Amábile
Lúcia Visintainer, nasceu no dia 16 de dezembro de 1865, em Vigolo
Vattaro, província de Trento, no norte da Itália. Era a segunda filha do
casal Napoleão e Anna, que eram ótimos cristãos, mas muito pobres.
Nessa época começava a emigração dos italianos, movida pela doença e
carestia que assolava a região. Foi o caso da família de Amábile que em
setembro de 1875 escolheram o Brasil e o local onde muitos outros
trentinos já haviam se estabelecido no Estado de Santa Catarina, em Nova
Trento, na pequena localidade de Vígolo. Assim que chegou Amábile
conheceu Virgínia Rosa Nicolodi e se tornam grandes amigas. As duas se
confessam apaixonadas pelo Senhor Jesus e não era raro encontrá-las,
juntas, rezando fervorosamente. Fizeram a Primeira Comunhão no mesmo
dia, quando Amábile já tinha completado doze anos de idade. Logo em
seguida o padre Servanzi a iniciou no apostolado paroquial,
encarregando-a da catequese das crianças, da assistência aos doentes e
da limpeza da capela de seu vilarejo, Vigolo, dedicada a São Jorge. Mas
mal sabia o padre que estaria confirmando a vocação da jovem Amábile
para o serviço do Senhor. Amábile, incluía sempre Virgínia, nas
atividades para ampliar o campo de ação. Dedicava-se de corpo e alma à
caridade, servia consolando e ajudando os necessitados, os idosos, os
abandonados, os doentes e as crianças. As obras já eram reconhecidas e
notadas por todos e embora não soubesse que já se consagrava a Deus. Com
a permissão de seu pai, Amábile construiu um pequeno casebre, num
terreno doado por um barão, próximo à capela, para aí rezar, cuidar dos
doentes, instruir as crianças. A primeira paciente foi uma mulher
portadora de câncer terminal, a qual não tinha quem lhe cuidasse. Era o
dia 12 de julho de 1890, data considerada como o dia da fundação da
Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que iniciou com
Amábile e Virgínia, atuando como enfermeiras. Esta também foi a primeira
congregação religiosa feminina fundada em solo brasileiro e foi
aprovada pelo Bispo de Curitiba, em agosto 1895. Quatro meses depois
Amábile, Virgínia e Teresa Anna Maule outra jovem que se juntou à elas,
fizeram os votos religiosos; e Amábile recebeu o nome de Irmã Paulina do
Coração Agonizante de Jesus. Também foi nomeada Superiora, passando a
ser chamada de Madre Paulina. A santidade e a vida apostólica de Madre
Paulina e de suas Irmãzinhas atraíram muitas vocações, apesar da pobreza
e das dificuldades em que viviam. Além do cuidado dos doentes, das
crianças órfãs, dos trabalhos da paróquia, trabalhavam também na pequena
indústria da seda para poder sobreviverem. Em 1903, com o
reconhecimento de sua obra Madre Paulina foi convidada a se transferir
para São Paulo. Fixando-se junto à uma capela no Bairro do Ipiranga,
iniciou a obra da “Sagrada Família” para abrigar os ex-escravos e seus
filhos depois da abolição da escravidão em 1888. Em 1918, Madre Paulina
foi chamada à Casa Geral em São Paulo, com o reconhecimento de suas
virtudes, para servir de exemplo às jovens vocações da sua congregação.
Neste período destacou-se pela oração constante e pela caridosa e
contínua assistência às Irmãzinhas doentes. Em 1938, acometida pelo
diabetes, iniciava um período de grande sofrimento, iniciando com a
amputação do braço direito, até a cegueira total. Madre Paulina morreu
serenamente no dia 09 de julho de 1942, na Casa Geral de sua
congregação, em São Paulo. Ela foi beatificada pelo Papa João Paulo II
em 1991, quando visitou oficialmente o Brasil. Depois o mesmo pontífice a
canonizou em 2002, assim, Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus
se tornou a primeira Santa do Brasil.
Outros Santos do mesmo dia: São Agosttinho Zhao Rong
e 119 companheiros, Santa Everilda, Santa Verônica Giuliani, Beata
Joana de Reggio, Beato Adriano Fortescue, Santa Faustina de Roma, Santa
Faustina, Santa Everilda, Santa Floriana de Roma, Beata Maria de Jesus
Crucifixo Petkovic, São Nicolau Pick, São Jerônimo van Weert, Santo
Teodoro van der Eem e Nicásio Janssen van Heeze.
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