quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Como surgiu a Editora Cléofas?



EditoracleofasNunca pensei na minha vida em ser pregador de retiros, apresentador de programas de TV e Rádio, e muito menos em ser escritor. Tudo o que queria era ser um bom pai, um bom esposo, um bom professor e um bom católico. Mas Deus foi mudando a minha vida sem eu perceber; é assim que Ele age com a gente. Não avisa o que vai fazer conosco– quando se quer fazer a sua vontade – senão a gente se assusta.
Desde a minha adolescência eu gosto de ler e de escrever. Por volta de 1990 escrevi dois livros – “Sereis uma só carne” e “Em busca da perfeição”, que foram publicados inicialmente pela Editora Raboni.
Um dia, na Canção Nova, há uns vinte anos, em conversa com o Eto, ele me perguntou se eu pretendia escrever muitos livros. Eu disse a ele que não sabia, mas que eu tinha gosto e vontade de escrever, especialmente para colocar numa linguagem simples para o povo, as grandes verdades de nossa fé e tudo o que a Igreja nos ensina.
O Eto, então, sugeriu que eu começasse uma Editora. Confesso que eu levei um susto, pois nem a Canção Nova ainda tinha uma editora. Na época eu era diretor do que é hoje o campus da USP em Lorena, SP.  E o Eto se prontificou a ajudar a vender os livros pela Canção Nova, nos eventos de final de semana, pois ainda não tinha televisão, só a rádio. Confesso que eu não fiquei animado, mas minha esposa, a Zila, aceitou o desafio. E começamos em nossa casa mesmo. Desocupamos um quarto da casa e ali colocamos os dois primeiros livros que eu escrevi, pela nossa Editora Cléofas. Foram: “Na Escola dos Santos doutores” e “Sede Santos!”.
Quando fundamos a Editora, e a fomos registrar na Junta Comercial do Estado. Escolhi o nome de São José; mas não pude registrar esse cleofas2nome porque já havia outra editora com o mesmo nome. Então, lembrei-me que São Cléofas, um dos discípulos de Emaús, era irmão de São José, segundo narra o historiador judeu do século II, Egesipo. Depois de escolher o nome, fui ver qual era o dia da festa de São Cléofas; e que feliz coincidência! Era o mesmo dia de meu aniversário: 25 de setembro. Foi para mim como uma confirmação. E registramos esse nome. Um dia eu pude estar em Emaús, na Terra Santa, no mesmo lugar em que Jesus celebrou a ceia com São Cléofas de São Simão, seu filho; a dali eu trouxe uma fotografia deste grande santo, esposo de Santa Maria de Cléofas, que esteve aos pés da Cruz de Jesus, com Nossa Senhora e Maria Madalena, as Três Marias.
Com a bênção de Deus nossa Editora foi crescendo e eu pude escrever cerca de oitenta livros. Nossa primeira funcionária foi a Alice, que foi consagrada da Canção Nova, e que ainda hoje está conosco. Hoje estou empenhado, em parceria com outras editoras, como a Loyola e a Cultor de Livros, em publicar livros de outros autores do passado, e que foram esquecidos e abandonados, mas que são muito  bons. A Editora hoje conta com cerca de doze funcionários e já vendeu cerca de três milhões de livros.
Minha querida Zila cuidou da Editora nesses vinte anos, com todo amor e dedicação; viajava comigo por todo o Brasil e até pelo exterior, divulgando os livros. Deus a levou para a eternidade em 19 de set de 2012. Então meus filhos Davi e Lucas administram a Editora, enquanto eu faço meu trabalho de evangelização pela Canção Nova.
Hoje a Editora tem vinte anos. Que Deus seja louvado pela Cléofas, e que Ele a abençoe para que possa, na extrema fidelidade à Igreja e a seu Sagrado Magistério, cooperar para a salvação das almas e edificação da Igreja. Nosso objetivo é viver o que São Paulo disse: “Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2,4). O nosso Catecismo diz que “a salvação está na verdade” (n. 851). Para se salvar é preciso conhecer a verdade, e São Paulo disse a Timóteo que “a Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1 Tm 3,15). A Cléofas quer irradiar essa Verdade que salva!
Prof. Felipe Aquino

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