomeou-o Bispo Auxiliar de Cracóvia. Em
Janeiro de 1964 foi nomeado Arcebispo de Cracóvia pelo Papa Paulo VI,
que o criou Cardeal a 26 de Junho de 1967. Participou no Concilio
Vaticano II (1962-65), dando um contributo importante na elaboração da
Constituição “Gaudium et Spes”. Foi eleito Papa em 16 de Outubro de
1978. Foi o primeiro papa não italiano depois de muitos anos. A grande
surpresa foi ter vindo de um país da Cortina de Ferro comunista.
João Paulo II realizou 146 visitas pastorais na Itália e visitou 317
paróquias romanas. Fez 104 viagens apostólicas pelo mundo, escreveu 14
Encíclicas, 15 Exortações Apostólicas, 11 Constituições Apostólicas e 45
Cartas Apostólicas. Deixou 5 livros; celebrou 147 ritos de
Beatificação – nos quais proclamou 1338 Beatos – e 51 Canonizações, com
um total de 482 Santos. Realizou 9 Consistórios, nos quais criou 231
Cardeais (mais um 1 in pectore). Convocou 15 Assembleias do Sínodo dos
Bispos: 6 gerais ordinárias (1980, 1983, 1987, 1990, 1994 e 2001), 1
assembleia-geral extraordinária (1985) e 8 assembleias especiais (1980,
1991, 1994, 1995, 1997, 1998 e 1999). Promulgou o novo Código de Direito
Canônico Latino e das Igrejas Orientais, em 1983; o novo Catecismo da
Igreja Católica, em 1992; proclamou o Ano da Redenção, o Ano Mariano e o
Ano da Eucaristia, culminando no Grande Jubileu do Ano 2000. Inaugurou a
celebração das Jornadas Mundiais da Juventude. Em suas Audiências
Gerais das Quartas-feiras (cerca de 1160) participaram mais de 17
milhões e 600 mil peregrinos, sem contar as outras Audiências especiais e
as cerimônias religiosas (mais de 8 milhões de peregrinos apenas no
decorrer do Grande Jubileu do Ano 2000). Realizou 38 Visitas Oficiais e
as restantes 78 Audiências ou Encontros com Chefes de Estado, como
também as 246 Audiências e Encontros com Primeiros-ministros.Com 25 anos de pontificado, João Paulo II foi o terceiro papa de pontificado mais longo na história da Igreja. Foi um gigante que deixou saudade em todo o mundo, marcando com sua presença amiga e corajosa todos os povos por onde passou. Esteve no Brasil por três vezes e foi muito amado pelo povo brasileiro.
Em 13 de Maio de 1981, na Praça de São Pedro, o Papa sofreu um grave atentado. Não morreu por verdadeiro milagre. Ele disse depois que “uma mão puxou o gatilho, mas outra mão (de Nossa Senhora de Fátima) o protegeu”. No ano seguinte, no mesmo 13 de maio, foi a Fátima e colocou o projétil da arma que o atingiu, na coroa de Nossa Senhora de Fátima. Segundo o inquérito da polícia de Roma, foi um atentado da KGB russa que o queria matar. Sem dúvida o Papa João Paulo II foi o principal agente na queda do comunismo em 1989, com a queda do “Muro da Vergonha” (Berlim), libertando inúmeros países (Hungria, Polônia, Checoslováquia, Bulgária, Romênia, etc.) do jugo escravizante comunista de Moscou. No Jubileu do ano 2000 revelou, integralmente, em Fátima, o famoso Terceiro Segredo de Fátima. Em termos simbólicos ficou claro que se tratava da ação do comunismo contra a Igreja no século XX, passando pelo atentado que ele sofreu.
João Paulo II, auxiliado pelo cardeal Joseph Ratzinger, seu sucessor como Bento XVI, deu combate à perigosa e herética teologia da libertação (de cunho marxista), que despreza o espiritual e só dá ênfase ao social e político como meios de libertação do povo. Cria um falso cristianismo.
Morreu em Roma, sábado 2 de Abril de 2005, e será canonizado no dia da festa da Divina Misericórdia, que ele instituiu. Seu sucessor natural foi o Papa Bento XVI que o serviu durante 24 anos como Prefeito da Congregação da Fé.
Prof. Felipe Aquino
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