quarta-feira, 16 de julho de 2014

Deus Pai, terno e amoroso



Deus.Pai_Antes que o mundo existisse, Deus já nos amava. São Paulo disse que o Senhor “nos escolheu em Cristo antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos” (Ef 1,4).
Para expressar esse amor imenso de Deus, o rei Davi chegou a dizer: “Se meu pai e minha mãe me abandonarem, o Senhor me acolherá” (Si 26,10). O profeta Isaías disse: “Pode uma mu­lher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca” (Is 49,15).
Deus nos deu tudo: a vida, o ser, o mundo material com todas as suas belezas e riquezas, e nos deu, mais ainda, o Seu Filho Único para sofrer e morrer pela nossa salvação. O que mais poderíamos pedir a Deus? Nada. Resta-nos agradecer. Mas não apenas com palavras e orações, mas com o comprometimento de toda a nossa existência no Seu projeto de reunir de novo todos os homens em Jesus Cristo, pela Igreja.
Cristo veio a nós e deu-nos a maior prova de amor que alguém poderia dar – deu a Sua vida – a fim de que pudéssemos voltar para a Casa do Pai, onde a felicidade é eterna.
A descoberta do amor que Deus tem por nós é a mola pro­pulsora do nosso caminhar para a perfeição cristã. Ninguém será verdadeiramente religioso, isto é, amará a Deus profunda­mente, enquanto não experimentar o amor de Deus, com o coração e com a mente.
São Francisco de Sales, doutor da Igreja, disse que a per­feição cristã consiste em “amar a Deus de todo o coração”. E isso deve ser exatamente a resposta de cada um ao imenso amor de Deus por nós.
Deus foi o primeiro a nos querer. Ele nos ama desde toda a eternidade. Criou-nos, à Sua “ima­gem e semelhança” (Gn 1,26), com o corpo dotado de sentidos e a alma dotada de potências perfeitas: inteligência, memória, entendimento, vontade, consciência, liberdade.
Bastaria olhar­ a riqueza intrínseca contida em cada criatura para desco­brir perfeitamente o amor de Deus. Somos a própria ima­gem do Criador; o que mais poderíamos desejar? Além disso, Deus criou o céu, a terra e tudo o mais, por amor a cada um de nós. O sol, a lua, as estrelas, as plantas, os animais, os mares, os rios, as montanhas, os elementos químicos, o ai; a água, o ven­to, o fogo… foram criados para nós.
Tudo foi criado e entregue por Deus ao homem, diz o livro do Gênesis: “Que ele reine sobre os peixes do mar; sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis” (Gn 1 ,26b).
Deus criou tudo para nós e quer que O amemos em grati­dão por tantos dons. Santo Agostinho dizia: “Senhor meu, to­das as coisas que vejo na terra e acima da terra me falam e me exortam a Vos amar. Todas me dizem que as fizestes por meu amor.”
Santa Teresa, olhando as árvores, as fontes, os regatos e os lagos, dizia: “Todas estas belas criaturas me lembram a mi­nha ingratidão por amar tão pouco o Criador. Criou-as para ser amado por mim.”
Como se tudo isso já não bastasse, Deus foi muito mais além no Seu amor por nós. Para cativar todo o nosso amor; Ele deu-se a nós em todo o Seu ser.
Vendo-nos mortos e privados de Sua graça, por causa do peca­do, o Pai mandou Seu querido Filho para que pagasse os nos­sos pecados na cruz, devolvendo-nos assim a vida que o pecado nos tirou. “Mas Deus, que é rico em misericórdia, pelo excessivo amor com  que nos amou, quando estávamos mortos por nossos pecados, nos vivificou juntamente com Cristo” (Ef 2,5).
Em Cristo, Deus Pai nos deu tudo: Sua graça, Seu amor, o céu!
“Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas que por todos nós o entregou, como não nos dará também com ele todas as coisas?” (Rm 8,32). “Amou-nos e entregou-se a si mesmo por nós” (Gl 2,20).
O amor de Deus se mostra em pleno sol… Floresce o jardim, dá a vida ao beija flor, brinca no mar, as nuvens põe no céu pra me dizer que grande é Teu valor! O amor de Deus vem antes… E depois. E vai além…
Prof. Felipe Aquino

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