As
passagens bíblicas sobre os anjos, relacionadas com anjos que tem
encargos diversos, nos permitem entender a ideia quase unânime dos
Padres da Igreja de que são os anjos que realizam a obra e a lei de Deus
com respeito ao mundo. A crença semítica nos espíritos que causam o bem
e o mal é bastante conhecida, e mostras disto são encontradas na
Bíblia. A peste que devastou Israel por culpa do pecado de Davi, por ter
realizado o senso de Israel contra a vontade de Deus, é atribuída a um
anjo:Na passagem da piscina Probática, ainda que existam algumas dúvidas sobre este texto; se diz que o movimento das águas era realizado pela visita periódica de um anjo. “Nestes pórticos, jazia um grande número de enfermos, de cegos, de coxos e de
paralíticos,
que esperavam o movimento da água. Pois de tempos em tempos um anjo do
Senhor descia ao tanque e a água se punha em movimento. E o primeiro que
entrasse no tanque, depois da agitação da água, ficava curado de
qualquer doença que tivesse.” (Jo 5, 1-4)
Os semitas estavam convencidos de que
toda a harmonia do universo, assim como as interrupções desta harmonia,
era devido a Deus como Criador; mas levada a cabo por seus ministros.
Esta ideia está fortemente marcada no Livro dos Jubileus; nele as hordas
celestiais de anjos bons e maus estão sempre atuando no universo
material. A Bíblia frequentemente mostra os poderes dos anjos na
natureza, e S. Jerônimo afirma que eles manifestam a onipotência de Deus
(cf. São Jerônimo, En Mich., VI, 1, 2; P. L., IV, col. 1206).
Prof. Felipe Aquino
Nenhum comentário:
Postar um comentário