segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Reflexão do Evangelho de hoje

Muitas vezes, nós nos sentimos espantados com o que conhecemos sobre o poder de Deus, mas devemos ter consciência de que de fato devemos nos maravilhar muito mais, uma vez que não conhecemos quase nada sobre este poder. Uma das grandes manifestações do poder de Deus, e que de fato nos faz fascina, é a existência dos anjos, essas criaturas maravilhosas que assistem diante de Deus e sempre estão presentes também nas nossas vidas, como o caso dos arcanjos que festejamos hoje e que têm a sua existência e a sua ação descritas nas Sagradas Escrituras.

Evangelho de hoje - Jo 1,47-51

Evangelho - Jo 1,47-51
Vereis o céu aberto e os anjos de Deus
subindo e descendo sobre o Filho do Homem.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 1,47-51

Naquele tempo,
47Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentOu:
"Aí vem um israelita de verdade,
um homem sem falsidade".
48Natanael perguntOu:
"De onde me conheces?"
Jesus respondeu:
"Antes que Filipe te chamasse,
enquanto estavas debaixo da figueira,
eu te vi".
49Natanael respondeu:
"Rabi, tu és o Filho de Deus,
tu és o Rei de Israel".
50Jesus disse:
"Tu crês porque te disse:
Eu te vi debaixo da figueira?
Coisas maiores que esta verás!"
51E Jesus continuou:
"Em verdade, em verdade, eu vos digo:
Vereis o céu aberto
e os anjos de Deus subindo e descendo
sobre o Filho do Homem".
Palavra da Salvação.

O que são dons Preternaturais?



107Foram os dons preternaturais que perdemos após o pecado original:
1 – Imortalidade, pois a morte é fruto do pecado (Gen 2, 7; 3,3 s; Sab 2,14; Rom 5, 12; Rom 6,23). Isto significa que , antes do pecado, o homem não morreria dolorosa e violentamente como ocorre hoje; poderia morrer, mas a morte seria um sono suave, como a de Maria.
2 – Integridade, ou imunidade de concupiscência: os afetos, sentimentos e desejos não eram desordenados, mas submetidos docilmente à razão e à fé, sem conflitos interiores.pecado_original_1
3 – Impassibilidade, ou a ausência de sofrimento, fruto do pecado (Gen 3,16)
4 -Ciência Moral infusa: que tornava o homem apto a assumir suas responsabilidades diante de Deus sem dificuldades.
O nosso Catecismo diz (§ 404s) que o homem, após a queda, não pôde mais transmitir aos descendentes o “estado de santidade” (participação perfeita na comunhão com Deus) e de ” justiça” (harmonia perfeita consigo, com a mulher, com a natureza e com Deus). Leia mais no Catecismo (§385 s).

A diferença entre Anjos e Arcanjos



Foto do Anjo da GuardaArcanjos
- São enviados por Deus em missão de maior importância junto aos homens. Estão acima dos anjos, são anjos superluminosos, já que eles cuidam de diversos aspectos da existência humana. Os quadro arcanjos mais conhecidos são Gabriel (o anjo da transformação vibracional), Miquel (príncipe da Luz), Rafael (o anjo encarregado da cura) e Uriel (o anjo da salvação), são mensageiros que fazem a palavra divina. Considerados os mais importantes intermediários entre os mortais e Deus.
Anjos
- Os que têm a guarda de cada pessoa em particular, para desviá-la do mal e cpa_os_anjosencaminhá-la ao bem, defendê-lo contra seus inimigos visíveis e invisíveis, e conduzi-lo ao caminho da salvação. Velam por sua vida espiritual e corporal e, a cada instante, enviam as luzes, forças e graças que necessitam. São eles os anjos que estão mais próximos da humanidade e mais preocupados com as questões humanas. Dentro da categoria dos anjos existem muitas subdivisões diferentes, cada uma com sua específica. São mensageiros de Deus, cuidam de coração dos homens.

A Hierarquia dos Anjos



anjoimagesSeguindo o critério tradicional, são nove (9) os Coros ou Ordens Angélicas: Serafins, Querubins, Tronos, Dominações, Potestades, Virtudes, Principados, Arcanjos e Anjos, distribuídas em três Hierarquias.
Primeira hierarquia:
É formada pelos Santos Anjos que estão em íntimo contato com o Criador Dedicam-se a Amar, Adorar e Glorificar a DEUS numa constante e permanente frequência, em grau bem mais elevado que os outros Coros: Serafins, Querubins e Tronos.
Serafins:
O nome “seraph” deriva do hebreu e significa “queimar completamente”. Segundo o conceito hebraico, o Serafim não é apenas um ser que “queima”, mas “que se consome” no amor ao Sumo Bem, que é o nosso Deus Altíssimo.
Na Sagrada Escritura os Santos Anjos Serafins aparecem somente uma única vez, na visão de Isaias: (Is 6,1-2).
Seguindo o critério tradicional, são nove (9) os Coros ou Ordens Angélicas: Serafins, Querubins,Tronos, Dominações, Potestades, Virtudes, Principados, Arcanjos e Anjos, distribuídas em três Hierarquias.
Querubins:
São considerados guardas e mensageiros dos Mistérios Divinos, com a missão especial de transmitir Sabedoria. No início da criação, foram colocados pelo CRIADOR para guardar o caminho da Árvore da Vida.(Gn 3,24) Na Sagrada Escritura o nome dos Santos Anjos Querubins é o mais citado, aparecendo cerca de 80 vezes nos diversos livros. São também os Querubins os seres misteriosos que Ezequiel descreve na visão que teve, no momento de sua vocação: (Ez 10,12) Quando Moisés recebeu as prescrições para a construção da Arca da Aliança, onde o SENHOR habitou, o trono Divino foi colocado entre dois Querubins: (Ex 25,8-9.18-19) Estas considerações atestam que os Querubins são conhecedores dos Mistérios Divinos.
Tronos:
Acolhem em si a Grandeza do CRIADOR e a transmitem aos Santos Anjos de graus inferiores. São chamados “Sedes Dei” (Sede de DEUS).  Em síntese, os Tronos são aqueles Santos Anjos que apresentam aos Coros inferiores, o esplendor da Divina Onipotência.
Segunda hierarquia:
São os Santos Anjos que dirigem os Planos da Eterna Sabedoria, comunicando aqueles projetos aos Anjos da Terceira Hierarquia, que vigiam o comportamento da humanidade. Eles são responsáveis pelos acontecimentos no Universo. Esta Hierarquia é formada pelos seguintes Coros de Anjos: Dominações, Potestades e Virtudes.
Dominações:
São aqueles da alta nobreza celeste. Para caracteriza-los com ênfase, São Gregório escreveu: “Algumas fileiras do exército angélico chamam-se Dominações, porque os restantes lhe são submissos, ou seja, lhe são obedientes”. São enviados por Deus a missões mais relevantes e também, são incluídos entre os Santos Anjos que exercem a “função de Ministro de Deus”.
Potestades:
É o Coro Angélico formado pelos Santos Anjos que transmitem aquilo que deve ser feito, cuidando de modo especial da “forma” ou “maneira” como devem ser feitas as coisas. Também são os Condutores da ordem sagrada. Pelo fato de transmitirem o poder que recebem de Deus, são espíritos de alta concentração, alcançando um grau elevado de contemplação ao Criador.
Virtudes:
As atribuições dos Santos Anjos deste Coro, são semelhantes aquelas dos Santos Anjos do Coro Potestades, porque também eles transmitem aquilo que deve ser feito pelos outros Anjos, mas sobretudo, auxiliam no sentido de que as coisas sejam realizadas de modo perfeito. Assim, eles também têm a missão de remover os obstáculos que querem interferir no perfeito cumprimento das ordens do CRIADOR. São considerados Anjos fortes e viris. Quem sofre de fraquezas físicas ou espirituais, deve invocar por meio de orações, o auxílio e a proteção de um Santo Anjo do Coro das Virtudes.
Terceira Hieraquia:
É formada pelos Santos Anjos que executam as ordens do Altíssimo. Eles estão mais próximos de nós e conhecem a fundo a natureza de cada pessoa que devemassistir, a fim de poderem cumprir com exatidão a Vontade Divina: insinuando, avisando ou castigando, conforme o caso. Esta Hierarquia é formada pelos: Principados, Arcanjos e Anjos.
Principados:
Os Santos Anjos deste Coro são guias dos mensageiros Divinos. Não são enviados a missões modestas, ao contrário, são enviados a príncipes, reis, províncias, Dioceses, de conformidade com o honroso título de seu Coro. No livro de Daniel são também apresentados como protetores de povos: (Dn 10,13) Significa dizer, que são aqueles Anjos que levam as instruções e os avisos Divinos, ao conhecimento dos povos que lhe são confiados. Porém, quando esses mesmos povos recusam aceitar as mensagens do Senhor, os Principados transformam-se em Anjos Vingadores, e derramam as taças da ira Divina sobre eles, de forma a reconduzi-los através do castigo e da dor, de volta ao DEUS de Amor e Misericórdia que eles abandonaram propositalmente.
Arcanjos:
A ordem tradicional dos Coros Angélicos coloca os “Arcanjos” entre os “Principados” e os “Anjos”. Pelas funções que desempenha, acreditamos que ele deve estar colocado no mais alto Coro dos Santos Anjos. Gabriel também é chamado de Arcanjo, e da mesma maneira que Miguel, através das páginas da Sagrada Escritura, vê-se que é conhecedor dos mais profundos Mistérios de DEUS, inclusive foi Gabriel quem Anunciou a Maria que Ela estava cheia de graças e tinha sido escolhida pelo Criador, para Mãe de Deus Por outro lado, também Rafael é denominado pela Igreja como um Arcanjo. A respeito de Rafael, no Livro de Tobias, ele mesmo confirma que está diante de Deus:
“Eu sou Rafael, um dos sete Anjos que estão sempre presentes e tem acesso junto à Glória do Senhor”. (Tb 12,15)cpa_os_anjos
Anjos:
Os Santos Anjos recebem as ordens dos Coros superiores e as executam. Outro aspecto que não pode ser esquecido, é o fato de que os Santos Anjos, guardadas as devidas proporções, estão mais perto da humanidade e por assim dizer, convivendo conosco e prestando um serviço silencioso mas de valor incomensurável à cada pessoa. O Criador inspirou o escritor sagrado no Livro Êxodo, da Bíblia Sagrada: “Eis que envio um Anjo diante de ti, para que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que tenho preparado para ti. Respeita a sua presença e observa a sua voz, e não lhe sejas rebelde, porque não perdoará a vossa transgressão, pois nele está o Meu Nome. Mas se escutares fielmente a sua voz e fizeres o que te disser, então serei inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários”. (Ex 23,20-22)
Querubins:
São considerados guardas e mensageiros dos Mistérios Divinos, com a missão especial de transmitir Sabedoria. No início da criação, foram colocados pelo Criador para guardar o caminho da Árvore da Vida.(Gn 3,24) Na Sagrada Escritura o nome dos Santos Anjos Querubins é o mais citado, aparecendo cerca de 80 vezes nos diversos livros. São também os Querubins os seres misteriosos que Ezequiel descreve na visão que teve, no momento de sua vocação: (Ez 10,12) Quando Moisés recebeu as prescrições para a construção da Arca da Aliança, onde o Senhor habitou, o trono Divino foi colocado entre dois Querubins: (Ex 25,8-9.18-19) Estas considerações atestam que os Querubins são conhecedores dos Mistérios Divinos.
Tronos:
Acolhem em si a Grandeza do Criador e a transmitem aos Santos Anjos de graus inferiores. São chamados “Sedes Dei” (Sede de Deus).  Em síntese, os Tronos são aqueles Santos Anjos que apresentam aos Coros inferiores, o esplendor da Divina Onipotência.
Segunda hierquia:
São os Santos Anjos que dirigem os Planos da Eterna Sabedoria, comunicando aqueles projetos aos Anjos da Terceira Hierarquia, que vigiam o comportamento da humanidade. Eles são responsáveis pelos acontecimentos no Universo. Esta Hierarquia é formada pelos seguintes Coros de Anjos: Dominações, Potestades e Virtudes.
Dominações:
São aqueles da alta nobreza celeste. Para caracteriza-los com ênfase, São Gregório escreveu: “Algumas fileiras do exército angélico chamam-se Dominações, porque os restantes lhe são submissos, ou seja, lhe sãoobedientes”. São enviados por Deus a missões mais relevantes e também, são incluídos entre os Santos Anjos que exercem a “função de Ministro de Deus”.
Potestades:
É o Coro Angélico formado pelos Santos Anjos que transmitem aquilo que deve ser feito, cuidando de modo especial da “forma” ou “maneira” como devem ser feitas as coisas. Também são os Condutores da ordem sagrada. Pelo fato de transmitirem o poder que recebem de Deus, são espíritos de alta concentração, alcançando um grau elevado de contemplação ao Criador.
Virtudes:
As atribuições dos Santos Anjos deste Coro, são semelhantes aquelas dos Santos Anjos do Coro Potestades, porque também eles transmitem aquilo que deve ser feito pelos outros Anjos, mas sobretudo, auxiliam no sentido de que as coisas sejam realizadas de modo perfeito. Assim, eles também têm a missão de remover os obstáculos que querem interferir no perfeito cumprimento das ordens do Criador. São considerados Anjos fortes e viris. Quem sofre de fraquezas físicas ou espirituais, deve invocar por meio de orações, o auxílio e a proteção de um Santo Anjo do Coro das Virtudes.
Terceira Hierarquia:
É formada pelos Santos Anjos que executam as ordens do Altíssimo. Eles estão mais próximos de nós e conhecem a fundo a natureza de cada pessoa que devem assistir, a fim de poderem cumprir com exatidão a Vontade Divina: insinuando, avisando ou castigando, conforme o caso. Esta Hierarquia é formada pelos: Principados, Arcanjos e Anjos.
Principados:
Os Santos Anjos deste Coro são guias dos mensageiros Divinos. Não são enviados a missões modestas, ao contrário, são enviados a príncipes, reis, províncias, Dioceses, de conformidade com o honroso título de seu Coro. No livro de Daniel são também apresentados como protetores de povos: (Dn 10,13)
Significa dizer, que são aqueles Anjos que levam as instruções e os avisos Divinos, ao conhecimento dos povos que lhe são confiados. Porém, quando esses mesmos povos recusam aceitar as mensagens do Senhor, os Principados transformam-se em Anjos vingadores, e derramam as taças da ira Divina sobre eles, de forma a reconduzi-los através do castigo e da dor, de volta ao Deus de Amor e Misericórdia que eles abandonaram propositalmente.
Arcanjos:
A ordem tradicional dos Coros Angélicos coloca os “Arcanjos” entre os “Principados” e os “Anjos”. Pelas funções que desempenha, acreditamos que ele deve estar colocado no mais alto Coro dos Santos Anjos. Gabriel também é chamado de Arcanjo, e da mesma maneira que Miguel, através das páginas da Sagrada Escritura, vê-se que é conhecedor dos mais profundos Mistérios de Deus, inclusive foi Gabriel quem Anunciou a Maria que Ela estava cheia de graças e tinha sido escolhida pelo Criador para Mãe de Deus. Por outro lado, também Rafael é denominado pela Igreja como um Arcanjo. A respeito de Rafael, no Livro de Tobias, ele mesmo confirma que está diante de Deus:
“Eu sou Rafael, um dos sete Anjos que estão sempre presentes e tem acesso junto à Glória do Senhor”. (Tb 12,15)
Anjos:
Os Santos Anjos recebem as ordens dos Coros superiores e as executam. Outro aspecto que não pode ser esquecido, é o fato de que os Santos Anjos, guardadas as devidas proporções, estão mais perto da humanidade e por assim dizer, convivendo conosco e prestando um serviço silencioso mas de valor incomensurável à cada pessoa. O Criador inspirou o escritor sagrado no Livro Êxodo, da Bíblia Sagrada: “Eis que envio um Anjo diante de ti, para que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que tenho preparado para ti. Respeita a sua presença e observa a sua voz, e não lhe sejas rebelde, porque não perdoará a vossa transgressão, pois nele está o Meu Nome. Mas se escutares fielmente a sua voz e fizeres o que te disser, então serei inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários”. (Ex 23,20-22)

Quem são os santos arcanjos?



sao_miguel2A Igreja conhece o nome de três Arcanjo e a Liturgia celebra no dia 29 de setembro, a Festa a eles:
Miguel, Gabriel e Rafael, e lembra ao mesmo tempo todos os coros angélicos: Anjos, Arcanjos, Tronos, Querubins, Serafins, Tronos, Virtudes, Potestades e Poderes. Na Festa dos santos Arcanjos, a Igreja assim vê a glória de Deus manifestada em seus anjos:
‘Pai Santo, Deus eterno e todo poderoso, é a Vós que glorificamos ao louvarmos os anjos que criastes e que foram dignos do vosso amor. A admiração que eles merecem nos mostra como sois grande e como deveis ser amado acima de todas as criaturas. Pelo Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, louvam os anjos a vossa glória, as dominações vos adoram, e, reverentes, vos servem potestades e virtudes. Concedei-nos também a nós associar-nos à multidão dos querubins e serafins, cantando a uma só voz… (Prefácio).
São Rafael é guia de Tobias e dos viajantes. (Ver o livro de Tobias).
São Miguel era o antigo padroeiro da sinagoga judaica, agora é o padroeiro da Igreja universal; São Gabriel (‘Deus curou’) é o Anjo da Encarnação e talvez o da Agonia de Jesus no jardim das oliveiras; São Miguel, de modo especial foi cultuado desde os primeiros séculos do cristianismo.
No Apocalipse, São Miguel e seus anjos são mostrados como defensores do povo de Deus. ”Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram de combater o Dragão. O Dragão e seus anjos travaram combate, mas não prevaleceram.” (Ap 12,7). ”Vi, então, descer do céu um anjo, que tinha na mão a chave do abismo e uma grande algema. Ele apanhou o Dragão, a primitiva Serpente, que é o Demônio e Satanás, e o acorrentou por mil anos. Atirou-o no abismo, que fechou e selou por cima, até que se completasse mil anos, para que já não seduzisse as nações (Ap 20,1). O imperador Constantino, no século IV, erigiu a São Miguel Arcanjo um cpa_os_anjossantuário em Constantinopla às margens do rio Bósforo, no lado europeu, enquanto o imperador Justiniano construiu-lhe um outro santuário na outra margem do mesmo rio. A data de 29 de setembro foi a de consagração da igreja dedicada a São Miguel, no século V, a seis milhas da via Salária. Em Roma foi dedicado a São Miguel o célebre mausoléu do imperador Adriano, agora conhecido com o nome de Castelo de Santo Ângelo.A São Miguel é dedicado também o antigo santuário do século VI,  no monte Galgano, na Púglia, onde domina o mar Adriático que banha o lado oriental da Itália. Nas proximidades desta igreja, os longobardos venceram o encontro naval contra os serracenos e a vitória foi atribuída a uma aparição de São Miguel, o que deu origem a uma segunda festa ao Arcanjo, depois transferida para 29 de setembro.
São Gabriel, aquele que está diante de Deus, é o anunciador por excelência das revelações divinas. É ele que explica ao profeta Daniel como se dará a plena restauração, da volta do exílio ao advento do Messias. É ele que anuncia a Maria o nascimento de Jesus, é ele que anuncia também o nascimento do Percursor de Jesus, João Batista. Ele é muito estimado mesmo junto aos maometanos.
Prof. Felipe Aquino

“Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua família”(At 16,31)



tumblr_m4ee4mcmvE1qczc2yo1_500“Quem se descuida dos seus, e principalmente dos de sua própria família, é um renegado, pior que um infiel.” (1Tm 5,8)
A realidade que mais nos aproxima da ideia do paraíso é nosso lar, disse alguém. Aos homens, como aos pássaros, o mundo oferece mil lugares para pousar, mas somente o seu lar é o seu verdadeiro ninho.
Podemos percorrer o mundo à procura do que desejamos ver e conhecer, mas nada é como o nosso lar; os filhos e netos nos mantém agarrados à vida. Há um provérbio persa que diz que “quem não tem irmão, tem as pernas fracas”. A criança é o amor visível. Cada criança, ao nascer, nos traz a mensagem de que Deus não perdeu ainda a esperança nos homens, disse Tagore.
Uma infância feliz é o maior presente que os pais podem dar aos filhos.
A maior alegria é colhida na família, a cada dia. Eu não trocaria por nada toda a vida que vivi em família.
A alegria de gerar e educar os filhos, de conviver com eles, faz a nossa maior felicidade. Infelizmente muitos estão enganados pensando que podem buscar a felicidade fora do lar, ou sem construir um lar. O egoísmo e o medo estão fazendo muita gente rejeitar o casamento e a família. Não faça isso. Faça a sua vida girar em torno da família. Nada nos faz tão felizes como aquilo que construímos com a nossa vida, com a nossa luta e com a nossa dedicação.
Até quando nos deixaremos enganar, querendo ir buscar a felicidade tão longe, se ela está bem junto de nós?
A família é o complemento de nós mesmos. Ela é a base da sociedade. Nela somos um indivíduo reconhecido e amado, e não apenas um número, um RG, um CPF.
É no seio da família que cada pessoa faz a experiência própria do que seja amar e ser amado, sem o que jamais será feliz. Quando a família se destrói a sociedade toda corre sério risco; e é por isso que temos hoje tantos jovens delinquentes, envolvidos nas drogas, na bebida e na violência. Muitos estão no mundo do crime porque não tiveram um lar.
Sem dúvida a maior tragédia do mundo moderno é a destruição da família. O divórcio arrasa com os casamentos e, consequentemente com as famílias. Os filhos pagam o preço da separação dos pais; e eles mesmos sofrem com isto. Quando as famílias eram bem constituídas, não havia tantos jovens envolvidos com drogas e com a violência, com o homossexualismo e com a depressão.
Mais do que nunca o mundo precisa de homens e mulheres dispostos a constituir famílias sólidas, edificadas pelo matrimônio, onde os esposos vivam a fidelidade conjugal e se dediquem de corpo e alma ao bem dos filhos. E é isto que dá felicidade ao homem e à mulher.
Infelizmente uma mentalidade consumista, egoísta e comodista toma conta do mundo e das pessoas cada vez mais, impedindo-as de terem filhos.
Não há na face da terra algo mais nobre e belo que um homem e uma mulher possam fazer do que gerar e educar um filho. Nada pode ser nem de longe, comparado à vida humana. Nem toda riqueza que há debaixo da terra vale uma só vida humana, porque esta é criada a imagem de semelhança de Deus, dotada de inteligência, liberdade, vontade, consciência, capacidade de amar, cantar, sorrir e chorar. O que pode ser comparado a isto?
Nada pode nos dar tanta satisfação do que ver o filho nascer, ensiná-lo a andar, falar, escrever, e seguir o seu caminho neste mundo.
A felicidade do lar está também no relacionamento saudável, fiel e amoroso dos esposos. Sem fidelidade conjugal a família não se sustenta. E esta fidelidade tem um alto preço de renuncia às tentações do mundo, mas produz a verdadeira felicidade. Marido e mulher precisam se amar de verdade, e viver um para o outro, absolutamente, sem se darem ao direito da menor aventura fora do lar. Isto seria traição ao outro, aos filhos e a Deus.
Não permita que o seu lar se dissolva por causa de uma infidelidade de sua parte. A felicidade tem um preço; temos de pagar o preço da renúncia ao que é proibido. Não se permita a menor intimidade com outra pessoa que não seja o seu esposo ou sua esposa.
Não brinque com fogo, para não queimar a sua felicidade e a dos seus caros.
A grande ameaça à família hoje é a infidelidade conjugal; muitos maridos, e também esposas, traem os seus cônjuges e trazem para dentro do lar a infelicidade própria e dos filhos. Saiba que isto não compensa jamais; não destrua em pouco tempo aquilo que foi construído em anos de luta.
Marido e mulher precisam viver um para o outro e ambos para os filhos. O casal precisa conversar se perdoar; se um não perdoa o outro em suas pequenas falhas, jamais desfrutará de suas grandes virtudes. A felicidade do casal pode ser muito grande, mas isto depende de que ambos vivam a promessa do amor conjugal. Amar é construir o outro; é ajudá-lo a crescer; é ajudá-lo a vencer os seus problemas. Amar é construir alguém querido, com o preço da própria renúncia. Quem não está disposto a este sacrifício nunca saberá o que é a felicidade de um lar. O homem não precisa trocar de mulher para ser feliz. É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a sua vida quanto dizer que um violonista precisa de diversos violinos para tocar a mesma música. Se alguém não sabe tocar violino não adianta ficar trocando de violino.
Na sagrada missão de educar bem os filhos, o casal encontra a felicidade. Viva para os filhos e você será feliz.
Os pais precisam antes de tudo ter tempo para eles, e saber conquistá-los; sem isto, os filhos não os ouvirão e não seguirão os seus conselhos. Mas o filho deve ser conquistado por aquilo que você é para ele, e não por aquilo que você dá para ele.
Cada filho é como um diamante que Deus nos entrega para ser lapidado com carinho. Não há alegria maior para um homem do que encontrar alegria em seu filho bem formado e educado. Cada filho é a nossa imagem; “filho de peixe é peixinho”. O filho é educado muito mais pelo exemplo dos pais do que por suas palavras.
São Tomás de Aquino dizia que a família constitui para os filhos “um útero espiritual”. Os pais devem ser amigos e confidentes e não os tiranos dos filhos.
Na medida em que os casamentos vão se desfazendo, as famílias vão se destruindo, por falta de Deus, a felicidade dos homens vai aumentando. Fuja desta rota se quiser ser feliz e ter paz na alma.
A família é a “igreja doméstica”; é nela que os filhos devem aprender com os pais a maravilha da fé; é ali, no colo da mãe que a criança deve aprender a rezar e viver os mandamentos da lei de Deus para ser feliz.
cpa_o_socorro_de_deus
O casal cristão se deseja ser feliz precisa cultivar uma vida de oração em casa e na igreja, de frequência aos sacramentos, de meditação da Palavra de Deus, etc.
Mas, mesmo que sua casa já esteja desmoronada, você a pode reconstruir com Deus, porque para Ele nada é impossível. Não olhe para o passado, não fique pisando e culpando a sua alma; olhe para Jesus, crê no Senhor, e Ele abrirá um caminho novo em sua vida; creia nisso.
Mesmo que seu marido a tenha abandonado; mesmo que sua esposa o tenha traído, mesmo que seus filhos o tenham decepcionado… olhe para Jesus, creia Nele, e Ele lhe dará uma nova alternativa de vida. Jesus disse: “Se creres verás a glória de Deus”. (Jo 11,40) Não há uma vida na terra que esteja a tal ponto destruída que Deus não possa restaurá-la.
“Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua família”(At 16,31)
“Quem se descuida dos seus, e principalmente dos de sua própria família, é um renegado, pior que um infiel.”(1Tm 5,8)
A realidade que mais nos aproxima da ideia do paraíso é nosso lar, disse alguém. Aos homens, como aos pássaros, o mundo oferece mil lugares para pousar, mas somente o seu lar é o seu verdadeiro ninho.
Podemos percorrer o mundo à procura do que desejamos ver e conhecer, mas nada é como o nosso lar; os filhos e netos nos mantém agarrados à vida. Há um provérbio persa que diz que “quem não tem irmão, tem as pernas fracas”. A criança é o amor visível. Cada criança, ao nascer, nos traz a mensagem de que Deus não perdeu ainda a esperança nos homens, disse Tagore.
Uma infância feliz é o maior presente que os pais podem dar aos filhos.
A maior alegria é colhida na família, a cada dia. Eu não trocaria por nada toda a vida que vivi em família.
A alegria de gerar e educar os filhos, de conviver com eles, faz a nossa maior felicidade. Infelizmente muitos estão enganados pensando que podem buscar a felicidade fora do lar, ou sem construir um lar. O egoísmo e o medo estão fazendo muita gente rejeitar o casamento e a família. Não faça isso. Faça a sua vida girar em torno da família. Nada nos faz tão felizes como aquilo que construímos com a nossa vida, com a nossa luta e com a nossa dedicação.
Até quando nos deixaremos enganar, querendo ir buscar a felicidade tão longe, se ela está bem junto de nós?
A família é o complemento de nós mesmos. Ela é a base da sociedade. Nela somos um indivíduo reconhecido e amado, e não apenas um número, um RG, um CPF.
É no seio da família que cada pessoa faz a experiência própria do que seja amar e ser amado, sem o que jamais será feliz. Quando a família se destrói a sociedade toda corre sério risco; e é por isso que temos hoje tantos jovens delinquentes, envolvidos nas drogas, na bebida e na violência. Muitos estão no mundo do crime porque não tiveram um lar.
Sem dúvida a maior tragédia do mundo moderno é a destruição da família. O divórcio arrasa com os casamentos e, consequentemente com as famílias. Os filhos pagam o preço da separação dos pais; e eles mesmos sofrem com isto. Quando as famílias eram bem constituídas, não havia tantos jovens envolvidos com drogas e com a violência, com o homossexualismo e com a depressão.
Mais do que nunca o mundo precisa de homens e mulheres dispostos a constituir famílias sólidas, edificadas pelo matrimônio, onde os esposos vivam a fidelidade conjugal e se dediquem de corpo e alma ao bem dos filhos. E é isto que dá felicidade ao homem e à mulher.
Infelizmente uma mentalidade consumista, egoísta e comodista toma conta do mundo e das pessoas cada vez mais, impedindo-as de terem filhos.
Não há na face da terra algo mais nobre e belo que um homem e uma mulher possam fazer do que gerar e educar um filho. Nada pode ser nem de longe, comparado à vida humana. Nem toda riqueza que há debaixo da terra vale uma só vida humana, porque esta é criada a imagem de semelhança de Deus, dotada de inteligência, liberdade, vontade, consciência, capacidade de amar, cantar, sorrir e chorar. O que pode ser comparado a isto?
Nada pode nos dar tanta satisfação do que ver o filho nascer, ensiná-lo a andar, falar, escrever, e seguir o seu caminho neste mundo.
A felicidade do lar está também no relacionamento saudável, fiel e amoroso dos esposos. Sem fidelidade conjugal a família não se sustenta. E esta fidelidade tem um alto preço de renuncia às tentações do mundo, mas produz a verdadeira felicidade. Marido e mulher precisam se amar de verdade, e viver um para o outro, absolutamente, sem se darem ao direito da menor aventura fora do lar. Isto seria traição ao outro, aos filhos e a Deus.
Não permita que o seu lar se dissolva por causa de uma infidelidade de sua parte. A felicidade tem um preço; temos de pagar o preço da renúncia ao que é proibido. Não se permita a menor intimidade com outra pessoa que não seja o seu esposo ou sua esposa.
Não brinque com fogo, para não queimar a sua felicidade e a dos seus caros.
A grande ameaça à família hoje é a infidelidade conjugal; muitos maridos, e também esposas, traem os seus cônjuges e trazem para dentro do lar a infelicidade própria e dos filhos. Saiba que isto não compensa jamais; não destrua em pouco tempo aquilo que foi construído em anos de luta.
Marido e mulher precisam viver um para o outro e ambos para os filhos. O casal precisa conversar se perdoar; se um não perdoa o outro em suas pequenas falhas, jamais desfrutará de suas grandes virtudes. A felicidade do casal pode ser muito grande, mas isto depende de que ambos vivam a promessa do amor conjugal. Amar é construir o outro; é ajudá-lo a crescer; é ajudá-lo a vencer os seus problemas. Amar é construir alguém querido, com o preço da própria renúncia. Quem não está disposto a este sacrifício nunca saberá o que é a felicidade de um lar. O homem não precisa trocar de mulher para ser feliz. É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a sua vida quanto dizer que um violonista precisa de diversos violinos para tocar a mesma música. Se alguém não sabe tocar violino não adianta ficar trocando de violino.
Na sagrada missão de educar bem os filhos, o casal encontra a felicidade. Viva para os filhos e você será feliz.
Os pais precisam antes de tudo ter tempo para eles, e saber conquistá-los; sem isto, os filhos não os ouvirão e não seguirão os seus conselhos. Mas o filho deve ser conquistado por aquilo que você é para ele, e não por aquilo que você dá para ele.
Cada filho é como um diamante que Deus nos entrega para ser lapidado com carinho. Não há alegria maior para um homem do que encontrar alegria em seu filho bem formado e educado. Cada filho é a nossa imagem; “filho de peixe é peixinho”. O filho é educado muito mais pelo exemplo dos pais do que por suas palavras.
São Tomás de Aquino dizia que a família constitui para os filhos “um útero espiritual”. Os pais devem ser amigos e confidentes e não os tiranos dos filhos.
Na medida em que os casamentos vão se desfazendo, as famílias vão se destruindo, por falta de Deus, a felicidade dos homens vai aumentando. Fuja desta rota se quiser ser feliz e ter paz na alma.
A família é a “igreja doméstica”; é nela que os filhos devem aprender com os pais a maravilha da fé; é ali, no colo da mãe que a criança deve aprender a rezar e viver os mandamentos da lei de Deus para ser feliz.
O casal cristão se deseja ser feliz precisa cultivar uma vida de oração em casa e na igreja, de frequência aos sacramentos, de meditação da Palavra de Deus, etc.
Mas, mesmo que sua casa já esteja desmoronada, você a pode reconstruir com Deus, porque para Ele nada é impossível. Não olhe para o passado, não fique pisando e culpando a sua alma; olhe para Jesus, crê no Senhor, e Ele abrirá um caminho novo em sua vida; creia nisso.
Mesmo que seu marido a tenha abandonado; mesmo que sua esposa o tenha traído, mesmo que seus filhos o tenham decepcionado… olhe para Jesus, creia Nele, e Ele lhe dará uma nova alternativa de vida. Jesus disse: “Se creres verás a glória de Deus”. (Jo 11,40) Não há uma vida na terra que esteja a tal ponto destruída que Deus não possa restaurá-la.
Prof. Felipe Aquino

O que é melhor, sorrir ou resmungar?



casa de mil espelhosVocês já entraram em uma sala onde têm muitos espelhos?
O que acontece quando você entra nela? Uma menininha logo respondeu:
- A gente vê a cara da gente muitas vezes em todos os espelhos.
- É isso mesmo, disse o vovô. Então, agora eu vou contar uma estória para vocês:
Em uma pequena cidade havia um lugar conhecido como a “Casa dos Mil Espelhos”. Um pequeno e feliz cãozinho soube deste lugar e decidiu visitar esta Casa para ver como era. Chegando lá, subiu rápido e feliz a escada acima até a entrada da casa. Olhou através da porta de entrada da casa com suas orelhinhas bem levantadas e o rabinho balançando rapidamente. Para sua grande surpresa, viu outros mil pequenos e felizes cãezinhos, todos com seus rabinhos balançando rapidamente igualzinho o dele. Abriu um enorme sorriso, e viu seu rosto sorridente com mil enormes sorrisos.
Quando saiu da casa, pensou:
- Que lugar maravilhoso; voltarei sempre aqui, um montão de vezes!livro_infantil_3d_1
Nesta mesma cidade, um outro cãozinho, que não era tão feliz como o primeiro, foi também visitar a Casa dos Mil Espelhos. Subiu as escadas e olhou através da porta com um rosto meio triste e bravo para dentro da casa, pois não sabia o que iria acontecer. Quando viu mil olhares tristes e bravos de cães que lhe olhavam, igual a ele, rosnou e mostrou os dentes e ficou horrorizado ao ver mil cães rosnando e mostrando os dentes para ele. Não quis mais ficar ali, ficou com medo e horrorizado. Quando saiu, ele pensou:
- Que lugar horrível, nunca mais volto aqui…
Meus netos, é assim a vida, todos os rostos no mundo são espelhos. Que tipo de reflexo você vê nos rostos das pessoas que você encontra? Se você sorri para os outros, elas sorriem para você, mas se você se zanga com elas, elas também se zangam com você. Então veja que tudo depende de você.
Será que não estamos precisando de mais ”sorrisos”?
Retirado do livro: “Histórias que o vovô conta”

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Como surgiu a Editora Cléofas?



EditoracleofasNunca pensei na minha vida em ser pregador de retiros, apresentador de programas de TV e Rádio, e muito menos em ser escritor. Tudo o que queria era ser um bom pai, um bom esposo, um bom professor e um bom católico. Mas Deus foi mudando a minha vida sem eu perceber; é assim que Ele age com a gente. Não avisa o que vai fazer conosco– quando se quer fazer a sua vontade – senão a gente se assusta.
Desde a minha adolescência eu gosto de ler e de escrever. Por volta de 1990 escrevi dois livros – “Sereis uma só carne” e “Em busca da perfeição”, que foram publicados inicialmente pela Editora Raboni.
Um dia, na Canção Nova, há uns vinte anos, em conversa com o Eto, ele me perguntou se eu pretendia escrever muitos livros. Eu disse a ele que não sabia, mas que eu tinha gosto e vontade de escrever, especialmente para colocar numa linguagem simples para o povo, as grandes verdades de nossa fé e tudo o que a Igreja nos ensina.
O Eto, então, sugeriu que eu começasse uma Editora. Confesso que eu levei um susto, pois nem a Canção Nova ainda tinha uma editora. Na época eu era diretor do que é hoje o campus da USP em Lorena, SP.  E o Eto se prontificou a ajudar a vender os livros pela Canção Nova, nos eventos de final de semana, pois ainda não tinha televisão, só a rádio. Confesso que eu não fiquei animado, mas minha esposa, a Zila, aceitou o desafio. E começamos em nossa casa mesmo. Desocupamos um quarto da casa e ali colocamos os dois primeiros livros que eu escrevi, pela nossa Editora Cléofas. Foram: “Na Escola dos Santos doutores” e “Sede Santos!”.
Quando fundamos a Editora, e a fomos registrar na Junta Comercial do Estado. Escolhi o nome de São José; mas não pude registrar esse cleofas2nome porque já havia outra editora com o mesmo nome. Então, lembrei-me que São Cléofas, um dos discípulos de Emaús, era irmão de São José, segundo narra o historiador judeu do século II, Egesipo. Depois de escolher o nome, fui ver qual era o dia da festa de São Cléofas; e que feliz coincidência! Era o mesmo dia de meu aniversário: 25 de setembro. Foi para mim como uma confirmação. E registramos esse nome. Um dia eu pude estar em Emaús, na Terra Santa, no mesmo lugar em que Jesus celebrou a ceia com São Cléofas de São Simão, seu filho; a dali eu trouxe uma fotografia deste grande santo, esposo de Santa Maria de Cléofas, que esteve aos pés da Cruz de Jesus, com Nossa Senhora e Maria Madalena, as Três Marias.
Com a bênção de Deus nossa Editora foi crescendo e eu pude escrever cerca de oitenta livros. Nossa primeira funcionária foi a Alice, que foi consagrada da Canção Nova, e que ainda hoje está conosco. Hoje estou empenhado, em parceria com outras editoras, como a Loyola e a Cultor de Livros, em publicar livros de outros autores do passado, e que foram esquecidos e abandonados, mas que são muito  bons. A Editora hoje conta com cerca de doze funcionários e já vendeu cerca de três milhões de livros.
Minha querida Zila cuidou da Editora nesses vinte anos, com todo amor e dedicação; viajava comigo por todo o Brasil e até pelo exterior, divulgando os livros. Deus a levou para a eternidade em 19 de set de 2012. Então meus filhos Davi e Lucas administram a Editora, enquanto eu faço meu trabalho de evangelização pela Canção Nova.
Hoje a Editora tem vinte anos. Que Deus seja louvado pela Cléofas, e que Ele a abençoe para que possa, na extrema fidelidade à Igreja e a seu Sagrado Magistério, cooperar para a salvação das almas e edificação da Igreja. Nosso objetivo é viver o que São Paulo disse: “Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2,4). O nosso Catecismo diz que “a salvação está na verdade” (n. 851). Para se salvar é preciso conhecer a verdade, e São Paulo disse a Timóteo que “a Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1 Tm 3,15). A Cléofas quer irradiar essa Verdade que salva!
Prof. Felipe Aquino

A Oração Mental



man-praying-to-GodTodos os cristãos costumamos falar com Deus: fazer oração.
Umas vezes utilizamos orações já existentes, como os Salmos, o Terço, as orações e os cânticos litúrgicos, outros hinos, poemas e cânticos religiosos: essa é a oração vocal. Outras vezes, falamos com Deus em silêncio, só com os nossos pensamentos e com os sentimentos do nosso coração, sem nenhuma fórmula fixa: é a oração mental. Hoje, vamos refletir um pouco sobre ela.
Penso que todos nós gostaríamos de ter com frequência um diálogo espontâneo com Deus, em que falássemos com Ele sobre a nossa vida, os nossos trabalhos, os nossos anseios, os desejos de servir; ou os problemas, dúvidas, indecisões… Mas a verdade é que nem sempre conseguimos. Pode até ser que tenhamos desistido de tentar porque achamos que “para mim, não dá”.
Hoje gostaria de lhe dizer que vale a pena fazer um esforço. Porque a oração mental, quando aprendemos a fazê-la (coisa que pode demorar um pouco), é uma fonte maravilhosa de paz, de luz, de perspectivas, de alegrias. Tente! Para ajuda-lo, vou começar sugerindo-lhe algumas ideias:
Primeiro, precisamos de uma hora e lugar certos. O Catecismo da Igreja Católica diz: <<A escolha do tempo e da duração da oração mental depende de uma vontade determinada… Não fazemos oração quando temos tempo: reservamos um tempo [...] com a firme determinação de [...] não o tomarmos de volta>> (n.2710).
Jesus disse: entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai em segredo (Mt 6,6). O lugar pode ser o seu quarto, uma igreja ou uma capela sossegada, ou um jardim ou uma montanha durante uma excursão… ; o importante é que possa estar só e tranquilo para se concentrar (não a faça deitado na cama, porque vai cochilar!. E a duração, para começar, pode ser, por exemplo, de dez minutos diários; depois pode ser conveniente aumentá-la.
Não esqueça, porém, que uma oração mental íntima, de “linha direta” com Deus, pode surgir a qualquer momento e em qualquer lugar. Aproveite todas as inspirações do Espírito Santo.
Continuemos tratando da oração habitual, em hora e lugar certos. Antes de falar nada, comece pensando no seu interlocutor, em Deus. Faça um ato de fé na presença d’Ele. Por exemplo: “Creio firmemente que estás aqui, que me vês, que me ouves”, “Senhor, que eu te veja com os olhos da fé!”
Inicie o diálogo com simplicidade. Diga-lhe mentalmente, por exemplo: “Senhor, me ajude a falar consigo”, ou “Jesus, não sei o que dizer”, ou “Meu Deus, me desculpe, mas hoje vou começar pedindo uma coisa que muito desejo”. Se não lhe ocorre nada, faça então como aquele rapaz, distribuidor de leite em domicílio – conhecido de são Josemaria -, que abria a porta da igreja e só dizia: “Jesus, aqui está João, o leiteiro!”.
“As palavras na oração – diz o Catecismo da Igreja – não são discursos, mas gravetos que alimentam o fogo do amor” (n. 2717).
Às vezes pense num assunto concreto, para falar dele com simplicidade, por exemplo, pergunte a Jesus: “Senhor, por que me irrito sempre com Fulano?” Peça-lhe luz e tente ser sincero diante d’Ele: “Será que eu não sou orgulhoso demais, e por isso não sei compreender esta pessoa?”
Leve sempre um livro de orações ou de reflexões espirituais. Quando se sentir seco, sem saber o que dizer, abra-o e leia um trechinho. Essa leitura breve poderá ser a “pista de decolagem” da oração mental e, às vezes, o levará a transformar a oração para_estar_menormental numa meditação mais reflexima.
Uns vão precisar de mais posta para decolar – ler um trecho mais longo -, outros de menos. O importante é que, quando uma ideia da leitura nos atinja, façamos o esforço de refletir um pouco e tentar descobrir alguma aplicação prática: “Isso é o que eu deveria fazer!” Se isso acontecer, peçamos a Deus forças para melhorar naquele ponto, e agradeçamos-lhe as inspirações que Ele despertou em nós.
Um exemplo de um texto brevíssimo, que poderia ser “pista de decolagem” de uma boa oração mental, é o ponto n. 814 do livro Caminho: “Um pequeno ato, feito por Amor, quanto não vale!”. Fale disso com Deus: “Senhor, quantos atos pequenos – como um sorriso, um pormenor de ordem material, uma pequena ajuda no trabalho – eu poderia ter feito hoje com amor, e não os fiz! Ajude-me a enxergar essas coisas e a fazê-las”.
Peça e proponha-se algumas dessas ações; por exemplo, dizer “bom dia” de modo mais cordial em casa, ou na escola, ou no escritório. Só isso já seria um bom fruto da oração mental.
FAUS, Francisco. Para estar com Deus, Conselhos de Vida Interior. 2ª ed. Editora Cultor de Livros: São Paulo, SP,2012.p.13

Programa Escola da Fé – 18/09/14



Escola-da-féNa última quinta-feira (18/09/14), o Prof. Felipe Aquino recebeu em seu Programa Escola da Fé, na TV Canção Nova, o Cardeal Dom Odilo Scherer. Durante a entrevista, conversaram sobre o Sínodo sobre a Família, que acontecerá em outubro deste ano.
Abaixo seguem algumas informações que podem completar o conteúdo exposto na entrevista. Confira.
“Instrumento de trabalho” – do Sínodo extraordinário dos bispos em outubro
O último Sínodo sobre a Família foi em 1981 com o Papa João Paulo II que nos deixou a Exortação Apostólica “Familiaris Consortio”, de 22 de novembro de 1981.
Agora teremos um novo Sínodo sobre a família, com o papa Francisco.
“Synodus, que significa ‘caminhar juntos’, é a expressão que indica o lugar eclesial no qual nos encontramos para refletir – na dupla fidelidade a Deus e ao homem – diante dos desafios da família de hoje”.
O Sínodo de outubro próximo, de 5 a 19, terá como componentes 253 representantes dos cinco continentes, divididos em 114 presidentes de Conferências episcopais, 13 chefes de Igrejas católicas orientais sui iuris, 25 chefes de dicastério da Cúria romana, 9 membros do Conselho ordinário de secretaria, o secretário-geral, o subsecretário, 3 religiosos eleitos pela União dos Superiores Gerais, 26 membros de nomeação pontifícia. Haverá 8 delegados fraternos, 38 auditores, dos quais 13 casais e 16 peritos.
O Cardeal Baldisseri, que é o Secretário Geral do Sínodo, disse que:  “Na dinâmica de renovação da Igreja desejada pelo Papa Francisco, a atualização da instituição sinodal realiza-se principalmente no seu processo preparatório e na realização das próprias assembleias”.
“O critério de renovação consiste em pintar primeiro o quadro e depois pôr-lhe a moldura. As normas em vigor são o trilho que o comboio da renovação percorre. Indo em frente dar-se-ão os passos necessários para emendar normas ou eventualmente realizar uma verdadeira reforma do organismo sinodal”, disse.
Por último, o Cardeal assinalou que o itinerário do próximo Sínodo se articulará em duas etapas: a assembleia geral extraordinária de 2014 e a assembleia geral ordinária de 2015.
“Aplicar-se-á uma nova metodologia interna dos trabalhos, que tornará a realização mais dinâmica e participativa, com intervenções e testemunhos, cujo percurso terá presente a continuidade rumo à segunda etapa, depois da qual será publicado o documento sinodal”, concluiu.
O Secretário Geral  afirma que a Igreja vai propor ao mundo de hoje a beleza e o valor da família, na III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos que será celebrada de 5 a 19 de outubro de 2014 no Vaticano. O texto básico de trabalho enumera três pontos mais importantes com o tema “Os desafios pastorais da família, no contexto da evangelização”.
1 – A primeira parte - “Comunicar o Evangelho da família hoje” – reitera antes de tudo o “dado bíblico” da família, baseada no matrimônio entre homem e mulher, criados à imagem e semelhança de Deus e colaboradores do Senhor no acolhimento e transmissão da vida.
Uma reflexão específica é dedicada à dificuldade de compreender o significado e o valor da “lei natural”, colocada na base da dimensão esponsal entre o homem e a mulher. Para muitos, “natural” é sinônimo de “espontâneo”, o que comporta que os direitos humanos são entendidos como a autodeterminação do sujeito individual que tende à realização dos próprios desejos.
2 – A segunda parte do Instrumento de Trabalho - “A pastoral da família diante dos novos desafios” – chega ao coração dos desafios pastorais de hoje.
São muitas as situações críticas que a família deve enfrentar hoje: fraqueza da figura paterna, fragmentação devida a divórcios e separações, violências e abusos contra as mulheres e crianças (“um dado realmente muito preocupante que interroga toda a sociedade e a pastoral familiar da Igreja”), tráfico de menores, drogas, alcoolismo, dependência do jogo e também a dependência das redes sociais, que impede o diálogo em família e rouba o tempo livre para as relações interpessoais.
O documento sinodal destaca também o impacto do trabalho sobre a vida familiar: horários extenuantes, insegurança no emprego, flexibilidade que envolve longos trajetos, ausência do repouso dominical dificultam a possibilidade de estar juntos, em família.
O documento dedica também uma grande parte às “situações de irregularidade canônica”, porque as respostas recebidas estão sobretudo focalizadas nos divorciados e casados novamente. Em geral, põe-se em destaque o número consistente daqueles que vivem com “negligência” de tal condição e não pedem, portanto, para se aproximarem da Eucaristia e da reconciliação.
Em certos casos, algumas Conferências episcopais pedem novos instrumentos para abrir a possibilidade de exercer “misericórdia, clemência e indulgência” para com as novas uniões.
O Instrumentum mostra que, para as situações difíceis que a Igreja não deve assumir uma atitude de juiz que condena, mas a de uma mãe que sempre acolhe os seus filhos, sublinhando que “não aceder aos sacramentos não significa ser excluído da vida cristã e da relação com Deus”.
3 – A terceira parte do documento – “A abertura à vida e à responsabilidade educativa” – faz notar antes de mais que é pouco conhecida na sua dimensão positiva a doutrina da Igreja sobre a abertura à vida da parte dos esposos, pelo que é considerada como uma ingerência na vida do casal e uma limitação à autonomia da consciência. Daqui a confusão que se cria entre os contraceptivos e os métodos naturais de regulação da fertilidade.
O “Instrumento de trabalho” para a preparação e o debate da assembleia sinodal de outubro próximo se conclui com a Oração à Sagrada Família, escrita pelo Papa e por ele mesmo recitada por ocasião do Angelus de 29 de dezembro passado, festa da Santa Família de Nazaré.

Onde estão os anjos na Liturgia da Igreja?



anjo_guarda21Uma das provas mais claras da realidade dos anjos, é o culto litúrgico que a Igreja lhes presta. Sabemos que na vida da Igreja, “lex orandi, lex credendi”; a norma da fé é a norma da oração, reza-se conforme se crê. Santo Agostinho, já no século IV, afirmava que “é preciso honrar os anjos testemunhando-lhes amor e respeito, mas não adoração, a qual somente a Deus é devido”. Aos poucos, na vida da Igreja , foram se tornando comuns as orações e os oratórios em honra dos anjos. No século VI já se celebrava a festa de São Miguel Arcanjo. No século IX, a Igreja instituiu a Missa em louvor dos Santos Anjos.
A partir do século XIII surgem muitos templos dedicados aos três santos Arcanjos. No século XVI o culto aos anjos já se estendia a toda a cristandade. Em 1561 o Papa Pio IV consagrou a “Santa Maria e aos sete anjos” a igreja que Michel Angelo construiu no local do salão das Termas do imperador romano Dioclesiano. É o que se chama igreja de Santa Maria dos Anjos. Em 1526 o Papa Leão X, a pedido de François d’Estaing, bispo de Rodez, aprovou a festa dos Anjos da Guarda. No século XVII foi composta a oração ao Anjo da Guarda, que São Luiz Gonzaga tanto gostava de rezar: “Santo Anjo de Deus que sois a minha guarda e a quem eu fui confiado por celestial piedade, iluminai-me, guardai-me, regei-me, governai-me. Amém!”
Em 1670, o Papa Clemente X aprovou a festa universal dos Santos Anjos da Guarda para o dia 2 de outubro. E, após o Concílio Vaticano II, os Santos Arcanjos são celebrados no dia 29 de setembro. Na santa Missa, que é a Oração litúrgica por excelência, vemos os anjos presentes em todas as partes: no ato penitencial (… peço à Virgem Maria, aos Anjos e santos, e a vós irmãos que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor); no Glória; no Credo e na Oração Eucarística. “Por isso, com todos os anjos e santos proclamamos a vossa glória, cantando a uma só voz” (Oração eucarística II). “Eis pois, diante de Vós todos os anjos que vos servem e glorificam sem cessar, contemplando a vossa glória. Com eles, também nós, por nossa voz, tudo o que criastes, celebramos o vosso nome, cantando a uma só voz: …” (Oração Eucarística IV)
Na festa dos Arcanjos (29 de setembro), a Igreja invoca a proteção dos anjos: “Alimentados na força do pão do céu, dai-nos, ó Deus, sob a proteção dos vossos anjos, progredir no caminho da salvação. ” (Depois da comunhão) Na Festa dos Santos Arcanjos, a Igreja reza ao Senhor assim: “Ó Deus, que organizais de modo admirável o serviço dos anjos e dos homens, fazei que sejamos protegidos na terra por aqueles que vos servem no céu.” (Oração do dia) Na despedida dos defuntos a Igreja roga: “Para o Paraíso te levem os anjos”. Na Festa dos Santos Arcanjos a Igreja ora assim: “Nós vos apresentamos, ó Deus, com nossas humildes preces, estas oferendas de louvor; fazei que levados pelos anjos à vossa presença, sejam recebidas com agrado e obtenham para nós a salvação.” (Sobre as oferendas)
Na Liturgia da Festa dos Santos Anjos da Guarda, a Igreja implora a sua proteção: “Ó Deus, que na vossa misteriosa providência mandai os vossos anjos para guardar´nos, concedei que nos defendam de todos os perigos e gozemos eternamente do seu convívio.” (Oração do dia) “Acolhei, ó Deus, as nossas oferendas em honra dos santos anjos e fazei que, velando sempre ao nosso lado, nos guardem dos perigos desta vida e nos levem à vida eterna. ” (Oração sobre as oferendas) “Ó Deus, que alimentais com tão grande sacramento a nossa peregrinação para a vida eterna, guiai´nos por meio dos vossos anjos, no caminho da salvação e da paz.” (Oração depois da Comunhão) Pela orações acima, oficiais em nossa liturgia, vemos que a Igreja não tem dúvida sobre a existência e ação dos anjos.
Quem negar isto se põe, voluntariamente, fora dos ensinamentos e da fé da Igreja, e deixa de ser plenamente católico. Embora o Magistério da igreja não tenha definido como dogma de fé, a tutela dos anjos sobre os homens, alguns santos doutores da Igreja afirmaram a mesma concepção judaica de que o povo de Deus, as dioceses, as nações, etc., e cada pessoa tem um anjo protetor particular. Não há porque não aceitar tal concepção. S. Basílio Magno (330-369), doutor da Igreja, afirmou que “cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida” (Eun. 3,1). Na Festa dos santos Arcanjos, a Igreja assim vê a glória de Deus manifestada em seus anjos:
“Pai Santo, Deus eterno e todo poderoso, é a Vós que glorificamos ao louvarmos os anjos que criastes e que foram dignos do vosso amor. A admiração que eles merecem nos mostra como sois grande e como deveis ser amado acima de todas as criaturas. Pelo Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, louvam os anjos a vossa glória, as dominações vos adoram, e, reverentes, vos servem potestades e virtudes. Concedei-nos também a nós, associar-nos à multidão dos querubins e serafins, cantando a uma só voz…” (Prefácio).
Prof. Felipe Aquino

Os milagres de Cristo são reais ou apenas simbólicos?



Jesus-e-o-Milagre-do-Vinho2É claro que para a Igreja os milagres de Jesus são autênticos e verdadeiros; todos foram reais; nada é simbólico de acordo com o Magistério da Igreja, a Bíblia e a Sagrada Tradição. Os milagres de Jesus, especialmente a sua Ressurreição, são as provas inequívocas de sua divindade. São João disse no final do seu Evangelho: “Fez Jesus, na presença de seus discípulos, muitos outros milagres, que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos, para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e para que crendo, tenhais a vida em seu nome.” (Jo 20,31).
Veja por exemplo o que diz o Catecismo da Igreja:
§1335 – O milagre da multiplicação dos pães, quando o Senhor proferiu a bênção, partiu e distribuiu os pães a seus discípulos para alimentar a multidão, prefigura a superabundância deste único pão de sua Eucaristia (cf. Mt 14, 13-21; 15,32-39).
O Concilio Vaticano II , na Constituição Dogmática ‘Dei Verbum” disse no §19:
“A Santa Mãe Igreja firme e constantemente creu e crê que os quatro mencionados Evangelhos, cuja historicidade afirma sem hesitação, transmitem fielmente aquilo que Jesus, Filho de Deus, ao viver entre os homens, realmente fez e ensinou para salvação deles, até o dia em que foi elevado (cf. At 1, 1-2). Os Apóstolos, após a ascensão do Senhor, transmitiram aos ouvintes aquilo que ele dissera e fizera, com aquela mais plena compreensão de que gozavam, instruídos que foram pelos gloriosos acontecimentos concernentes a Cristo e esclarecidos pela luz do Espírito da verdade. Os autores sagrados escreveram os quatro Evangelhos, escolhendo certas coisas das muitas transmitidas ou oralmente ou já por escrito, fazendo síntese de outras ou explanando-as com vistas à situação das igrejas, conservando enfim a forma de proclamação, sempre de maneira a transmitir-nos verdades autênticas a respeito de Jesus. Pois foi esta a intenção com que escreveram, seja com fundamento na própria memória e recordações, seja baseado no testemunho daqueles que foram desde o princípio testemunhas oculares e que se tornaram ministros da Palavra, para que conheçamos a solidez daqueles ensinamentos que temos recebido (Lc 1, 2-4).”
Prof. Felipe Aquino

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Reflexão d o Evangelho de hoje Nadando contra o mundo

Se não tivermos uma fé firme e a certeza de que o próprio Filho de Deus, Jesus Cristo, veio em pessoa nos dar garantia do que Ele pregou, nós não conseguiremos alcançar o pensamento de Deus, pois o que o mundo ensina agrada muito mais à nossa humanidade. Com efeito, a Palavra de Deus nos confunde, pois fala justamente o contrário do que todos apregoam.
Se, colocarmos de um lado, as instruções de Jesus neste Evangelho, e do outro lado, as concepções que o mundo prega, com certeza, nós perceberemos que existe um fosso enorme separando as duas vertentes. Por isso, quando nós ouvimos Jesus falar coisas como: amar os nossos inimigos, fazer o bem aos que nos odeiam ou bendizer aos que nos amaldiçoam; rezar pelos que nos caluniam e dar a outra face depois de tomar uma bofetada; entregar a túnica quando alguém já nos tomou o manto, etc., nós nos apavoramos e achamos que Ele nos propõe andarmos na contra mão do mundo. Jesus veio desbaratar a teia do inimigo que tenta nos infligir uma doutrina de morte que nos instrui a nos posicionar uns contra os outros lançando fora a virtude da caridade que Deus nos conferiu. A chave para que possamos compreender o que Jesus veio nos ensinar está justamente, nessa expressão: “O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles.” Quando nos colocamos no lugar do outro, quando nos envolvemos com o outro indivíduo, nós podemos compreender as suas motivações e assim, também, perdoar, compreender, acolher. Depois também Jesus nos faz outras indagações para a nossa reflexão: qual a recompensa que nós teremos se fizermos o bem só a quem nos fizer o bem? Quais os méritos que teremos se amarmos somente a quem nos ama? Se emprestarmos dinheiro, somente a quem nos pode pagar nós não estaremos fazendo por amor, mas sim, por conveniência; Jesus ainda nos adverte: “sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e os maus”. Finalmente, Ele nos dá a dica para que sejamos misericordiosos como o Pai é misericordioso: não julgar, porque assim também não seremos julgados; não condenar, para que também não sejamos condenados; perdoar para que sejamos perdoados; dar para poder então, receber. Em fim, com a mesma medida com que nós medimos os outros - isto é, da mesma forma, na mesma proporção, do mesmo jeito, - nós seremos também medidos. - Você tem dificuldade em acolher essa Palavra? - Qual das orientações de Jesus lhe é mais difícil de viver? - Como você costuma julgar as pessoas que erram? - Você costuma fazer o bem sem olhar a quem, ou você só ajuda a quem você conhece?- Você acha que tem necessidade de amar as pessoas que estão fora do seu círculo de amizade?

Helena Serpa

Evangelho de hoje - Lc 6,27-38

Evangelho - Lc 6,27-38
Sede misericordiosos, como também
o vosso Pai é misericordioso.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 6,27-38
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 27A vós que me escutais, eu digo: Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, 28bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam. 29Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra. Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica. 30Dá a quem te pedir e, se alguém tirar o que é teu, não peças que o devolva. 31O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles. 32Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Até os pecadores amam aqueles que os amam. 33E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que recompensa tereis? Até os pecadores fazem assim. 34E se emprestais somente àqueles de quem esperais receber, que recompensa tereis? Até os pecadores emprestam aos pecadores, para receber de volta a mesma quantia. 35Ao contrário, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem esperar coisa alguma em troca. Então, a vossa recompensa será grande, e sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e os maus. 36Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. 37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos.' Palavra da Salvação.

Quem chega atrasado na Missa pode comungar?

eucaristiaA Igreja Católica conserva as Hóstias consagradas no Sacrário para que possam ser levadas aos doentes e para aqueles que não possam ir à Missa por motivo justo. Também para adoração dos fiéis ao Santíssimo Sacramento.
Logo, a pessoa que, sem culpa, não pode ir à Missa, especialmente nos dias de semana, ou participou apenas de uma parte da Missa,  pode comungar mesmo que não tenha participado de toda a Missa. Mas isto depende da orientação do pároco ou do Bispo também.
Prof. Felipe Aquino

O que é viver uma vida em Deus?



tumblr_luq6rlPzvO1r53q4wo1_500O Catecismo da Igreja ensina no primeiro parágrafo que “Deus, infinitamente Perfeito e Bem-aventurado em si mesmo, em um desígnio de pura bondade, criou livremente o homem para fazê-lo participar de sua vida bem-aventurada”; isto é, para participar de sua felicidade eterna e perfeita. Por isso mesmo diz que “o desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar” (§27).
São Tomás de Aquino disse que “quanto mais o homem se afasta de Deus, mais experimenta o seu nada”. Este é problema do homem moderno, afastou-se de Deus, quis ser o seu próprio deus e nele perece. O  cristão “vive em Deus”, como o peixe vive na água. São Paulo disse aos gregos em Atenas “Ele não está longe de cada um de nós. Porque Nele existimos, nos movemos e somos” (Atos 17,27-28).
Já neste mundo podemos começar a viver a vida eterna se vivermos em Deus todo o tempo, unidos à Trindade Santa que habita em nosso coração como em um Templo. Mais do que atos de piedade e devoção, Deus quer que vivamos unidos a Ele todo instante. A Beata Elizabete da Trindade rezava: “Ó meu Deus, Trindade que adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente, de mim mesma, para me fixar em Vós, imóvel e calma, como se minha alma estivesse já na eternidade: que nada possa perturbar-me  a paz, nem me fazer sair de Vós, ó meu Imutável, mas que cada instante me leve mais avante na profundidade de Vosso mistério”. Santo Agostinho também rezou: “Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Eis que habitáveis dentro de mim, e eu, lá fora, a procurar-Vos! Disforme, lançava-me sobre estas formosura que criastes. Estáveis comigo e eu não estava Convosco! Retinha-me longe de Vós aquilo que não existiria, se não existisse em Vós. Porém, chamastes-me, com uma voz tão forte, que rompestes a minha surdez! Brilhastes, cintilastes, e logo afugentastes a cegueira! Exalastes perfume: respirei-o a plenos pulmões, suspirando por Vós. Saboreei-Vos e, agora, tenho fome e sede de Vós. Tocastes-me e ardi, no desejo da Vossa Paz”.
Se Deus não estivesse em nós não poderíamos sequer mover os olhos. “É Ele que opera em nós o querer e o fazer” (Fl 2,13). Não há nada que possa nos esconder dos olhos de Deus e de sua Presença; nem mesmo o pecado.  É Ele quem nos mantém fora do nada. Sem Ele nada podemos: “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5).
Prof. Felipe Aquino

Não sou casada na Igreja, posso batizar meu filho?



BATISMOO Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no Espírito e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus, tornamo-nos membros de Cristo, somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão (cf. CIC,§ 1213).
O sacramento do Batismo é necessário à salvação. “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado”. (Mc 16, 16). Sabemos que há casos especiais: o batismo de desejo e o batismo de sangue dos mártires. E a Igreja também acredita que as crianças que morrem sem o batismo, podem se salvar.
O Senhor afirmou que o Batismo é necessário para a salvação, e ordenou a seus discípulos que anunciassem o Evangelho e batizassem todas as nações.
Segundo São Paulo, pelo Batismo o fiel comunga na morte de Cristo; é sepultado e ressuscita com ele: “Batizados em Cristo Jesus, em sua morte é que fomos batizados. Portanto, pelo Batismo fomos sepultados com ele na morte para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós vivamos vida nova” (Rm 6,3-4).
O Catecismo da Igreja diz que:  “A prática de batizar as crianças é uma tradição imemorial da Igreja. É atestada explicitamente desde o século II. Mas é bem possível que desde o início da pregação apostólica, quando “casas” inteiras receberam o Batismo, também se tenha batizado as crianças. (§1252).
A Igreja não quer que nenhuma criança morra sem ser batizada. O nosso Catecismo diz que: “Em caso de necessidade, qualquer pessoa pode batizar, desde que tenha a intenção de fazer o que faz a Igreja, e que derrame água sobre a cabeça do candidato dizendo: “Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (§ 1284).
Por tudo que foi dito acima, também as crianças filhas de pais que não são casados podem ser batizadas, desde que, os pais e padrinhos se comprometam a educar essas crianças na fé do Cristo e da Igreja. Não há um impedimento doutrinário para que essas crianças sejam batizadas, mas há a “exigência pastoral”: pais e padrinhos devem apresentar à Igreja a garantia de que a criança será educada na fé cristã. Isto porque a Igreja não quer ministrar os sacramentos sem o devido cuidado. Jesus disse que não se pode “dar pérolas aos porcos”; um ditado que quer dizer que as coisas sagradas não podem ser ministradas sem o devido cuidado e preparação.
Quando o Papa Francisco era o cardeal arcebispo de Buenos Aires (Argentina), chamou os sacerdotes a batizar os filhos das mães solteiras e não ser “os hipócritas de hoje” que terminam afastando o povo de Deus da salvação”. Durante o encerramento do Encontro da Pastoral Urbana da Região Buenos Aires, o Cardeal disse que é necessário mostrar “uma ternura especial com os pecadores” e com os mais afastados porque “Deus vive em meio deles”. Por isso, lamentou que alguns tenham “clericalizado à Igreja do Senhor”. (Buenos Aires, 06 Set. 12 – ACI/EWTN Noticias).
Mesmo que a Igreja não se negue a batizar qualquer criança, cujos pais peçam para elas o Batismo, os párocos devem ter o cuidado de autorizar o sacramento com a devida preparação. Pode ser que um pároco, mesmo que não negue o batismo, possa adiá-lo para que haja o devido preparo.
Este é um dos assuntos que o Sínodo dos Bispos, sobre a família, que vai acontecer em outubro próximo no Vaticano, poderá analisar.
Prof. Felipe Aquino

Como foi escrito o Pentateuco?



imagem_50-300x220O Pentateuco são os primeiros cinco livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Era a base da Bíblia judaica, completada com os livros Históricos, os Profetas e os Sapienciais.
Os textos do Antigo Testamento começaram a ser escritos desde os tempos anteriores a Moisés (1200 aC). Escrever era uma arte rara e cara, pois se escrevia em tábuas de madeira, papiro, pergaminho (couro de carneiro). Moisés foi o primeiro codificador das leis e tradições orais e escritas de Israel. Essas tradições foram crescendo aos poucos por outros escritores no decorrer dos séculos, sem que houvesse uma catalogação rigorosa das mesmas. Assim foi se formando a literatura sagrada de Israel.
Até o século XVIII dC, admitia-se que Moisés tinha escrito o Pentateuco (Gen, Ex, Lev, Nm, Dt); mas,  nos últimos séculos, os estudos mais apurados mostraram que não deve ter sido Moisés o autor de toda esta obra. A teoria que a Igreja Católica aceita é a seguinte:
O povo de Israel, desde que Deus chamou Abrão de Ur na Caldéia, foi formando a sua tradição histórica e jurídica. Moisés deve ter sido quem fez a primeira codificação das Leis de Israel, por ordem de Deus, no séc. XIII aC. Após Moisés, o bloco de tradições foi enriquecido com novas leis devido às mudanças históricas e sociais de Israel.
A partir de Salomão (972-932), passou a existir na corte dos reis, tanto de Judá quanto da Samaria (reino cismático desde 930 aC) um grupo de escritores que zelavam pelas tradições de Israel, eram os escribas e sacerdotes. Do seu trabalho surgiram quatro coleções de narrativas históricas que deram origem ao Pentateuco:
1. Coleção ou código Javista (J), onde predomina o nome Javé. Tem estilo simbolista, dramático e vivo;  mostra Deus muito perto do homem. Teve origem no reino de Judá com Salomão (972-932).
2.O código Eloista(E), predomina o nome Elohim (=Deus). Foi redigido entre 850 e 750 aC, no reino cismático da Samaria. Não usa tanto o antropomorfismo (representa Deus à semelhança do homem) do código Javista.
Quando houve a queda do reino da Samaria, em 722 para os Assírios,  o código E foi  levado para o reino de Judá, onde ouve a fusão com o código J, dando origem a um código JE.
3.O código (D) – Deuteronômio (= repetição da Lei, em grego). Acredita-se que teve origem nos santuários do reino cismático da Samaria (Siquém, Betel, Dã,…) repetindo a lei que se obedecia antes da separação das tribos. Após a queda da Samaria (722) este código deve ter sido levado para o reino de Judá, e tudo indica que tenha ficado guardado no Templo até o reinado de Josias (640-609 aC), como se vê em 2Rs 22. O código D sofreu modificações e a sua redação final é do século V aC, quando, então, na íntegra, foi anexado à Torá. No Deuteronômio se observa cinco “deuteronômios” (repetição da lei). A característica forte do Deuteronômio é o estilo forte que lembra as exortações e pregações dos sacerdotes ao povo.
4.O código Sacerdotal (P) – provavelmente os sacerdotes judeus durante o exílio da Babilônia (587-537aC) tenham redigido as tradições de Israel para animar o povo no exílio. Este código contém dados cronológicos e tabelas genealógicas, ligando o povo do exílio aos Patriarcas, para mostrar-lhes que fora o próprio Deus quem escolheu Israel para ser uma nação sacerdotal (Ex 19,5s). O código P enfatiza o Templo, a Arca, o Tabernáculo, o ritual, a Aliança.
Tudo indica que no século V aC, um sacerdote, talvez Esdras, tenha fundido os códigos JE  e P, colocando como apêndice o código D, formando assim o Pentateuco ou a Torá, como a temos hoje.
Prof. Felipe Aquino

Os dogmas solenemente proclamados pelos Papas



O-Que-E-Um-Dogma-De-FePoucas vezes na história da Igreja os Papas tiveram a necessidade de se pronunciar “ex-cathedra”.  E nem todos os dogmas da fé católica foram pronunciados solenemente; por exemplo, no Credo, há 12 Artigos de Fé, que não precisaram ser proclamados solenemente, já que vieram dos Apóstolos.
Podemos relatar, em ordem cronológica, a lista das definições pontifícias. Resumiremos a seguir o que foi apresentado por D. Estevão Bettencourt,  na revista “Pergunte e Responderemos” (nº 381, pp. 67 a 72, 1994).
1 - Em 449, a carta do Papa São Leão Magno a Flaviano, bispo de Constantinopla, expunha a sã doutrina sobre o mistério da Encarnação “em Cristo há uma só Pessoa (a Divina) e duas naturezas” (divina e humana).  Esta carta foi enviada pelo Papa ao Concílio Ecumênico de Calcedônia, no ano 451 e os Padres conciliares a consideraram como um documento definitivo e obrigatório para todos os fiéis.  O Papa reprimia assim a heresia chamada monofisitismo ou monofisismo.
2 - Em 680, a carta do Papa S. Agatão “aos imperadores” afirmava, em termos definitivos, haver em Cristo duas vontades distintas, a Divina e a humana, sendo porém que a vontade humana ficava em tudo moralmente submissa à vontade divina.  Assim o Papa reprimia a heresia do monotelitismo, que afirmava haver em Cristo apenas uma vontade, a divina. O documento foi enviado pelo Papa à assembleia do Concílio de Constantinopla III (680/681), a qual a aceitou com aplausos.
3 - Em 1302, o Papa Bonifácio VIII, através da Bula “Unam Sanctam”, “declara, afirma, define e pronuncia que toda criatura humana está sujeita ao Romano Pontífice”.
Esta sentença deve ser entendida no quadro histórico da época, e quer dizer que o Papa tem jurisdição sobre toda e qualquer criatura humana “ratione peccati”, isto é, na medida em que as atividades de determinada pessoa dizem respeito à vida eterna, e não nas atividades administrativas dos governos civis.
4 - Em 1336, através da Constituição “Benedictus Deus”, o Papa Bento XII definiu que, logo após a morte corporal, as almas totalmente puras são admitidas à contemplação da essência de Deus face à face.
5 - Em 1520, através da Bula “Exsurge Domine”, o Papa Leão X condenou 41 proposições de Lutero como heréticas.
6 - Em 1653, através da Constituição Apostólica “Cum Occasione” o Papa Inocêncio X reprovava as cinco proposições extraídas da obra “Augustinus” de  Cornélio Jansenius, definindo-as como heréticas.
O jansenismo (de Cornelius Jansenius), influenciado pelas idéias de Lutero sobre o pecado original, ensinava um conceito pessimista sobre a natureza, julgando-a escravizada à concupiscência e ao pecado; em conseqüência, admitiam que o homem só pode praticar o bem em virtude de irresistível influxo da graça de Deus. O pessimismo Jansenista ainda era acentuado pela tese de que Cristo não remiu todos os homens, mas apenas os predestinados. Essas heresias foram condenadas por Inocêncio X.
7 - Em 1687, através da Constituição  “Caelestis Pastor”, o Papa Inocêncio XI condenou como heréticas  68 proposições de Miguel de Molinos (†1696), sobre o Quietismo, que era uma tendência mística que coincidia a perfeição espiritual com tranqüilidade e passividade da alma, de modo que o cristão não desejava mais a sua bem aventurança eterna, nem a aquisição da virtude; qualquer tendência nele estaria extinta. A alma colocada neste estado de aniquilamento não pecaria mais, e não seriam mais necessárias as orações vocais, as práticas de piedade e a luta contra as tentações.
8 - Em 1699, através da Constituição “Cumm alias”, o Papa Inocêncio XII condenou 23 proposições de François de Salignac Fènelon, da obra “Explications des máximes des Saints sur la vie intérieure”, que pretendiam renovar o Quietismo, apresentando-o como modalidade de puríssimo amor a Deus.
9 - Em 1713, através da Constituição “Unigenitus”, o Papa Clemente XI condenou 101 afirmações do livro “Reflexions Moralis” de Pascássio Quesnel (†1719). Era de novo o Jansenismo, com suas concepções pessimistas. É relevante lembrar aqui que foi na crise jansenista que se deram as aparições do Sagrado Coração de Jesus (1673-1675) à Santa Margarida Maria Alocoque, que sobretudo lembrava ao mundo a misericórdia de Deus e o Amor de Cristo que se fez homem, em oposição às teses do jansenismo pessimista.
10 - Em 1794, através da Constituição “Auctorem Fidei”, o Papa Pio VI condenava 85 teses heréticas promulgadas em 1786 pelo Sínodo de Pistoria (Toscana), que eram a expressão radical do nacionalismo e do despotismo de Estado que haviam começado a crescer nos tempos de Felipe IV, o Belo, da França. Essa mentalidade levava os soberanos católicos a pretender criar Igrejas regionais, independentes do Papa,  subordinando a Igreja ao Estado. Entre outras coisas pretendia a abolição da devoção ao Sagrado Coração de Jesus, das procissões, das imagens, das indulgências, das espórtulas da Missa e outros serviços religiosos, redução das Ordens e Congregações Religiosas a um tipo só, jansenista.
11 - Em 1854, pela bula “Inefabilis Deus”, o Papa Pio XI definiu o dogma da Imaculada Conceição de Maria.
12 - Em 1950, pela Constituição “Munificientíssimus Deus”, o Papa Pio XII definiu o dogma da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, de corpo e alma.
É preciso dizer aqui que os demais documentos do Magistério da Igreja e, de modo especial do Papa, mesmo que não sejam pronunciamentos “ex-cáthedra”, pertencem ao magistério ordinário da Igreja, ao qual  os fiéis católicos devem o devido respeito, como ensina o Concílio Vaticano II:
“Religiosa submissão da vontade e da inteligência devem de modo particular, ser prestada ao autêntico Magistério do Romano Pontífice, mesmo quando não fala “ex-cathedra”. E isto de tal modo que seu magistério supremo seja reverentemente reconhecido, suas sentenças sinceramente acolhidas, sempre de acordo com a sua mente e vontade” (LG, 25).
Prof. Felipe Aquino

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Reflexão do Evangelho de hoje A busca da felicidade

Ser bem aventurado é ser feliz vivendo em consonância com o Plano de Deus. Por isso, neste Evangelho Jesus nos situa na perspectiva dos que buscam aqui na terra a felicidade e nos orienta a como encontrá-la seguindo os conselhos evangélicos. As bem-aventuranças são estágios de vida que nos levam a ter o prenúncio das coisas celestes, da realidade do céu. Quando seguimos as sugestões do Evangelho, nós perseguimos a plenitude da felicidade aqui na terra embora que o mundo não possa entender. Portanto, ser pobre, passar fome, chorar, ser perseguido, odiado, insultado, amaldiçoado, são situações que de acordo com a mentalidade do mundo, revelam infelicidade. Porém, quando vivemos na perspectiva de fazer a vontade de Deus essas coisas que nos acontecem servem de motivação para que experimentemos cada vez mais o poder e a força do Senhor na nossa vida. Ao contrário, as coisas que o mundo prega como lucro, a riqueza, a fartura, o riso fácil, o elogio, passam e não deixam nenhum vestígio de felicidade. É feliz aqui quem já espera a realização das promessas de Deus que serão plenamente cumpridas no céu. O próprio Jesus nos garante: “Alegrai-vos e exultai, pois será grande a vossa recompensa no céu”. A expectativa de que um dia contemplaremos a Deus e alcançaremos a plena felicidade, já é um motivo para que sejamos felizes aqui, mesmo passando por dificuldades. Quantos testemunhos nós ouvimos, de pessoas que se encontraram depois de terem vivido tribulações, mas conheceram a força de Deus! - Você já meditou sobre as bem-aventuranças?- Qual a bem-aventurança que mais se identifica com você?- Você é feliz mesmo que as coisas para você não tenham sido fáceis? - Você tem sofrido alguma afronta por amor a Jesus? – Você conhece o testemunho de alguém que já viveu isso? – Para você o que é ser feliz?

Helena Serpa

Evangelho de hoje - Lc 6,20-26

Evangelho - Lc 6,20-26
Bem-aventurados vós, os pobres.
Mas, ai de vós, ricos.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 6,20-26
Naquele tempo:
20Jesus levantando os olhos para os seus discípulos, disse:
'Bem-aventurados vós, os pobres,
porque vosso é o Reino de Deus!
21Bem-aventurados, vós que agora tendes fome,
porque sereis saciados!
Bem-aventurados vós, que agora chorais,
porque havereis de rir!
22Bem-aventurados, sereis quando os homens vos odiarem,
vos expulsarem, vos insultarem
e amaldiçoarem o vosso nome, por causa do Filho do Homem!
23Alegrai-vos, nesse dia, e exultai
pois será grande a vossa recompensa no céu;
porque era assim
que os antepassados deles tratavam os profetas.
24Mas, ai de vós, ricos,
porque já tendes vossa consolação!
25Ai de vós, que agora tendes fartura,
porque passareis fome!
Ai de vós, que agora rides,
porque tereis luto e lágrimas!
26Ai de vós quando todos vos elogiam!
Era assim que os antepassados deles
tratavam os falsos profetas.
Palavra da Salvação.

Quantos Papas a Igreja já teve?



Papas da IgrejaA Igreja já teve entre os 265 Papas, entre eles: 16 franceses;  6 sírios, 7 alemães, 3 africanos, 3 espanhóis, 2 iugoslavos, 1 português, 1 inglês, 1 holandês, 1 palestino. Os outros 224 foram italianos. O Papa Francisco é o pontífice de número 266, sendo o primeiro Papa argentino.

As palavras mostram o coração



1468765_397600457036698_1043592597_n “Nenhuma palavra má saia de vossas bocas, mas só boas palavras que sirvam para edificação e que sejam benfazejas aos que a ouvem” (Ef 4,29).
É conhecida a história daquela mulher que foi se confessar e disse ao padre que tinha difamado uma amiga, falando mal dela às outras. Após o perdão, o sacerdote deu-lhe como reparação dos pecados soltar do alto da torre da igreja um saco cheio de penas. Após cumprir a penitência, a mulher foi comunicar ao sacerdote, que lhe disse: “agora a senhora vai juntar todas as penas que o vento levou…”
Assim como é impossível juntar todas essas penas lançadas ao vento, é quase impossível restaurar os efeitos destruidores da calúnia, da maledicência, da fofoca e dos julgamentos indevidos.
Alguém disse que as palavras são mais poderosas que os canhões. As palavras geram a paz ou a guerra. Ela leva consigo o próprio espírito e poder da pessoa que a comunica. Jesus disse que: “A boca fala daquilo que está cheio o coração” (Lc 6,45). Se você só pensa em política, você fala de política. Se você só pensa em dinheiro e em negócios, você também só fala de dinheiro e de negócios. Se você pensa em Deus, gosta de falar de Deus… e assim por diante. Se o seu coração estiver em paz; vivendo na mansidão, na humildade, cheio de misericórdia, também as suas palavras transmitirão isso. Mas se o seu coração for exaltado, rebelde, violento, cheio de ódio… cuidado com as suas palavras, elas transmitirão o seu espírito. As palavras “mostram” o coração.
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Pela palavra, Jesus curou cegos e leprosos, expulsou demônios, multiplicou pães, acalmou os ventos e o mar… ressuscitou mortos, amaldiçoou a figueira estéril (Mc 11,14). Também nossas palavras poderão fazer milagres de alegria ou de dor, conforme esteja o nosso coração. O Mestre divino disse: “É do interior do coração dos homens que procedem os maus pensamentos: devassidões, roubos, assassinatos, adultérios, cobiças, perversidades, fraude, desonestidade, inveja, difamação, orgulho e loucura” (Mc 7, 21). Por nossas palavras seremos julgados.
Não é à toa que São Paulo nos exortava: “Nenhuma palavra má saia de vossas bocas, mas só boas palavras que sirvam para edificação e que sejam benfazejas aos que a ouvem” (Ef 4,29).
(Do livro ENTRAI PELA PORTA ESTREITA)