No dia 05 de junho celebramos o dia mundial do meio ambiente,pois nesta
data aconteceu a primeira Conferencia das Nações Unidas em Estocolmo na
Suécia em 1972. Neste evento participaram 113 países e 250 organizações
não governamentais além dos organismos da ONU. Foi o primeiro
pronunciamento alertando a humanidade dobre a degradação da natureza e
os riscos para a sobrevivência no planeta.
A declaração final
assumiu uma agenda de compromissos para reverter esse processo
ecocida,que leva a destruição da vida e a desintegração da criação. Ao
comemorarmos novamente esta efeméride estamos cheios de preocupações e
perplexos diante do descaso no tratamento da água como bem público e na
ameaça da transposição do Rio Paraíba que vai trazer impactos muitos
negativos aos municípios do Rio de Janeiro,em especial aos que se
localizam no seu estuário.
As principais cidades do mundo e do
Brasil já enfrentam problemas sérios no abastecimento e fornecimentos da
água,que se tornará nos próximos anos a razão principal dos conflitos e
das guerras. Um diagnóstico da NASA confirmou o processo de desgelo da
calota polar e ou aumento pelo menos de 5 metros das águas oceânicas
para os próximos 20 anos.
Como vemos ainda não tomamos
consciência devida que a Terra é nossa casa comum, e que cuidar dela e
preservar as redes da vida e os eco sistemas que salvaguardam a
biodiversidade, constitui uma política essencial para evitar o
desaparecimento da nossa espécie.
Cabe as religiões e em
particular ao cristianismo levar a sério nossa vocação e missão de
sermos jardineiros e cuidadores da criação, amigos e aliados da Terra
como Noé para celebrar com a humanidade e todas as criaturas um pacto
pela vida,resgatando não já as espécies numa arca, mas tornando a Terra
uma grande Arca de Salvação, onde a vida não seja mais considerada uma
mercadoria ou uma peça de reposição, mas seja respeitada e venerada como
sagrada. Deus seja louvado!
Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
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