Fato bem conhecido é que, em regra
geral, os católicos prestam honra aos “santos”. Quem são os santos e
como chegaram a ser santos, eis as questões de que este folheto
principalmente se ocupará.
Nem todo aquele que leva uma vida
consistentemente santa é chamado um “santo”. Mesmo uma vida mais do que
normalmente santa ou útil não é qualificação suficiente para isso.
Esse título é reservado somente àqueles que, durante a vida, atingiram
um grau heróico de perfeição cristã e, depois da morte, foram
oficialmente declarados pela Igreja Católica como estando no céu,
gozando a felicidade da visão de Deus.
A Igreja Católica declara que só os
católicos são santos. Isto não é devido a preconceito, como se ela fosse
cega para a bondade humana fora dos seus próprios muros. Nem é devido a
uma exclusiva ocupação com os seus próprios filhos. A bondade humana
pode ser achada onde quer que os homens vivam; mas a perfeição cristã só
deve ser buscada na verdadeira Igreja de Jesus Cristo. A Igreja de
Cristo foi fundada para fazer santos os homens. Dentro dessa Igreja, e
somente dentro dela, pode esse desígnio ser realizado. É por isto que a
vida heróica e integralmente cristã que torna a pessoa um santo só pode
ser vivida dentro da Igreja Católica.
Este folheto é escrito sem espírito de crítica para com o vasto
número de boas pessoas que vivem suas vidas como não-católicos. Ele é
simplesmente uma explicação de um fenômeno inteiramente inusitado e
surpreendente que só ocorre dentro da Igreja Católica. Aí, e só aí, são
achados os que se qualificam como santos.
No tempo presente, a palavra “santo” em
uso católico veio a ter um significado muito preciso e técnico. Também a
usa a Bíblia, mas em sentido muito mais lato. O Livro dos Salmos tem um
hino que começa assim: “Cantai ao Senhor, ó vós seus santos” (Sl 29,5).
Os santos de que fala essa passagem eram todos os bons Judeus que
vinham orar.
S. Paulo usa muitíssima vezes essa muitíssimas vezes essa palavra. Começa a sua Epístola aos Filipenses dizendo :
“A todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipes” (Fil 1,1)
Esse era o modo usual como ele se
dirigia a todos os seus convertidos. Ora, deve ser concedido que os
primitivos cristãos eram pessoas extraordinariamente boas. Mas nem todos
eram tão bons a ponto de merecerem o nome de “santo” no seu sentido
presente.
Em Corinto S. Paulo pode ver com seus
próprios olhos que a Igreja tinha no seu seio refinados tratantes,
irmãos fracos, usurários, e até mesmo um cristão incestuoso. Contudo,
ele se dirigia a eles como a “santos”. Era mais em esperança do que em
realidade. Com efeito, ele mesmo torna isso claro no começo da sua
primeira carta dirigida a eles, quando não lhes chama “santos”, mas diz:
“vós que fostes santificados em Cristo Jesus e chamados a ser santos”
(1 Cor 1,2).
Verdadeiramente um Santo
S. Paulo, entretanto, mereceu esse
título na plenitude do seu significado. Toda a tradição cristã conveio
nisso. Isso será achado em todos os exemplares da Bíblia. Examinando a
vida dele e as vidas de alguns outros, logo descobriremos a qualidade
essencial da santidade.
Não há dúvida de que Paulo de Tarso foi
um homem saliente. Começou a sua obra quando a comunidade cristã era tão
pequena que era considerada uma mera seita dos judeus. Paulo, ele
próprio Judeu, empreendeu destruir esta nova “heresia” enquanto ela
ainda era uma pequena coisa em Jerusalém e em Damasco e em algumas
outras cidades.
Terminou a sua obra uns trinta anos
depois, numa única prisão romana, como o principal organizador de
comunidades cristãs. Por esse tempo a Igreja Cristão era um movimento
religioso mundial. Paulo podia olhar para Corinto e Tessalonica, Filipes
e Boeres, e na verdade para toda a Grécia; para Éfeso, Antioquia de
Psídia, e para todo o interior da Ásia Menor; provavelmente também para a
Espanha e para a própria população romana, e dizer: “Eis aí a minha
obra”.
Hoje Corinto, Filipes, Éfeso e muitas
das outras cidades e que as suas Epístolas foram dirigidas jazem em
ruínas. Porém a influência dePaulo perdurou mesmo quando as Igrejas que
ele fundara deixaram de existir. As suas instruções perduram e modelam
hoje as vidas dos homens. Ele tratou de quase todas aquelas idéias
transformadoras que o Cristianismo trouxe aos homens, e fê-lo com tanta
profundeza, que os homens ainda pesam as palavras dele com precisão
erudita para lhes avaliarem o último significado.
Ainda mais a ele é devido. Organização
de igrejas é coisa importante, porém ainda mais o são explanações da
doutrina católica. Mas tudo ter-se-ia em breve perdido se o amor de
Paulo à verdade não tivesse sido a faísca de ignição que pôs um mundo em
fogo.
Ele foi, com efeito, um grande homem, um
desse punhado de gênios cuja obra modelou o nosso mundo. Por esta razão
o respeitamos. Mas não é por isso que lhe chamamos “São” Paulo.
Ele foi um santo porque foi um santo
homem, e não por ser um grande homem. Quase a metade da sua vida como
cristão ele a passou sozinho, aperfeiçoando o seu caráter. Depois da sua
conversão, retirou-se par ao deserto da Arábia, e durante catorze anos
deu-se a contemplar as coisas de Deus. E quão profundamente penetrou
esses mistérios, isto torna-se evidente pelo seu próprio relato.
“Se alguém deve gloriar-se (o que na
verdade não convém), tocarei agora nas visões e revelações do Senhor.
Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi assim arrebatado
(se no corpo, não sei; se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) até ao
terceiro céu. E sei a respeito desse homem (se no corpo ou fora do
corpo, não sei; Deus o sabe), que ele foi arrebatado ao paraíso, e ouviu
palavras misteriosas que aos homens não é permitido referir” (2 Cor 12,
1-4).
Paulo, por certo, aí fala do seu próprio
eu, mas a sua santa humildade não lhe permite mencionar-se a si mesmo
diretamente. E, por esse esforço cotidiano para se esvaziar de si mesmo e
procurar somente a Deus, é que ele veio a ser santo.
Zeloso como era da sua própria
santificação, ele era obrigado a tornar-se zeloso da dos outros homens.
Anos mais tarde ele havia de enumerar o que lhe custara trabalhar pelos
outros.
“Dos Judeus recebi cinco quarentenas de
açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas; uma vez fui
apedrejado, três vezes naufraguei, uma noite e um dia estive no fundo do
mar. Em jornadas muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de
ladrões, em perigos dos da minha nação, em perigos da parte dos gentios,
em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em
perigos entre falsos irmãos. Em trabalho e em fadiga, em muitas
vigílias, com fome e sede, em freqüentes jejuns, em frio e nudez. Além
destas coisas, que são exteriores, a minha preocupação cotidiana, o
cuidado de todas as igrejas” (2 Cor 11, 24-28).
Um gênio poderia ter dito isso
jactanciosamente, mas Paulo era um santo. narrava esses sofrimentos
heróicos com simples e absoluta humildade, cônscio do seu lugar diante
de Deus.
“Pela graça de Deus sou o que sou, e a
sua graça em mim não foi vã – de fato trabalhei mais do que qualquer um
deles, porém não eu, e sim a graça de Deus comigo” (1 Cor 16, 10).
Talvez que a descrição mais fiel do
santo emerja da sua carta aos Filipenses. Ela foi escrita de uma prisão
em Roma por um velho que encarava a perspectiva da morte. Ela tem uma
nota tônica simples, quase alegre – Alegrai-vos! Era Paulo quem
consolava os Filipenses, e não estes a ele. Ele solicitamente lhes
agradecia o seu interesse por ele, dizia-lhes de novas conquistas para
Cristo feitas mesmo na prisão, concitava-os a serem humildes, e
novamente se rejubilava de que a vontade de Deus estivesse sendo feita.
Esse mártir alegre era um santo.
Não é pelo seu gênio natural que nós
chamamos a Paulo “santo”. É por aquela combinação extraordinária de
todas as virtudes cristãs na sua vida, a qual se originou da graça de
Deus nele.
Santidade
Os homens e as mulheres que a igreja
Católica chama pelo título de “santos” são legião. Vêm de todas as
condições de vida, e as suas vidas foram vividas em todas as
circunstâncias concebíveis. Porém uma só coisa é comum a todos; eles
foram sobre-humanamente bons.
Dois deles darão alguma idéia do
denominador comum que há no meio dessa mais apurada diversidade. O
primeiro deles foi um homem a quem o mundo certamente consideraria
santo. Foi um sacerdote francês do século dezessete, Vicente de Paulo.
De linhagem simples, camponês, ele era metódico e perseverante nos seus
costumes; mas tinha o gênio da organização. Esteve entre os primeiros e
possivelmente entre os maiores dos que nos tempos modernos trabalharam
pela melhoria social dos pobres e desprivilegiados.
O que ele realizou, com dificuldade pode
ser dito brevemente. Começou, num Domingo, por pedir à sua congregação
levar alimento a uma família doente. O seu apelo foi tão eficaz, que os
paroquianos necessitados foram inundados de gêneros perecíveis. – para
novamente só sentirem falta quando a súbita abundância se houvesse gasto
ou estragado. Vicente de Paulo pôs-se a traçar um simples mas exequível
plano de socorro contínuo que foi efetivo, mas não impessoal.
As pequenas crises que ele deparou
levaram-no a crises em mais larga escala, as quais determinou atacar.
Passo a passo sentiu o seu caminho. Os ricos ele os atraía a si, e
então, por amor de Deus, despojava-os da sua riqueza supérflua para
alimentar os pobres. Aos pobres, alimentava; aos órfãos, abrigava e
vestia; fundos instituições para meninos aprenderem um ofício; mocinhas
eram providas de um honesto meio de vida e de uma oportunidade para se
casarem; mulheres decaídas eram reconduzidas à decência; os hospitais
eram excluídos de trabalhadores voluntários. A sua obra caritativa
cresceu tanto, que, uma vez, durante uma guerra civil na França, ele
alimentou e vestiu parte considerável do país. Tornou-se um herói
nacional, e a sua estátua ergueu-se entre as dos imortais do seu país no
Panteão de Paris.
Mas Vicente de Paulo não foi apenas um
homem que se doía pelo seu próximo por estar este mal alimentado e mal
vestido. Doiá-se mais por levar ele má vida. Sabia que muitos não eram
deliberadamente maus; mas eram ignorantes, e careciam daquele contacto
com a religião que poderia fazê-lo melhores. Por isto organizou o seu
ataque à ignorância e à fraqueza. Enviou ajudantes adestrados a pregarem
à gente pobre e abandonada da zona rural. E empreendeu reformar a gente
mais importante de todas, o clero, que deveria ser o reformador.
Humildade
Qualquer um, com simpatia humana,
católico ou não, conheceria Vicente de Paulo pelo que ele era – um homem
boníssimo. MasVicente de Paulo pensava de si mesmo de modo
inteiramente diverso. Considerava-se, honesta e surpreendentemente, como
o maior dos pecadores. Os outros podiam ficar surpreendidos ante todo o
bem que ele realizava; ele, porém, estava inteiramente aterrado. E
sempre dizia que não era ele quem fazia todas aquelas coisas, mas sim o
bom Deus, que utilizava os mais fracos e mais desprezíveis agentes
humanos que podia achar. Por isto é que ele foi mais do que um homem
simplesmente bom e é honrado como um santo.
Agora olhemos para outro lado da
santidade. A Igreja Católica honra como um santo outro natural da
França, desta vez uma jovem que viveu no século passado. Ela não fez
nada para ajudar seus semelhantes; nada, absolutamente, que o
não-observador pudesse ver.
Morreu quando tinha apenas vinte e
quatro anos. Quase toda a sua vida adulta passou-a em completa
obscuridade por trás dos muros de um convento. Não houve cestas de
comida vindas dela, não houve doentes reconduzidos à saúde, não houve
crianças pobres ensinadas na escola. Ela quase não teve ligação com isso
que é chamado “caridade”.
Sem dúvida, o povo admitiria que ela
passava uma boa vida por trás das paredes do seu convento. E muitos
diriam que a sua vida era uma vida inteiramente inútil. Destarte, por
que então a Igreja Católica a honra como sua santa?
Ela foi um gênio em levar um ser humano
ao cume da perfeição – levou-se a si mesma. Foi ardente no amor a Deus
como outros são ardentes no amor aos seres humanos. Dia por dia
esforçava-se por se tornar mais humilde, mais resignada à vontade de
Deus, mais interessada nas coisas que lhe conviriam para ir viver no
céu.
Sem dúvida, fazendo isto, na realidade
ela ajudava enormemente os outros. Esse, de fato, era o seu único
interesse real, querendo chegar ao céu quanto antes. Dizia que poderia
fazer mais bem às pessoas quando lá estivesse. E estava desejosa de
fazer toda sorte de bem ao povo; não somente a algumas pessoas de quem
ela gostava, mas a cada um. Embora vivesse toda a sua vida adulta no
interior de um edifício, os seus negócios foram tão largos quanto o
mundo.
Poder da Oração
O modo como isso se efetuou não pode ser
descrito tão nítidamente como no caso de S. Vicente de Paulo. O
processo foi completamente sobrenatural. Teresinha ajudava os outros
rezando por eles. Ora, todo ser humano reza, e Deus o escuta. Às vezes
os resultados da oração são inteiramente assombrosos. Mas, quando
Teresinha rezava, os resultados eram ainda mais assombrosos.
Missionários em terras longínquas
subitamente achavam possível a conversão. Os fracos e desesperados em
casa achavam uma fortaleza que não haviam suspeitado. Tudo isto vinha
das orações de uma “inútil” mulher num convento.
Mais uma vez está presente o denominador
comum. Teresinha nunca pretendeu que essa admirável santidade e
eficácia na oração fosse devida a algum gênio especial de sua parte. Era
devida a Deus, que realizava tudo. Para si mesma ela teria escolhido o
completo nada.
Aqui, pois, está uma nota comum da maior
importância para mostrar por que razão a Igreja Católica honra como
santos alguns dos seus filhos e filhas. Os santos são certamente boas
pessoas e, de um modo ou de outro, fazem bem aos outros. Mas esta não é
a razão exata pela qual são chamados santos.
Graça generosa
Há muitas pessoas neste mundo que fazem
maravilhas pelos seus semelhantes. As vezes têm em mente motivos
religiosos; às vezes são benfeitores profissionais que só têm em mente a
sua própria publicidade. Algumas delas são lançadas no trabalho em
favor do seu próximo como uma justificação mais propriamente desesperada
para a sua vida; querem deixar este mundo como um lugar um pouquinho
melhor do que o encontraram. E algumas absolutamente não têm religião. A
Igreja Católica certamente não é insensível para com aqueles que são
sinceros nos seus esforços; mas nunca imagina que eles sejam santos. A
santidade é uma surpreende espécie de bondade, perfeita e completa,
transbordante de boas-obras somente por causa da graça dada por Deus, a
qual torna tudo isso possível.
Às vezes, com efeito, os católicos ouvem
este protesto: “Essa vida de um santo apenas não é natural”. As vidas
dos santos que se deram inteiramente à oração, particularmente entre
eles as santas, parecem impressionar os incrédulos como sendo vidas
anormais e entortadas.
Realmente, as vidas deles não são
naturais. Este é precisamente o ponto da santidade. As virtudes dos
santos estão tão acima da capacidade de realização humana como o céu
está além do alcance desajudado de homens naturais.
E imediatamente devemos dizer
entendermos que as vidas dos santos foram sobrenaturais, e não naturais.
Não havia nada de secreto e de torto nas suas personalidades. Eles não
eram, como os maliciosos gostam de suspeitar, almas torturadas que se
crucificavam por medo. Eram alegres, sobretudo. Eram inteiramente
felizes. Tinham desenvolvido no mais alto grau possível as potências da
natureza humana que o vulgo muitas vezes não suspeita que eles tenham.
Eles tinham as mais ricas personalidades.
Dada por Deus
Um fato curioso pode ser visto em muitas
das mais antigas vidas dos santos. Às vezes dizia-se que o futuro santo
proferira uma prece apenas nascido; outras vezes dizia-se que eles
tinham sido milagrosamente transportados à igreja para poderem orar. O
historiador metódico de hoje poderia ter grande dificuldade em averiguar
tais histórias; o povo das épocas mais simples aceitava-se sem
comentário. Isso parecia ser justamente a espécie de coisa que deveria
ter acontecido a um santo, e, se realmente acontecera ou não, isto fazia
pouca diferença.
Há talvez nisto um ponto que não
deveríamos deixar de notar. A santidade é sempre sobrenatural –
divinamente dada. A bondade meramente natural não é santidade. Só quando
a bondade se torna tão perfeita e tão extraordinária que fica além de
explicação natural é que temos a santidade real. Pelo seu conteúdo
maravilhoso, as velhas histórias procuravam apenas criar a impressão da
intervenção de Deus. Esse era o ponto real, de qualquer modo.
E este é o denominador comum que
apontamos nas histórias de S. Paulo, S. Vicente de Paulo e Santa
Teresinha do Menino Jesus. Não é que eles fossem boas pessoas, ou
pessoas largamente bem sucedidas em assuntos religiosos. É que eles eram
tão bons, que a única explicação para isso era que o dedo de Deus
estava, sem dúvida, sobre eles. Eles eram sobrenaturalmente bons.
Mas a bondade sobrenatural não é tudo o
que se necessita para ser um santo. O que, além disso, se necessita é um
pronunciamento oficial sobre a matéria. Quem dirá quando é que um homem
passa a linha divisória entre esforçar-se por ser bom e a santidade
sobrenatural? Só pode fazê-lo um juiz oficialmente designado. Esse juiz é
a Igreja Católica.
O método pelo qual a Igreja Católica
julga se uma pessoa é verdadeiramente um santo é “canonizado”. Isto
significa que a pessoa atende a certos requisitos e o seu nome é digno
de ser inscrito na lista (“cânon”) dos santos.
Antes desta declaração, ninguém pode ser
honrado com orações públicas. A persuasão privada, individual, sobre
isso é outra questão. Se um católico está no céu, então certamente pode
ajudar os outros aqui na terra pela sua influência junto a Deus. Mas,
para a Igreja em geral, deve haver sobre isso certeza para todos, e essa
certeza só pode vir com a solene declaração de santidade formulada pela
Igreja Católica.
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