O sexto domingo do tempo pascal é muito sugestivo, porque ele já tem um
gostinho de despedida de Jesus. Jesus veio do Pai e retorna para o Pai.
Mais ele avisou que enviaria uma maneira, pela qual, ele ascendendo ao
céu, a sua presença seria sentida entre os homens e mulheres que
peregrinam neste mundo: a presença dos dons do Espírito Santo.
Contra todo o desânimo e desesperança humana
Jesus consola e enche de ânimo aos seus discípulos, dirigindo-lhes pela
sua Palavra de Salvação e pala presença do Divino Espírito Santo, para
que eles vivam em conformidade com o que experimentaram junto ao Senhor e
partem em missão. Eles são enviados para anunciarem Jesus Cristo e para
praticarem a caridade. Isso porque a fidelidade aos mandamentos é o
grande sinal do amor que o discípulo-missionário tem pelo Mestre. O
mandamento novo do amor se concretiza na caridade, na ajuda aos mais
necessitados, conforme nos exorta a oração da coleta deste domingo:
"dai-nos celebrar com fervor estes dias de júbilo em honra do Cristo
ressuscitado, para que nossa vida corresponda sempre aos mistérios que
recordamos".
Uma pergunta deve ser feita a todo o batizado
nesta semana: como tem sido a sua fidelidade ao Senhor Ressuscitado. Só é
fiel quem cumpre o mandamento dos mandamentos: "Amar a Deus sobre todas
as coisas e ao próximo como a si mesmo". Amar por completo, não da
maneira que muitos fariseus fazem. O pior fariseu é o hipócrita que se
traveste de santinho, de muitas vezes doentinho, mais por dentro é um
perverso, é um verdadeiro demônio.
O testemunho é fundamental quando ele é coerente
no que se aparenta para os outros e no que se vive. Não há maledicência
maior do que pessoas que vivem sorrindo aos irmãos e, por trás,
demonstram o que sempre foram: anjos decaídos do mal. O testemunho
daqueles que, no Senhor Ressuscitado, se amam, deve sempre se
transformar em missão, na prática da caridade, no anúncio do Evangelho,
na vitória contra o egoísmo e a perversidade.
Rezemos, para que à luz do Divino Espírito
Santo, surjam missionários dispostos a largar as suas terras e dedicar a
sua existência ao anúncio da Boa-Nova.
No nosso cotidiano somos convidados a anunciar e
viver a caridade, que é o resultado prático do amor a todos,
particularmente àqueles que nos incomodam ou são mais inteligentes do
que nós. Vamos nos alegrar com quem sabe colocar os seus dons em favor
da comunidade sem nada querer em troca.
Peçamos, com fé, as luzes necessárias do Divino Espírito Santo.
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