terça-feira, 31 de dezembro de 2013

reflexão do Evangelho de hoje “Jesus é a Palavra”

A Palavra de Deus foi quem criou o céu e a terra. Foi Ela quem nos fez filhos de Deus e nos trouxe a Sua graça. A Palavra de Deus está no meio de nós. A Palavra de Deus é a Luz! Jesus é a Palavra, Jesus é a Luz! Ele é o personagem central da Bíblia. Todas as profecias, todas as orações, lamentações e súplicas das Escrituras foram inspiradas pelo Pai no Seu Filho Jesus Cristo pelo poder do Espírito Santo. “Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito”! Por isso, neste tempo em que vivenciamos as alegrias do Natal nós podemos refletir e meditar em como estamos acolhendo a Palavra e se, realmente, a temos encarnada em nós de maneira que Ela dirija as nossas ações. Se o mundo foi criado por causa de Jesus Cristo, se a graça e a verdade nos chegaram através Dele e se Ele é a Palavra de Deus que veio habitar no meio de nós, é imprescindível que nós tenhamos esta Palavra entranhada em nossas mãos e no nosso coração. Pela Palavra nós tomamos conhecimento do Amor de Deus que é eterno e nos dá a garantia das Suas promessas para nós. Ela é a Luz que nos tira das trevas da ignorância e nos dá o entendimento de nós mesmos (as), de Deus e do nosso próximo. Assim como João Batista veio para dar testemunho desta Luz, nós também podemos irradiar o fulgor que se expressa por meio de nós quando anunciamos Jesus Cristo, a Palavra de Deus que veio nos transformar em novas criaturas. – A Palavra de Deus tem influenciado as suas ações? – Você tem sabido ouvi-La e vivê-La? – Você tem dado ao mundo testemunho da Luz de Cristo?

Evangelho de hoje - Jo 1,1-18

Evangelho - Jo 1,1-18
A Palavra se fez carne e habitou entre nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 1,1-18
1No princípio era a Palavra,
e a Palavra estava com Deus;
e a Palavra era Deus.
2No princípio estava ela com Deus.
3Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez
de tudo que foi feito.
4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
5E a luz brilha nas trevas,
e as trevas não conseguiram dominá-la.
6Surgiu um homem enviado por Deus;
Seu nome era João.
7Ele veio como testemunha,
para dar testemunho da luz,
para que todos chegassem à fé por meio dele.
8Ele não era a luz,
mas veio para dar testemunho da luz:
9daquele que era a luz de verdade,
que, vindo ao mundo,
ilumina todo ser humano.
10A Palavra estava no mundo
- e o mundo foi feito por meio dela -
mas o mundo não quis conhecê-la.
11Veio para o que era seu,
e os seus não a acolheram.
12Mas, a todos que a receberam,
deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus
isto é, aos que acreditam em seu nome,
13pois estes não nasceram do sangue
nem da vontade da carne
nem da vontade do varão,
mas de Deus mesmo.
14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós.
E nós contemplamos a sua glória,
glória que recebe do Pai como filho unigênito,
cheio de graça e de verdade.
15Dele, João dá testemunho, clamando:
'Este é aquele de quem eu disse:
O que vem depois de mim passou à minha frente,
porque ele existia antes de mim'.
16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça.
17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça
e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo.
18A Deus, ninguém jamais viu.
Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai,
ele no-lo deu a conhecer.
Palavra da Salvação.

Oração do Papa Francisco à Sagrada Família

O site ACI publicou nesta segunda-feira (30/12/13) a oração que o Santo Padre dirigiu à Sagrada Família, após a oração do A-Sagrada-Família-as-famílias-e-o-mundo-atual-2Ângelus diante de milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro em virtude de sua festa celebrada ontem.
Confira a íntegra da oração:
Jesus, Maria e José,
em vós contemplamos
o esplendor do amor verdadeiro,
a vós, com confiança nos dirigimos.
Sagrada Família de Nazaré,
tornai também nossas famílias
lugares de comunhão e cenáculos de oração,
autênticas escolas do Evangelho
e pequenas Igrejas domésticas.
Sagrada Família de Nazaré,
jamais nas famílias se faça experiência
de violência, fechamento e divisão:
qualquer um ferido ou escandalizado
tenha logo consolação e cura.
Sagrada Família de Nazaré,
o próximo Sínodo dos Bispos
possa trazer novamente a todos a consciência
do caráter sagrado e inviolável da família,
sua beleza no projeto de Deus.
Jesus, Maria e José,
escutai, ouvi nossa súplica, Amém!
Fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=26498

Que a família seja de Deus


familiaSabemos que a família é “sagrada”, é uma instituição divina, pertence a Deus. É o eixo da sociedade e sua célula “mater”.
Logo, Deus é o primeiro interessado que a família vá bem e jamais deixará de derramar as suas bênçãos sobre aquelas que lhe são fiéis. Além de tudo o que nós, pais, podemos fazer, o mais importante é colocar a família sob a proteção de Deus.
Santo Inácio de Loyola dizia que devemos trabalhar como se tudo dependesse só de nós, mas rezar como se tudo dependesse só de Deus. Não basta trabalhar pelos filhos e pela família, é preciso rezar e, diariamente colocá-los nas mãos de Deus. Diz o salmista que:
“Se o Senhor não edificar a casa,
Em vão trabalham os que a constroem.
Se o Senhor não guardar a cidade,
Debalde vigiam as sentinelas.” (Salmo 126,1)
Ainda que derramemos nosso sangue, suor e lágrimas por nossos filhos, ainda assim será em vão se lhes faltassem as bênçãos de Deus. Por isso, é preciso todos os dias orar por eles e consagrá-los ao amor de Deus. O Senhor cuidará deles mais do que nós, pois, antes de serem nossos, são Seus filhos, Lhe pertencem.
Tenho pena dos filhos que não têm um pai e uma mãe para orar por eles. Não há oração mais eficaz pelos filhos do que a dos próprios pais.
Desde minha tenra infância lembro-me dos nossos pais a rezarem por nós. Aos cinco anos de idade aprendi a rezar o Terço no colo de minha mãe; e jamais pude viver sem rezá-lo. Com que saudade e alegria me lembro daquele Terço que toda a nossa família rezava, todos os dias, às seis horas da tarde, em quaisquer circunstâncias. Mesmo vivendo os problemas de qualquer família numerosa (9 filhos), contudo, jamais me lembro de um dia de desespero, escândalo, tragédia ou insegurança em nosso lar; Maria caminhava conosco.
Nossa família, simples e alegre, estava ancorada no Sagrado Coração de Jesus e no Imaculado Coração de Maria, por zelo e amor dos nossos queridos pais. Hoje, meus oito irmãos conservam a boa fé católica que receberam no berço; e a passam para os seus filhos. Não é assim que a Igreja deve ser edificada? Esta foi a melhor e a maior herança que nossos pais nos deixaram, e que os pais devem deixar aos seus filhos. Este foi o bom fruto de uma família consagrada a Deus e fiel às suas leis. Fomos todos educados nos ensinamentos infalíveis da Igreja e neles edificamos as nossas vidas.
“É inútil retardar até alta noite vosso descanso,
Para comer o pão de um duro trabalho.
Pois Deus o dá aos seus amados até durante o sono.” (Sl 126,2).
Deus proverá a família que lhe é fiel e que “vive pela fé” (Rom 1,17).
A família cristã deve confiar na Providência divina. Se fizermos a
nossa parte, Deus não deixará de fazer a Dele.
Aprendamos com o salmista que diz:
“Uns põem sua força nos carros, outros nos cavalos: Nós, porém,a temos em nome do Senhor nosso Deus.” (Sl 19,8).cpa_familia_santuario_da_vida
A família precisa confiar em Deus e abandonar-se aos seus cuidados:
“Não vos preocupeis por vossa vida, pelo que comereis, nem por vosso corpo, como vos vestireis (…). Qual de vós, por mais que se esforce, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida? (…). Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos? Que beberemos? Com que nos vestiremos? São os pagãos que se preocupam com tudo isso. Ora, vosso Pai celeste sabe  que necessitais de tudo isso (…).” (Mt 6,25-34).
Quando Jesus deu esses ensinamentos, deixou-nos uma norma de vida importantíssima: “viver um dia de cada vez”.
“Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã
terá as suas próprias preocupações. A cada dia basta o seu cuidado.”(Mt 6,34).
Deus cuida de nós “a cada dia”, e não quer ver-nos ansiosos, preocupados, inquietos e com medo do dia de amanhã. “A cada dia basta o seu cuidado.”
Portanto, não fique hoje, “arrancando os cabelos” com as preocupações de amanhã. O amanhã está nas mãos de Deus. Prepara-se bem para o futuro, vivendo intensamente o presente, nada mais.
Ele nos ensinou a pedir ao Pai o pão “de cada dia”. Durante quarenta anos ele alimentou o seu povo no deserto comendo “a cada dia” o maná descido do céu. Deus nos quer confiando Nele todos os dias, “a cada dia”.
“Vou fazer chover pão do alto do céu. Sairá o povo e colherá diariamente a porção de cada dia.” (Ex 16,4).
“Todas as manhãs faziam a sua provisão, cada um segundo suas necessidades.” (Ex 16,21).
É nesta fé e confiança em Deus que a família deve viver, certa de que receberá das mãos do Senhor tudo o que for necessário para o seu sustento, superando todos os medos e tensões.
“A cada dia basta o seu cuidado.” Consagrada a Deus, a família vencerá todos os seus problemas. A cada dia, de manhã e à noite, e também durante o dia, gosto de voltar meu coração ao Senhor e consagrar-lhe a minha casa. Nominalmente consagro minha esposa, e cada um dos nossos filhos, rogando-lhes a graça da união, fidelidade, paz e bênçãos. Muitas vezes, a consagro ao coração de Nossa Senhora, Mãe das famílias, para que estejamos todos sob seu manto materno. Nas horas difíceis, gosto de repetir com confiança aquela mesma oração que, desde o século III, os cristãos do norte da África já rezavam, para se consagrar à Virgem Maria:
“Debaixo da Vossa proteção nos refugiamos ó Santa Mãe de Deus;
não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos
sempre de todos os perigos; ó Virgem gloriosa e bendita.”
Maria Auxiliadora dos cristãos, rogai por nós!
Não deixo também de recomendar cada um de nós a São José, pai e patrono da Igreja, como proclamou o Papa Pio IX em 1870. Ele que foi escolhido por Deus para cuidar da Sagrada Família, cuidará também da nossa casa. Também aos Anjos e Santos devemos recomendar o nosso casamento e os filhos, para que estejamos todos debaixo da sua guarda e intercessão permanentes.
A família é a “igreja doméstica”, local de oração e “santuário da vida”. Por isso, o lar deve ser sagrado. A casa deve ser abençoada por um sacerdote, e suas paredes devem ser ornadas com belos e piedosos quadros de Santos. Em cada casa há de haver um oratório, com belas imagens que nos inspirem a oração e o amor àqueles que, como diz a Liturgia, “na presença de Deus intercedem por nós sem cessar”.
“A Sagrada Família, ícone e modelo de cada família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna de vida! Maria, Mãe do belo amor, e José, Guarda do Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção!” (CF,23).
Prof. Felipe Aquino
Retirado do livro: Família, Santuário da Vida

Nossa Senhora, Mãe do que sofre



Our-Lady-of-Grace-01“Eis aí a vossa Mãe.” (Jo 19,27)
O último presente que Jesus nos deixou, antes de morrer na cruz, foi a sua própria Mãe, para ser nossa Mãe.
Se Ele fez isto, é porque precisamos de sua ajuda neste vale de sofrimentos que é a vida. E a humanidade reconhece isto. É a ela que recorremos na hora do perigo.
Não tem colo melhor para chorar do que o de Nossa Senhora; não há mãos melhores para enxugar nossas lágrimas do que as dela.
A ladainha Lauretana a chama de: Consoladora dos aflitos, Auxílio dos cristãos, Refúgio dos pecadores, Saúde dos enfermos…, são expressões que o povo foi juntando em suas preces e em seus corações.
São Bernardo, na sua oração a Maria, o “Lembrai-vos”, mostra bem a força de Nossa Senhora para os que sofrem: “Lembrai-vos,  ó piedosíssima Virgem Maria,  que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que recorreram a vossa proteção, imploram vossa assistência,  reclamam vosso socorro,  fosse por Vós desamparado.
Animado eu,  pois,  com igual confiança,  a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro; de Vós me valho e, gemendo sob o peso de meus pecados,  me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado,  mas dignai-vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Amém.”
São Bernardo mostra como ser forte com Maria: “Maria é essa Estrela esplêndida que se eleva sobre a imensidão do mar, brilhando pelos próprios méritos, iluminando por seus exemplos.
Ó tu, que te sentes, longe da terra firme, levado pelas ondas deste mundo, no meio dos temporais e das tempestades, não desvies o olhar da luz deste Astro,  se não quiserdes perecer.
Se o vento das tentações se elevar, se o recife das provações se erguer na tua estrada, olha para a Estrela, chama por Maria. Se fores sacudido pelas vagas do orgulho, da ambição, da maledicência, do ciúme, olha para a Estrela, chama por Maria. Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas,  pensa em Maria,  invoca Maria.
Que seu nome nunca se afaste de teus lábios, que não se afaste de teu coração; e, para obter o auxílio da sua oração,  não te descuides do seu exemplo de vida.cpa_o_segredo_de_maria
Seguindo-a, terás a certeza de não te desviares; suplicando-lhe, de não desesperar; consultando-a, de não te enganares.
Se ela te segurar, não cairás; se te proteger, nada terás de temer; se te conduzir,  não sentirás cansaço; se te for favorável, atingirás o objetivo.”
Em qualquer situação difícil, meu irmão, faça o que ensina o santo doutor: “Olha para a Estrela, chama por Maria!”
De pé aos pés da cruz de Jesus, Nossa Senhora é a imagem perfeita do sofrimento heroico e resignado. São Boaventura, doutor da Igreja, dizia sobre esta cena: “… só havia um altar, a Cruz, onde a Mãe era sacrificada com o Cordeiro Divino”.
São João Crisóstomo disse que quem estivesse no Calvário veria dois altares, onde se consumavam dois grandes sacrifícios: um era o Corpo de Jesus; o outro o coração de Maria.
Quem sofreu como ela? Quem viu, o próprio Filho, Deus e homem, Justo e Santo, ser crucificado aos seus olhos, e morrer gemendo pregado em uma cruz?… Só mesmo Ela, com a graça de Deus, poderia suportar tanta dor em seu coração. Com Jesus ela sofreu todas as nossas dores, por isso agora, pode enxugar as nossas lágrimas.
Cristo sofreu a Paixão, Maria a compaixão.
Talvez ela não nos livre de todas as cruzes, pois sabe que a cruz nos salva, mas certamente, adocicará a nossa cruz. Quando o filho precisa tomar um remédio amargo, o que faz a boa mãe? Coloca um pouco de açúcar. É assim que Maria faz quando precisamos beber o amargo remédio da cruz. Ela caminha conosco em nosso Calvário, como caminhou com Jesus.
São Luiz de Montfort, servo de Maria, garantia que “o servo de Maria jamais recua”. Vai  sempre em frente, nunca desanima, nunca desiste…
Vejo este exemplo no nosso querido Papa João Paulo II. O que deu forças a este homem de 83 anos  para carregar a cruz do seu pontificado até o fim? Maria! Não é sem motivo que no seu brasão pontifício ele escreveu: “Totus tuus!”
Quando lhe perguntaram se iria renunciar ao pontificado, ele respondeu: “Jesus não desceu da cruz”.
Certa vez, Santa Teresinha sofria muito no seu leito de dor; então, foi socorrida por Nossa Senhora. Ela conta: “Animou de súbito a estátua. A Virgem tomou um aspecto tão belo que nunca achei expressão para descrever essa formosura. O que mais me gravou nas profundezas da alma foi o seu sorriso arrebatador!” (Hist. Alma c. III)
cpa_o_socorro_da_virgem_mariaA santinha dizia a Nossa Senhora:“Surpreendo-me ás vezes a dizer a SS. Virgem: Ó minha Mãe querida, sabeis que me julgo mais feliz do que Vós? Eu vos tenho por mãe e Vós não tendes uma SS. Virgem para amar”.
Desde os primeiros séculos os cristãos se acostumaram a buscar refúgio e proteção em Nossa Senhora. A mais antiga oração que a Igreja conhece, a ela dirigida, é do início do século III, encontrada em um fragmento de papiro, no norte do Egito, em Alexandria, escrita em grego, dizia:
“Debaixo da Vossa proteção nos refugiamos ó Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades,  mas livrai-nos sempre dos perigos, Virgem gloriosa e bendita.”
Assim se consagravam a Maria, os nossos irmãos que eram perseguidos pelo império romano.
Outro fato que mostra-nos o poder  intercessor de Maria, junto de Deus, é o que se passou na vida  de uma jovem santa italiana, de apenas 18 anos de idade.
O diretor espiritual de Santa Gema Galgani, mística da Igreja, conta que certa vez a observou em um dos seus êxtases conversando com Jesus e suplicando-lhe a conversão de uma pessoa conhecida. De todas as formas ela suplicava de Jesus esta graça, mas sem sucesso. Implorou a Jesus pelo seu sangue precioso, por suas chagas, pela sua cruz, mas nada. O coração da pessoa, por quem ela intercedia, estava ermeticamente fechado para Deus, por causa do pecado, e Santa Gema nada conseguia. Por fim, já cansada, a Santa diz a Jesus: “Está bem Jesus, a mim o Senhor pode negar esta graça, porque eu sou uma pecadora miserável, mas à tua Mãe o Senhor não pode negar. É por Ela que agora eu te peço. Ide dizer não à tua Mãe”.
E conta o confessor da santa que com estas palavras ela conseguiu a graça desejada.
“Pede à Mãe, que o Filho atende”.

A diferença que a missa faz



sacramentos1Ir à missa é ir para o céu, onde “Deus… enxugará toda lágrima” (Ap 21,3-4). Porém, o céu é ainda mais do que isso. O céu é onde nos colocamos sob julgamento, onde nos vemos na clara luz matinal do dia eterno e onde o justo juiz lê nossas obras no livro da vida. Nossas obras nos acompanham quando vamos à missa.
Ir à missa é renovar nossa aliança com Deus, como em uma festa de núpcias – pois a missa é o banquete das núpcias do Cordeiro. Como em um casamento, fazemos votos, comprometemo-nos, assumimos uma nova identidade. Mudamos para sempre.
Ir à missa é receber a plenitude da graça, a própria vida da Trindade. Nenhum poder no céu ou na terra nos dá mais do que recebemos na missa, pois recebemos Deus em nós mesmos.
Jamais devemos subestimar essas realidades. Na missa, Deus nos dá sua própria vida. Isso não é apenas uma metáfora, um símbolo ou uma antecipação. Precisamos ir à missa com os olhos e ouvidos, mente e coração abertos à vontade que está diante de nós, a verdade que se eleva como incenso. A vida de Deus é uma dádiva que precisamos receber apropriadamente e com gratidão. Ele nos dá graça como nos dá fogo e luz. Fogo e luz, mal usados, podem nos queimar ou cegar. De modo semelhante, a graça recebida indignamente sujeita-nos a julgamento e a consequências muito terríveis.
Em toda missa, Deus renova sua aliança com cada um de nós, colocando diante de nós a vida e a morte, a benção e a maldição. Precisamos escolher a bênção para nós e rejeitar a maldição, e precisamos fazer isso desde o início.
A partir do momento em que entra na igreja, você se coloca sob juramento. Ao mergulhar os dedos na água benta, você renova a aliança que eu iniciou com seu Batismo. Talvez você tenha sido batizado quando bebê; seus pais tomaram a decisão por você. Mas agora, com esse simples movimento, você toma a decisão por si mesmo. Toca com a água benta a fronte, o coração, os ombros e os persigna como “nome” com que foi batizado. Relacionada com esse movimento, está sua rejeição a Satanás e a todas as suas pompas e obras.
Ao fazer isso, você comprova, dá testemunho, como o faria no tribunal. No tribunal, a testemunha põe em jogo sua pessoa, sua reputação e seu futuro. Se não disser a verdade, toda a verdade e nada mais que a verdade, sabe que sofrerá sérias consequências.
Também você está sob juramento. Não se esqueça: a palavra latina sacramentum significa, literalmente, “juramento”. Quando faz o sinal-da-cruz, você renova o sacramento do Batismo, desse modo renovando sua obrigação de corresponder aos direitos e deveres da nova aliança. “Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com todo o teu ser, com todas as tuas forças”; “amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
Você jura, de modo especial, dizer a verdade durante esta missa, pois este é o tribunal do céu; aqui, Deus abre o livro da vida; aqui, você ocupa o banco das testemunhas. Muitas e muitas vezes durante a missa você diz “AMÉM”, a palavra aramaica que transmite consentimento e conformidade: Sim! Assim seja! De verdade! “Amém” é mais que resposta; é compromisso pessoal. Quando diz “Amém”, você compromete sua vida, portanto é melhor ser sincero.
Assim, na missa, você não é mero espectador. É participante. É sua a aliança que Jesus em pessoa vai renovar .
Texto retirado de uma bela obra de *Scott Hahn, chamada “O banquete do Cordeiro” na qual ele relata o começo de sua experiência ainda como calvinista quando foi a estudo participar da Santa Missa.
*HAHN, S. O banquete do Cordeiro: a missa segundo um convertido. 11ª edição. São Paulo: Ed. Loyola, 2009.
*Um dos livros de Scott Hahn, um renomado professor de teologia e de Escritura na Universidade Franciscana em Steubenville, nos Estados Unidos, fundador e dirigente do Institute off Applied Biblical Studies, é o “Banquete do Cordeiro”, no qual revela um segredo duradouro da Igreja: a chave dos cristãos para entender os mistérios da missa.
O autor explora o mistério da Eucaristia com os olhos novos e fala da missa como um poderoso dama sobrenatural, no qual o sacrifício real do Cordeiro traz o céu à terra. Hahn era protestante calvinista e quando se pôs a estudar sobre a vida dos primeiros cristãos, se aproximou da Eucaristia.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Reflexão do Evangelho de hoje “Começa a perseguição”

Os magos foram atraídos pela estrela e tiveram um encontro pessoal com o Menino Jesus. Assim também quando nós vislumbramos a “estrela” que nos guia até Belém, nós temos uma experiência de salvação. No entanto, precisamos estar preparados, pois aí então, começa a perseguição. O inimigo de Deus está atento e faz todo o possível para nos desviar do caminho que o Senhor traçou para nós. Não precisamos, porém temer! Assim como fez com José e Maria, o Senhor também nos ordena: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito!” Quando nós nos dispomos a fazer a vontade de Deus nós precisamos nos fortalecer em Jesus, com o auxílio da Sua Mãe, Maria, na oração, na penitência, no serviço ao irmão, na meditação da Palavra dando passos concretos. Não podemos ficar parados e inertes esperando a perseguição chegar. Precisamos nos antecipar e acolher todos os avisos que o Espírito Santo nos dá através das suas mensagens. Herodes representa aqui o inimigo de Deus que não se conforma com a nossa libertação. O Egito aqui é lugar de refúgio ou de dificuldade conforme o que o Senhor quer para nós. Jesus começou a ser perseguido, quando ainda era uma criancinha, nós também seremos perseguidos, mas também amparados. - Você já reconhece a estrela que o (a) leva a Belém? –Para você quem é a estrela? - Você já teve um encontro pessoal com Jesus Salvador? – Você já começou a ser perseguido (a)? Como você tem se fortalecido?

Evangelho de hoje - Mt 2,13-15.19-23

Evangelho - Mt 2,13-15.19-23
Levanta-te, pega o menino e
sua mãe foge para o Egito.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 2,13-15.19-23
13Depois que os magos partiram,
o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse:
'Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o
Egito! Fica lá até que eu te avise!
Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo.'
14José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe,
e partiu para o Egito.
15Ali ficou até à morte de Herodes,
para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta:
'Do Egito chamei o meu Filho.'
19Quando Herodes morreu,
o anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito,
20e lhe disse: 'Levanta-te, pega o menino e sua mãe,
e volta para a terra de Israel;
pois aqueles que procuravam matar o menino
já estão mortos.'
21José levantou-se, pegou o menino e sua mãe,
entrou na terra de Israel.
22Mas, quando soube que Arquelau reinava na Judéia,
no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá.
Por isso, depois de receber um aviso em sonho,
José retirou-se para a região da Galiléia,
23e foi morar numa cidade chamada Nazaré.
Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos
profetas:
Ele será chamado Nazareno.'
Palavra da Salvação.

A distância entre os corações



Um grande indiano, reunido com seu grupo de discípulos, resolveu ensinar algo sobre os relacionamentos. Dirigiu-se ao grupo e perguntou:

- Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?

Os discípulos pensaram por alguns instantes e começaram a responder:

- Gritam porque perdem a calma – disse um.
- Gritam porque querem chamar a atenção.
- Gritam porque são incapazes de controlar seus instintos.
- Gritam para serem ouvidas – disse outro.

Então o mestre voltou a questionar:

- Mas para que gritar quando a pessoa está do seu lado? Não é possível falar-lhe em voz baixa?

Outros discípulos tentaram responder, mas nenhum conseguiu dar uma resposta satisfatória. Foi então que o mestre explicou:

- Quando estamos aborrecidos ou chateados, nosso coração se afasta muito do coração da outra pessoa. Para cobrir essa distância, começamos a gritar. Quanto mais nervosos ou aborrecidos estivermos, mais alto gritaremos e menos seremos ouvidos. Ao contrário, vejam o que acontece com as pessoas que se amam. Elas falam suavemente, sussurram uma à outra e são muito bem compreendidas. Isso acontece porque os seus corações estão muito próximos. Às vezes, estão tão próximos que nem é preciso falarem, basta um olhar ou um gesto e já se entendem.

Para refletir

Como é belo ver um casal apaixonado. Seus gestos suaves, o cuidado que um tem para com o outro, o olhar meigo e doce. Não é preciso que digam nada um ao outro, a presença e a sintonia que existem entre os dois já dizem tudo. Amor é essa sintonia, é compreender o outro na sua totalidade.

Quando amamos, juntamos o nosso coração ao da outra pessoa. Não deixes que a rotina, as diferenças ou qualquer tipo de adversidade afaste o teu coração do coração da pessoa que tu amas. Se acaso discutirem, não afastes muito o teu coração do coração dela, pois eles podem não encontrar mais o caminho de volta. Isso é o que acontece com muitos relacionamentos que não recebem o devido cuidado e atenção.

Quando não nos comprometemos verdadeiramente, quando não nos dedicamos aos relacionamentos, facilmente os nosso corações se afastam, e tudo fica mais complicado. Empenha-te e ama profundamente.

Qual a minha reação mais comum quando estou aborrecido? Costumo discutir com as pessoas que amo? Por quais razões? Como me reconcilio com elas? Já tive algum relacionamento abalado por causa de discussões? Poderia ter agido de outra maneira? O que faria hoje na mesma situação?

A colmeia perfeita



Em uma pequena vila no interior de Goiás, viviam muitos camponeses, gente simples, mas com grandes sonhos.

Os alunos, todos filhos de camponeses e muito responsáveis por pastorear os rebanhos da família, eram aplicados, mas muitas vezes iam à escola cansados e desanimados.

Certa vez, a escola ganhou do governo uma verba para ser investida em passeios culturais. Todos ficaram animados com a ideia de conhecer lugares históricos, museus e diversos lugares interessantes de todo o país. Mas como a verba não era assim tão grande, somente alguns alunos poderiam ir. Os professores se reuniram e resolveram aproveitar a oportunidade para movimentar os alunos. Fizeram um lista de tarefas; quem conseguisse realizar com sucesso a sua tarefa poderia viajar.

Elas eram muito variadas, e uma era especialmente interessante. Caiu logo para o Joaquim, um garoto levado, inteligente, mas muito impaciente. Não ficava parado nas aulas e por isso tinha notas baixas. Sua tarefa era: "Trazer uma colmeia de forma perfeita, cujo mel seja muito doce e nunca se acabe".Joaquim ficou decepcionado: onde encontraria tal colmeia? Achou mesmo que nem existia, que era um castigo pelo seu mau comportamento. Mesmo assim, começou a pensar e procurar a tal colmeia cujos favos não perdiam a doçura.

Andou a procurar em todos os lugares. Pesquisou nos livros, conversou com pessoas da vila que entendiam de mel, mas nada. Já estava quase desistindo quando resolveu pedir ajuda ao seu avô, o homem mais sábio que conhecia.

O avô olhou com carinho para o neto e disse:

- Eu posso te ajudar, mas só amanhã, e se tu seguires as orientações que te darei.

- Combinado – disse o garoto.

- Hoje à noite, quando chegar em casa, pede à tua mãe que prepare a refeição, que te ajude com as outras tarefas da escola, que te conserte esta camisa, que te dê um abraço, que te prepare a cama, que te conte uma história antes de dormir. Amanhã voltamos a conversar.

Joaquim não entendeu direito a tarefa. Afinal, isso era o que a sua mãe fazia todos os dias. Mas foi para casa e fez tudo como o avô havia falado.

No dia seguinte, antes mesmo de falar com o avô, o menino já pulava de alegria.

- Encontrei, encontrei – gritava.

Pegou no braço da sua mãe e pediu que ela lhe acompanhasse até a escola. Ao chegar lá, disse aos professores:

- Aqui, está a colmeia perfeita, cuja doçura é enorme e por mais que dê de seu mel (amor), ele nunca acaba.

Para refletir

O amor que une mãe e filho não pode ser medido. Ele é incondicional, capaz de qualquer coisa. Por seus filhos, a mãe realiza qualquer tarefa, com brilho nos olhos e sorriso no rosto. Realiza tudo com uma doçura que não tem fim. Por mais que faça, sempre tem mais a oferecer. Não importa se tem um, dois ou mais filhos, seu amor é igual para com todos, não se esgota, não tem limites. O filho também ama muito a sua mãe e seu pai.

Sempre que possível, manifesta esse amor. Diz aos teus pais o quanto tu os amas. Diz aos teus filhos o quanto eles são importantes para ti. Sempre que tiveres uma oportunidade de fazerem algo juntos, aproveita. É uma forma de ganhares nova energia e aumentares ainda mais os laços que os unem.

Sou capaz de reconhecer o dom que meus pais são para mim? Consigo reconhecer em todas as tarefas que eles fazem por mim o amor que sentem? Como posso retribuir esse amor? Se tenho filhos, o que sou capaz de realizar por eles? Como manifesto o meu amor por eles? O que posso fazer para educá-los no amor e na generosidade?

Medir o amor



Mestre e discípulos andavam tranquilamente em direção ao mosteiro. Lá pelas tantas, o discípulo perguntou:

- Mestre, será que algum dia eu serei capaz de amar com tanta intensidade quanto o senhor ama?

E o mestre respondeu:

- O amor é a maior riqueza do mundo. Não existe nada comparável a ele. É ele que mantém o mundo girando, as pessoas se relacionando, a natureza crescendo.

Mas o discípulo insistiu:

- Mas como saberei se o meu amor é digno de tudo isso e se é grande o suficiente?

- Procura saber se tu vives intensamente as emoções, se te entregas ou foges delas. O amor não é grande nem pequeno, não te preocupes com isso. Ele é simplesmente amor, natural, espontâneo. Não se pode medir um sentimento como se mede uma estrada. Se tentares medi-lo, estarás vendo apenas os seus reflexos, como o da lua m um lago, ou o do sol no mar. O amor deve simplesmente ser vivido.

Para refletir

O amor segue uma lógica toda particular. O que parece incoerência toma ar de naturalidade. Por exemplo, o amor cresce à mesma medida que é dado. Quanto mais amamos alguém, mais nos sentimos amados. Quanto mais pessoas amamos, mais nos sentimos amados e mais forte se torna o nosso amor. Não precisamos limitar o nosso amor a uma pessoa, pois ele não se acaba. Podemos amar diferentes pessoas com a mesma intensidade que não sentiremos falta de amor. Vê uma mão, por exemplo: se tem um filho, ama-o intensamente; se tem dois ou mais, ama-os com a mesma intensidade. Por isso, ama as pessoas com todas as tuas energias, pois isso só te vai enriquecer e deixar mais forte.

Alguma vez senti a necessidade de medir o amor que sinto pelas pessoas? Por quê? Quais são os maiores empecilhos para eu amar intensamente? Sou capaz de dedicar amor verdadeiro a mais de uma pessoa ao mesmo tempo? Quando amo, quais as necessidades que sinto? Exijo muito de mim mesmo? E da outra pessoa?

Agir por amor



Conta-se que esta história se passou num acampamento para refugiados no coração da África. Havia ali muitas crianças feridas, abandonadas e sem esperança nenhuma de vida. Sofriam pela fome, sede e falta de afeto. A única atenção que recebiam era a dos missionários.

Certo dia, apareceu por ali um jornalista que fazia uma matéria sobre as guerras e os seus estragos. Foi ao acampamento e acompanhou o trabalho de irmã Lurdes durante um dia inteiro. À noite, já esgotado pelo cansaço, calor e, principalmente por ver tanto sofrimento e dor, o jornalista disse à missionária:

- Irmã, eu não faria o trabalho que a senhora faz nem que me dessem todo o dinheiro do mundo.

A irmã olhou para ele com ternura e respondeu:

- Eu também não. Não faria isso por dinheiro nenhum. Faço este trabalho por amor a Deus e a todos estes que sofrem.

Para refletir

Por amor, somos capazes de fazer as coisas mais difíceis do mundo como se fossem as mais fáceis. Por amor, somos capazes de realizar os maiores sacrifícios e superar todas as dificuldades. O amor nos modifica, nos humaniza e nos embeleza.

O amor nos dá força, nos anima, nos motiva, nos impulsiona a grandes feitos. Quando amamos a Deus e o nosso próximo verdadeiramente, somos capazes de nos doar a eles e assisti-los em todas as suas necessidades.

Pelo amor nos tornamos melhores e mais dignos. O amor transforma o ser humano. Invista no amor. O amor não custa nada, mas tem valor inestimável.

Até onde eu iria em nome do amor? Seria capaz de realizar grandes obras por amor a Deus e ao próximo? Que tipo de obras? O que já fiz motivado pelo amor gratuito? Olhando para a minha vida hoje, como vejo a influência do amor nas minhas atitudes? O que poderia fazer para permitir uma ação maior do amor na minha vida? Como as pessoas que convivem comigo poderiam ajudar?

Faça a diferença



Com a coragem da fé, podemos viver este dia de maneira diferente: Se no nosso trabalho e na escola há intrigas e divisões, podemos ser sinal de unidade, da mesma forma na nossa família e em todas as áreas da nossa vida.

Muitas vezes nos achamos melhores do que as pessoas com as quais convivemos, mas na verdade todos nós "valemos o que somos diante de Deus, e nada mais".

Sejamos humildes. "De fato, estou compreendendo que o Senhor não faz distinção entre as pessoas" (Atos 10,34b).

Se Deus não faz distinção de pessoas, nós também não podemos fazê-la; ao contrário, precisamos acolher com amor e alegria os irmãos que o Senhor põe na nossa vida, independente de cor, raça, língua ou religião.

Sejamos sinal de alegria e de esperança para todas as pessoas que passarão pela nossa vida no dia de hoje. Peçamos ao Senhor esta graça.

Jesus, eu confio em Vós!

Luiza Santiago

Entronizemos a Sagrada Família em nossas casas

Jesus, Maria e José precisam ser entronizados em nossa casa para que nós e nossa família sirvamos ao Senhor. Que Jesus, Maria e José sejam nossos donos, os senhores da nossa casa!

Nossa Senhora veio ao mundo com a missão exclusiva de ser mãe do Filho de Deus. O Pai quis que Seu Filho se fizesse homem e tivesse uma mãe biológica; Maria foi a escolhida. Desde o início, ela foi escolhida em vista do Filho. Sendo Sua mãe, ela também se pôs a Seu serviço. Ela também poderia dizer: "É preciso que Ele cresça e que eu diminua".

No alto da cruz, Jesus nos deu Maria como mãe. Mas, desde toda a eternidade, quando o Pai concebeu Seu plano, Ele já trazia no coração que a Virgem Maria seria mãe do Seu Filho e mãe de todos nós, para que Jesus fosse o primogênito de uma multidão de irmãos.

São José também foi escolhido por Deus para ser o pai adotivo de Jesus por obra do Espírito Santo. José investiu toda a sua vida em Maria e em Jesus, vivendo somente para os dois. Esse foi o seu ato de fé. Uma fé concreta, que atingiu a vida. Nós podemos imaginar todo o carinho que José tinha por Maria e que ela tinha por José. Ele abriu mão de ser pai biológico para investir toda a sua vida, unicamente, nela e em Jesus.

Certamente, ele esperava viver uma vida normal com Maria, ser esposo dela e ter filhos como todo judeu. Para os judeus, ter filhos era muito importante, mas José abriu mão de tudo isso. Ele aceitou não ser pai de ninguém para ser o esposo de Maria e o pai adotivo de Jesus. Que beleza ele viveu!

Olhando para São José, vemos como é linda a nossa vocação de homens. O Senhor confiou no homem e lhe entregou uma mulher, do mesmo modo que entregou Maria a José. Deus, que é Pai, deu ao homem a missão de ser pai, confiou-lhe filhos para criar. São filhos de Deus, mas foram entregues ao homem para serem cuidados.

Que os maridos amem suas esposas, entreguem-se por elas e, como o modelo de Maria e José, honrem o dom e a bênção que Deus lhes deu pelo sacramento do matrimônio.

Para que você e sua casa sirvam ao Senhor, é preciso que Jesus seja o Rei, o Senhor da sua casa.

Eu convido você para fazer a entronização da Sagrada Família em seu lar. Tome uma imagem ou um quadro, a fim de que Jesus, Maria e José permaneçam onde você mora. Que eles sejam os donos da sua casa e você possa dizer: "Jesus, Maria e José, minha família vossa é".

Monsenhor Jonas Abib

Desvista-se de toda tristeza, pois Cristo o fortalecerá

A Palavra meditada, hoje, está em Lucas 2,8-11.

8. Naquela região havia pastores, que passavam a noite nos campos, tomando conta do rebanho.
9. Um anjo do Senhor apareceu aos pastores; a glória do Senhor os envolveu em luz, e eles ficaram com muito medo.
10. Mas o anjo disse aos pastores: "Não tenham medo! Eu anuncio para vocês a Boa Notícia, que será uma grande alegria para todo o povo:
11. hoje, na cidade de Davi, nasceu para vocês um Salvador, que é o Messias, o Senhor



Hoje, o Senhor nos envia um anjo para soprar ao nosso ouvido a certeza da glória do Senhor. Não é hora de temer, mas de deixar de lado toda covardia, porque houve uma grande alegria ao nascer, em nosso coração, o Cristo Salvador.

Quando Jesus nasce no coração de alguém, essa pessoa é visitada pelo Espírito Santo e a glória de Deus a envolve como a luz. No momento em que essa pessoa reconhece a Luz Divina no nascimento daquele Menino, a alegria começa a voltar ao seu coração. Nesta manhã, está nascendo para nós o Cristo, o Senhor. Aqueles que clamavam por salvação, por socorro, Jesus os visita e atende suas orações.

Um dos sinais de que Deus está agindo na nossa vida é a paz. Hoje, o Céu e a Terra espalham doçura, e até a natureza respira essa doçura, porque nasceu para nós o Cristo Salvador. Nasceu o dia em que o Senhor vem nos levantar, trazer para nós um vento novo sobre a nossa casa e sobre o nosso coração. Neste dia, tudo pode Deus em nosso favor.

Aqueles que têm esperado por um momento no qual o Senhor se manifeste, saibam que hoje é o dia, mas é preciso acreditar e agir com verdade. Assim, verão os frutos se manifestarem na vida de cada um de vocês.

É tempo de sorrir, de alegrar-se, pois a alegria de Deus vem quando o homem está de boa vontade! Se vivermos na integridade e na verdade, a graça de Deus chegará ao nosso coração. Mesmo em meio às lutas do dia a dia, um coração sincero chega até nós.

Temos de colocar, na nossa cabeça, que somos bons, porque saímos d'Aquele que é bom. Ainda que a imagem da bondade esteja escondida em meio a tantas escolhas erradas, somos pessoas de bem e podemos viver as alegrias do Senhor.

Não pode haver tristeza no dia em que nos foi dada a vida. Se há alegria quando um filho nasce numa família que passa por tantas dificuldades, imagine como é quando essa criança é o Filho de Deus nascendo no coração de cada um de nós.

Mesmo que haja altos ou baixos, o Senhor dos exércitos, de todo poder e força, estará conosco, porque nós cremos n'Ele.

Ninguém fica de fora ou está excluído de participar desse momento, nem mesmo as pessoas que não acreditam no Senhor, mas buscam a verdade.

Esta vida já tem tantos desafios para superarmos, que não precisamos acrescentar dificuldades. Quando o amor começa dentro de uma casa, de um lar, ele transborda para os demais locais pelos quais passamos.

Deus precisa que sejamos capazes de unir as pessoas. Quando dizemos que uma pessoa é justa, falamos de alguém que descobriu o amor e quer que ele se espalhe pela face da Terra. Todo pecador deve alegrar-se, porque, nesta manhã, Deus está lhe oferecendo o perdão de todos os seus pecados.

É uma alegria até para os que não acreditam, porque somos chamados a acreditar na vida. Neste dia, precisamos ficar em paz com Deus, precisamos nos reconciliar com Ele.

Por que Deus quis se manifestar em forma de criança? Porque todos têm medo de um rei, mas não precisam temer uma criança. Jesus, o Autor da vida, derrotou o autor da morte, e os anjos cantaram e anunciaram "paz na terra aos homens de boa vontade".

Quando nos sentirmos desgostosos, deveremos nos perguntar se nos sentimos assim por um pecado que cometemos. Lembre-se de que Deus deu a vida de Seu Filho pelos nossos pecados. Pelo nascimento de Jesus somos lembrados de que fomos arrancados de todo mal.

Márcio Mendes
Membro da Comunidade Canção Nova

Ser verdadeiro diante do Senhor

A palavra "sincero" vem de "sem cera". Os antigos gregos e romanos faziam um teatro bem semelhante ao teatro moderno: uma mesma pessoa fazia vários personagens, e a troca de personagens era feita apenas trocando as máscaras, as quais eram feitas de cera. Por isso, "sem cera" quer dizer sem máscara, sem representação.

Não podemos representar diante de Deus, precisamos ser sinceros com Ele! Temos de ser verdadeiros até mesmo diante de nossas fraquezas. São Paulo nos diz isso de uma maneira linda: "Portanto, eu me comprazo nas fraquezas, nos insultos, nos constrangimentos, nas perseguições e nas angústias por Cristo, pois quando sou fraco, então é que sou forte" (II Cor 12,10).

Deus é forte em você, por isso, Ele o faz forte. Não tenha medo de ser sincero diante do Senhor, de confessar-Lhe seus pecados mais secretos. Não tenha medo do pecado, mas sim de não ser sincero com Deus.

Seu irmão,
Padre Jonas Abib

sábado, 28 de dezembro de 2013

Reflexão do Evangelho de hoje “fugindo para o Egito”

Pela narrativa do Evangelho nós percebemos que até o Filho de Deus foi 
vítima da articulação de satanás que agiu por meio de Herodes, mas que o 
Plano de Deus para a humanidade se cumpriu apesar dos percalços e 
entraves que o Seu inimigo tentou colocar para desarticula-lo. A 
onisciência e a onipotência de Deus superam as armadilhas do mal, pois 
Ele envia os Seus mensageiros para advertir àqueles que fazem a Sua 
vontade. Por isso, o anjo do Senhor apareceu a José e mandou que ele 
pegasse o menino e sua mãe para fugir da fúria do rei. José obedeceu e 
partiu para o Egito onde permaneceu até a morte de Herodes. Mesmo assim 
as crianças de Belém sofreram as consequências da cólera do rei que 
mandou matar todas as que tivessem de dois anos para baixo. Assim também 
acontece nos nossos dias. O demônio continua tramando e montando 
armadilhas para que os filhos de Deus caiam e se submetam às suas 
investidas, tentando-os e flagelando-os com o pecado. Somente aqueles 
(as) que estão em sintonia com Deus, que obedecem à Sua Palavra e creem 
verdadeiramente em Jesus conseguem se livrar das garras do inimigo. Por 
isso, hoje, vemos tantos jovens com a vida destroçada, tantas famílias 
em desarmonia, guerra, fome, miséria. O pecado devasta o mundo e se não 
tivermos firmados nos ensinamentos evangélicos iremos também sucumbir 
com ele. Hoje também os inocentes pagam o preço da insanidade dos “reis” 
que procuram vítimas para suas frustrações. No entanto, nunca poderemos 
esmorecer, pois o anjo do Senhor está perto e na hora precisa, também 
ele nos dirá: “Levanta-te e vai para o Egito”. O Egito é lugar de 
penúria, de solidão, mas é também lugar de purificação, onde nos 
encontramos conosco mesmos e com Deus, e depois, retornamos para 
encontrar os irmãos. – Você tem sabido escutar a voz do Senhor que o (a) 
chama ao deserto? – Você tem sofrido as consequências do pecado? – Você 
acredita que o inimigo de Deus está atento para atrai-lo? – Você tem 
buscado refúgio na Palavra de Deus e na oração?

Evangelho de hoje- Mt 2,13-18

Evangelho - Mt 2,13-18
Herodes mandou matar todos os meninos de Belém.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 2,13-18

13Depois que os magos partiram,
o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José
e lhe disse:
"Levanta-te, pega o menino e sua mãe
e foge para o Egito!
Fica lá até que eu te avise!
Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo".
14José levantou-se de noite,
pegou o menino e sua mãe,
e partiu para o Egito.
15Ali ficou até à morte de Herodes,
para se cumprir
o que o Senhor havia dito pelo profeta:
"Do Egito chamei o meu Filho".
16Quando Herodes percebeu
que os magos o haviam enganado,
ficou muito furioso.
Mandou matar todos os meninos de Belém
e de todo o território vizinho,
de dois anos para baixo,
exatamente conforme o tempo indicado pelos magos.
17Então se cumpriu
o que foi dito pelo profeta Jeremias:
18"Ouviu-se um grito em Ramá,
choro e grande lamento:
é Raquel que chora seus filhos,
e não quer ser consolada,
porque eles não existem mais".
Palavra da Salvação.

Feliz Ano Novo!



reve-300x199“Ser Feliz é cultivar a alegria que vem da fé e confiança em Deus; superando todo pessimismo, mau humor, tristeza e reclamação.”
Gostamos de desejar às pessoas um “Feliz Ano Novo”; há até uma música que diz “muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender”. Mas será isso possível? Será tão fácil ser feliz? Será possível trezentos e sessenta e cinco dias sem lutas, lágrimas, decepções…? É claro que não.
Na verdade, quando desejamos aos parentes, amigos e conhecidos, um “Feliz Ano Novo”, desejamos que tenham um Ano de muita fé, de muitas bênçãos de Deus, livres dos males do corpo e da alma, mesmo que as adversidades da vida continuem. Não podemos nos enganar, a vida na terra é uma vida em paróquia (exílio), ainda longe da pátria de felicidade eterna onde não existe choro e lágrimas.
Ter um Ano Novo Feliz é estar preparado para vivê-lo com paz, serenidade, com uma consciência tranquila diante do dever cumprido, do sofrimento superado com fé, da amizade dada gratuitamente e do bem praticado sem olhar a quem.
Ter um “Feliz Ano Novo” é confiar no Senhor que “tem os olhos sobre os que o amam e procuram a todo instante”, e não esquecer as palavras sagradas: “O Senhor é meu pastor, nada me faltará” (Sl 22,1).
“O Senhor é a minha luz e a minha salvação, a quem temerei”? (Sl 26,1).
“O anjo do Senhor acampa ao redor dos que o temem,  e os salva”. “São numerosas as tribulações dos justos, mas de todas as livra o Senhor“. “Entrega o teu destino ao Senhor ele cuidará de vós” (Sl 33).
Ainda mais, ter um “Feliz Ano Novo” é lembrar o conselho da grande doutora da Igreja da Espanha, Santa Teresa de Ávila: “Nada te perturbe; nada te apavore; tudo passa; apenas Deus não muda; quem tem Deus no coração nada lhe falta”.
E mais que tudo, jamais se esquecer do convite do Senhor que nos diz: “Vinde a mim vós todos que estais atribulados e eu vos aliviarei” (Mt 11,28).
Ter um Ano Feliz é não se esquecer de que a felicidade verdadeira, que não se esvai, é aquela que colhemos na ajuda ao outro, pois “fazer o bem faz bem”. Ter um Ano Feliz é não pensar que a felicidade vem do vício, da malandragem, de “passar os outros para trás”, de viver no pecado. Ser Feliz é buscar a felicidade que se esconde no bojo da virtude: amor, bondade, mansidão, compaixão, desprendimento, pureza, perdão, humildade, temperança, diligência, etc. “Eu vim não para ser servido, mas para servir”! (Mc 10,42).
Para ser Feliz em 2014 será preciso viver com os pés na terra e coração no céu, lembrando-se de  que somos filhos amados de Deus; herdeiros do céu, participantes, como dizia Paulo VI, do banquete da vida.
Ser Feliz no Ano Novo é cultivar a alegria que vem da fé e confiança em Deus; superando todo pessimismo, mau humor, tristeza e reclamação.
Para ser Feliz em 2014 será preciso decidir viver uma vida de oração, sem deixar de rezar jamais, assim será possível vencer cada tribulação dos doze meses. A Eucaristia deverá ser o Pão que sustenta nossa fraqueza humana e nos cura dos males.
Pierre Auguste, um grande pintor francês, sofria de artrite, o que lhe causava dores profundas nas mãos. Um artista amigo, vendo-o pintar assim mesmo, então, lhe perguntou porque ele continuava a pintura assim mesmo. O grande pintor respondeu: “A dor passa, mas a beleza permanece.”
Precisamos estar dispostos a pagar o preço pelo bem e pela beleza que permanece. Sem sacrifício não pode haver um Ano Feliz.

 O blog OCRISTAOMBC lhe deseja um Feliz Ano Novo!

As provas da Ressurreição de Jesus

500-jesus-318A Igreja não tem dúvida em afirmar que a Ressurreição de Jesus foi um evento histórico e transcendente. No §639 o Catecismo afirma: “O mistério da Ressurreição de Cristo é um acontecimento real que teve manifestações historicamente constatadas, como atesta o Novo Testamento. Já S. Paulo escrevia aos Coríntios pelo ano de 56: “Eu vos transmiti… o que eu mesmo recebi: Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras. Foi sepultado, ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Apareceu a Cefas, e depois aos Doze” (1Cor 15,3-4). O apóstolo fala aqui da viva tradição da Ressurreição, que ficou conhecendo após sua conversão às portas de Damasco.
O primeiro acontecimento da manhã do Domingo de Páscoa foi a descoberta do sepulcro vazio (cf. Mc 16, 1-8). Ele foi a base de toda a ação e pregação dos Apóstolos e foi muito bem registrada por eles. São João afirma: “O que vimos, ouvimos e as nossas mãos apalparam isto atestamos” (1Jo1,1-2). Jesus ressuscitado apareceu a Madalena (Jo 20, 19-23); aos discípulos de Emaús (Lc 24,13-25), aos Apóstolos no Cenáculo, com Tomé ausente (Jo 20,19-23); e depois, com Tomé presente (Jo 20,24-29); no Lago de Genezaré (Jo 21,1-24); no Monte na Galiléia (Mt 28,16-20); segundo S. Paulo “apareceu a mais de 500 pessoas” (1 Cor 15,6) e a Tiago (1 Cor 15,7).
S. Paulo atesta que Ele”… ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e foi visto por Cefas, e depois pelos Onze; depois foi visto por mais de quinhentos irmãos duma só vez, dos quais a maioria vive ainda hoje e alguns já adormeceram; depois foi visto por Tiago e, em seguida, por todos os Apóstolos; e, por último, depois de todos foi também visto por mim como por um aborto” (1 Cor 15, 3-8).
“Deus ressuscitou esse Jesus, e disto  nós todos somos testemunhas” (At 2, 32), disse São Pedro no dia de Pentecostes.  “Saiba com certeza toda a Casa de Israel: Deus o constituiu Senhor (Kýrios) e Cristo, este Jesus a quem vós crucificastes” (At 2, 36). “Cristo morreu e reviveu para ser o Senhor dos mortos e dos vivos”.(Rm 14, 9). No Apocalipse, João arremata: “Eu sou o Primeiro e o Último, o Vivente; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos, e tenho as chaves da Morte e da região dos mortos” (Ap 1, 17s).
Toda a pregação dos Discípulos estava centrada na Ressurreição de Jesus. Diante do Sinédrio Pedro dá testemunho da Ressurreição de Jesus (At 4,8-12). Em At 5,30-32 repete.  Na casa do centurião romano Cornélio (At 10,34-43), Pedro faz uma síntese do plano de Deus, apresentando a morte e a ressurreição de Jesus como ponto central. S. Paulo em Antioquia da Pisídia faz o mesmo (At 13,17-41).
A presença de Jesus ressuscitado era a manifestação salvífica definitiva de Deus, inaugurando uma nova era na História humana; era a força do Apóstolos. Jesus ressuscitado caminhou com eles ainda quarenta dias e criou a fé dos discípulos e não estes que criaram a fé no Ressuscitado.
A primeira experiência dos Apóstolos com Jesus ressuscitado, foi marcante e inesquecível: “Jesus se apresentou no meio dos Apóstolos e disse: “A paz esteja convosco!” Tomados de espanto e temor, imaginavam ver um espírito. Mas ele disse: “Por que estais perturbados e por que  surgem tais dúvidas em vossos corações? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu! “Apalpai-me e entendei que um espírito não tem carne nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, como, por causa da alegria, não podiam acreditar ainda e permaneciam surpresos, disse-lhes: “Tendes o que comer?” Apresentaram-lhe um pedaço de peixe assado. Tomou-o então e comeu-o diante deles”. (Lc 24, 34s)
Os Apóstolos não acreditavam a principio na Ressurreição do Mestre. Amedrontados, julgavam ver um fantasma, Jesus pede que o apalpem e verifiquem que tem carne e ossos. Nada disto foi uma alucinação, nem miragem, nem delírio, nem mentira, e nem fraude dos Apóstolos, pessoas muito realistas que duvidaram a principio da Ressurreição do Mestre. A custo se convenceram. O próprio Cristo teve que falar a Tomé: “Apalpai e vede: os fantasmas não têm carne e osso como me vedes possuir” (Lc 24,39). Os discípulos de Emaús estavam decepcionados porque “nós esperávamos que fosse Ele quem restaurasse Israel” (Lc 24, 21).
Estes depoimentos “de primeira hora”, concebidos e transmitidos pelos discípulos imediatos do Senhor, são argumentos suficientes para dissolver qualquer teoria que quisesse negar a ressurreição corporal de Cristo, ou falar dela como fraude. Esta fé não surgiu “mais tarde”, como querem alguns, na história das primeiras comunidades cristãs, mas é o resultado da missão de Cristo acompanhada dia a dia pelos Apóstolos.
Com  os Apóstolos aconteceu o processo exatamente inverso do que se dá com os visionários. Estes, no começo, ficam muito convencidos e são entusiastas, e pouco a pouco começam a duvidar da visão. Já com os discípulos de Jesus, ao contrário, no princípio duvidam. Não creem em seguida na Ressurreição. Tomé duvida de tudo e de todos e quer tocar o corpo de Cristo ressuscitado. Assim eram aqueles homens: simples, concretos, realistas. A maioria era pescador, não eram nem visionários nem místicos. Um grupo de pessoas abatidas, aterrorizadas após a morte de Jesus. Nunca chegariam por eles mesmos a um auto-convencimento da Ressurreição de Jesus. Na verdade, renderam-se a uma experiência concreta e inequívoca.
Impressiona também o fato de que os Evangelhos narram que as primeiras pessoas que viram Cristo ressuscitado são as mulheres que correram ao sepulcro. Isto é uma mostra clara da historicidade da Ressurreição de Jesus; pois as mulheres, na sociedade judaica da época, eram consideradas testemunhas sem credibilidade já que não podiam apresentar-se ante um tribunal. Ora, se os Apóstolos, como afirmam alguns, queriam inventar uma nova religião, por que, então, teriam escolhido testemunhas tão pouco confiáveis pelos judeus? Se os evangelistas estivessem preocupados em “provar” ao mundo a Ressurreição de Jesus, jamais teriam colocado mulheres como testemunhas.
Os chefes dos judeus tomaram consciência do significado da Ressurreição de Jesus, e, por isso,  resolveram apaga-la: “Deram aos soldados uma vultosa quantia de dinheiro, recomendando: “Dizei que os seus discípulos vieram de noite, enquanto dormíeis, e roubaram o cadáver de Jesus. Se isto chegar aos ouvidos do Governador, nós o convenceremos, e vos deixaremos sem complicação”. Eles tomaram o dinheiro e agiram de acordo com as instruções recebidas. E espalhou-se esta história entre os judeus até o dia de hoje” (Mt 28, 12-15). A ressurreição corporal de Jesus era professada tranquilamente pela Igreja nascente, sem que os judeus ou outros adversários a pudessem apontar como fraude ou  alucinação.
Os Apóstolos só podiam acreditar na Ressurreição de Jesus pela evidência dos fatos, pois não estavam predispostos a admiti-la; ao contrário, haviam perdido todo ânimo quando viram o Mestre preso e condenado; também para eles a ressurreição foi uma surpresa.
Eles não tinham disposições psicológicas para “inventar” a notícia da ressurreição de Jesus ou para forjar tal evento. Eles ainda estavam impregnados das concepções de um messianismo nacionalista e político, e caíram quando viram o Mestre preso e aparentemente fracassado; fugiram para não ser presos eles mesmos (Cf. Mt 26, 31s); Pedro renegou o Senhor (cf. Mt 26, 33-35). O conceito de um Deus morto e ressuscitado na carne humana era totalmente alheio à mentalidade dos judeus.
E a pregação dos Apóstolos era severamente controlada pelos judeus, de tal modo que qualquer mentira deles seria imediatamente denunciada pelos membros do Sinédrio (tribunal dos judeus). Se a ressurreição de Jesus, pregada  pelos Apóstolos não fosse real, se fosse fraude, os judeus a teriam desmentido, mas eles nunca puderam fazer isto.
Jesus morreu de verdade, inclusive com o lado perfurado pela lança do soldado. É ridícula a teoria de que Jesus estivesse apenas adormecido na Cruz.
Os vinte longos séculos do Cristianismo, repletos de êxito e de glória, foram baseados na verdade da Ressurreição de Jesus. Afirmar que o Cristianismo nasceu e cresceu em cima de uma mentira e fraude seria supor um milagre ainda maior do que a própria Ressurreição do Senhor.
Será que em nome de uma fantasia, de um mito, de uma miragem, milhares de fiéis enfrentariam a morte diante da perseguição romana? É claro que não. Será que em nome de um mito, multidões iriam para o deserto para viver uma vida de penitência e oração? Será que em nome de um mito, durante já dois mil anos, multidões de homens e mulheres abdicaram de construir família para servir ao Senhor ressuscitado? Será que uma alucinação poderia transformar o mundo? Será que uma fantasia poderia fazer esta Igreja sobreviver por 2000 anos, vencendo todas as perseguições (Império Romano, heresias, nazismo, comunismo, racionalismo, positivismo, iluminismo, ateísmo, etc.)? Será que uma alucinação poderia ser a base da religião que hoje tem mais adeptos no mundo (2 bilhões de cristãos)? Será que uma alucinação poderia ter salvado e construído a civilização ocidental depois da queda de Roma?  Isto mostra que o testemunho dos Apóstolos sobre a Ressurreição de Jesus era convincente e arrastava, como hoje.
Na verdade, a grandeza do Cristianismo requer uma base mais sólida do que a fraude ou a debilidade mental. É muito mais lógico crer na Ressurreição de Jesus do que explicar a potência do Cristianismo por uma fantasia de gente desonesta ou alucinada. Como pode uma fantasia atravessar dois mil anos de história, com 266 Papas, 21 Concílios Ecumênicos, e hoje com cerca de 4 mil bispos e 416 mil sacerdotes? E não se trata de gente ignorante ou alienada; muito ao contrário, são universitários, mestres, doutores.
Prof Felipe Aquino

Por que tudo nesta vida acaba?



Rosa MurchaAcho que você já perguntou por que tudo nesta vida é precário. A cada dia é preciso renovar uma série de procedimentos: dormir, tomar banho, alimentar-nos, renovar o desodorante vencido, a roupa suja, etc.. Tudo é precário, nada é duradouro, tudo deve ser repetido. A própria manutenção da vida depende do bater interminável do coração e do respirar contínuo dos pulmões. Todo o organismo repete sem cessar suas operações para a vida se manter. Tudo é transitório; nada eterno. Toda criança se tornará um dia adulta e, depois, idosa. Toda flor que se abre logo estará murcha, Todo dia que nasce logo se esvai… e assim tudo passa, tudo é transitório, Por que será? Qual a razão de nada ser duradouro? Compra-se uma camisa nova, e logo já está surrada; compra-se um carro novo, e logo ele estará bastante rodado e vencido por novos modelos…
Na verdade Deus dispôs tudo de modo que nada fosse sem fim aqui nesta vida. Por amor e bondade. Qual seria o desígnio de Deus nisso?
A razão profunda dessa realidade e que Deus nos quer dizer que esta vida é apenas uma “passagem”, um aperfeiçoamento, em busca de uma vida duradoura, eterna, perene, muito melhor, onde a felicidade não se acaba e não diminui. O Céu! O Pai quer dar ao filho o que tem de melhor.
Em cada flor que murcha e em cada homem que falece, sinto Deus nos dizer: “Não se prendam a esta vida transitória. Preparem-se para aquela que é eterna, muito melhor, onde tudo será duradouro, e nada precisará ser renovado dia a dia. Não haverá mais choro e nem lágrimas”.
E isto mostra-nos também que a vida está em nós, mas não é nossa. Quando vemos uma bela rosa murchar, é como se ela estivesse cpa_entrai_pela_porta_estreitanos dizendo que a beleza está nela, mas não lhe pertence. Quando vemos uma bela mulher envelhecer, é como se dissesse, a beleza está em mim, mas não me pertence… Não adianta querermos construir o céu aqui nesta terra. A matéria não é Deus; ela foi criada; e tudo que foi criado um dia se acaba.
Ainda assim, mesmo com essa lição permanente que Deus nos dá, muitos de nós somos levados a viver como aquele homem rico da parábola narrada por Jesus, que abarrotou seus celeiros de víveres e disse à sua alma: “Descansa, come, bebe e regala-te” (Lc 12,19). Insensato!
A efemeridade das coisas nos ensina que aquilo que não passa, que não se esvai, que não morre, é aquilo de bom que fazemos para nós mesmos e, principalmente, para os outros. Os talentos multiplicados no dia-a-dia, a perfeição da alma buscada na longa caminhada de uma vida de meditação, de oração, de piedade, essas são as coisas que não passam, que o vento do tempo não leva e que, finalmente, nos abrirão as portas da vida eterna e definitiva, quando “Deus será tudo em todos” (cf. I Cor 15,28).
Aqueles que não creem na eternidade jamais se conformarão com a precariedade desta vida terrena, pois sempre sonharão com a construção do céu nesta terra. Isso é impossível. Só com os olhos no céu podemos viver bem na terra.
Do livro Entrai Pela Porta Estreita – Prof. Felipe Aquino

Série Teologia do Corpo: Parte 5


tumblr_ltylfe6yZf1r1mataTeologia do Corpo e Castidade
Infelizmente, hoje se tem um conceito muito deformado sobre a castidade; alguns pensam que castidade é não ter vida sexual, e não é isso; castidade é ter vida sexual sim, mas correta, de acordo com o sábio plano de Deus.
A Igreja ensina que “o prazer sexual é moralmente desordenado quando é buscado por si mesmo, isolado das finalidades de procriação e de união do casal unido em matrimônio. Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado  da faculdade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade” (§2351).
O mundo moderno, que busca a realização apenas no consumismo, no prazer e na ostentação, perdeu o valor da castidade, o seu brilho e a sua grandeza; é preciso que isso seja resgatado. A lâmpada da pureza e da virgindade foi escondida sob a mesa e apagadas do candelabro. O mundo olha hoje a castidade como algo que “cheira a bolor”, mas se esquece que foi exatamente do bolor que Alexandre Fleming descobriu a penicilina, que salvou milhões de vidas. A redescoberta da castidade poderá fazer o mesmo hoje.
A Teologia do Corpo, de certa forma pode-se dizer que é a “teologia da castidade”, a beleza do relacionamento sexual dentro do plano de Deus. Vale a pena refletir no que dizia o Mahatma Gandhi, que libertou a Índia, e que não era cristão, mas amava Jesus:
“A castidade não é uma cultura de estufa… A castidade é uma das maiores disciplinas, sem a qual a mente não pode alcançar a firmeza necessária”.
“A vida sem castidade parece-me vazia e animalesca”.
“Um homem entregue aos prazeres perde o seu vigor, torna-se efeminado e vive cheio de medo. A mente daquele que segue as paixões baixas é incapaz de qualquer grande esforço”. (Tomás Tochi, “Gandhi, mensagem para hoje”, Ed.  Mundo 3, SP, pp. 105ss,1974).
Santo Agostinho dizia: “se queres ser feliz, sê casto”. Como dizia John Spalding, sabemos que “as civilizações não perecem por falta de cultura e de ciência, mas por falta de princípios morais”. Um homem só é digno deste nome quando aprende a submeter o seu corpo e os seus instintos à sua vontade. Diz o livro dos Provérbios, que vale mais um homem que domina a si mesmo do que aquele que conquista uma cidade.
O Catecismo da Igreja mostra a grandeza da castidade: “A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa e, com isso, a unidade interior do homem em seu ser corporal e espiritual. A sexualidade, na qual se exprime a pertença do homem ao mundo corporal e biológico, torna-se pessoal e verdadeiramente humana quando é integrada na relação de pessoa a pessoa, na doação mútua integral e temporalmente ilimitada do homem e da mulher” (§2337). A virtude da castidade comporta, portanto, a integridade da pessoa e a integralidade da doação. A pessoa casta mantém a integridade das forças vitais de amor depositadas nela. Esta integridade garante a unidade da pessoa e se opõe a todo comportamento que venha feri-la; não tolera nem a vida dupla nem a linguagem dupla.
Prof. Felipe Aquino

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Reflexão do Evangelho de hoje “João viu e acreditou”

São João, o discípulo amado dá testemunho de todas as coisas que aconteceram com Jesus depois da Sua Morte e Ressurreição para que nós também acreditemos. Por isso, hoje podemos meditar no Evangelho em que é narrada a ressurreição de Jesus  e que tem em São João um dos protagonistas deste acontecimento. Quando Maria Madalena deu aos discípulos a notícia de que “tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram”, nós verificamos que os primeiros a correrem ao túmulo, foram Simão Pedro, que se afigurava como líder de todos e o discípulo que se considerava o mais amado por Jesus, no caso, João. Jesus já os havia advertido e anunciado a eles o que iria lhe acontecer, porém eles estavam ainda como que cegos. Mesmo diante de tantas evidências, de tantos sinais eles ainda não tinham tido o entendimento completo.  Por isso, nós imaginamos o que não terá se passado dentro dos seus corações e qual não deve ter sido a sua surpresa quando chegaram ao túmulo de Jesus. Estavam agora em busca do corpo de Jesus. Procuravam um morto, mas Jesus estava vivo. Porém o fato de eles terem ido rapidamente à busca do que “ouviam falar” comprova para nós a fé que os movia. A surpresa transformou-se em alegria depois que eles viram Jesus e  puderam perceber a comprovação de tudo que Jesus lhes havia anunciado. E nós? O que estamos esperando para assumir de vez a nossa condição de homens e mulheres salvos em Jesus Cristo?  Aonde O temos procurado?  Será que nós conseguimos vê-Lo na hora da escuridão? Será que, a fé e a esperança ainda nos movem ou ainda estamos parados (as), inertes esperando alguma coisa que já aconteceu? – Reflita –   Será que você tem procurado Jesus no túmulo quando lá só existem os vestígios?  – Onde verdadeiramente Jesus está na sua vida?   - Você também acredita como se estivesse estado presente? – Você se considera um (a) discípulo (a) amado (a)?  Por que?

Evangelho de hoje - Jo 20,2-28

Evangelho - Jo 20,2-28
O outro discípulo correu mais depressa que Pedro,
e chegou primeiro ao túmulo.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,2-28

No primeiro dia da semana,
2Maria Madalena saiu correndo
e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo,
aquele que Jesus amava,
e lhes disse:
"Tiraram o Senhor do túmulo,
e não sabemos onde o colocaram".
3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo
e foram ao túmulo.
4Os dois corriam juntos,
mas o outro discípulo
correu mais depressa que Pedro
e chegou primeiro ao túmulo.
5Olhando para dentro,
viu as faixas de linho no chão,
mas não entrou.
6Chegou também Simão Pedro,
que vinha correndo atrás,
e entrou no túmulo.
Viu as faixas de linho deitadas no chão
7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não posto com as faixas,
mas enrolado num lugar à parte.
8Então entrou também o outro discípulo,
que tinha chegado primeiro ao túmulo.
Ele viu, e acreditou.
Palavra da Salvação.

Celebração do Ângelus Papa denuncia discriminação contra cristãos

O pontífice realizou a tradicional oração do meio-dia para milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro

Cidade do Vaticano. O papa Francisco denunciou ontem a discriminação contra cristãos, inclusive em países onde a liberdade religiosa é, teoricamente, garantida por lei.

O papa Francisco explicou que na data de ontem se celebra São Estevão, que foi o primeiro mártir da Igreja, e lembrou seu martírio por apedrejamento e como perdoou seus agressores no momento de sua morte Foto: REUTERS
O pontífice realizou a tradicional oração de meio-dia e discursou para milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro na data em que a Igreja Católica celebra Santo Estêvão, o primeiro mártir do cristianismo.

O pontífice argentino, de 77 anos, explicou que "a festa São Estêvão está em plena sintonia com o profundo significado do Natal, já que no martírio o amor venceu a violência".

"A memória do primeiro mártir dissolve a falsa imagem do Natal, essa imagem de contos de fada, adocicada, que no Evangelho não existe", explicou. O papa pediu à multidão um minuto de oração silenciosa.

Testemunho

"Peço que rezem, em particular, pelos cristãos que sofrem discriminação por causa do testemunho em nome de Cristo e do Evangelho", disse Francisco a um público pouco numeroso devido ao vento e à chuva que atingem a Itália.

Francisco, que celebra o Natal pela primeira vez como papa, disse que "limitações e discriminações" contra os cristãos acontecem não apenas em países que não garantem a liberdade religiosa completa, mas também em lugares onde "no papel, a liberdade e os direitos humanos são protegidos", comentou.

"Essa injustiça precisa ser denunciada e eliminada", afirmou. Francisco não especificou nenhum país, mas o Vaticano há bastante tempo pede que a Arábia Saudita, onde ficam os lugares mais sagrados do islamismo, suspenda as restrições a orações de cristãos em público.

Diversos incidentes de intolerância religiosa aconteceram em 2013 em países com minoria cristã como Egito, Indonésia, Iraque, Sudão, Nigéria e outros lugares onde os direitos são protegidos por lei.

Francisco, saindo do discurso preparado, disse ter certeza que os cristãos que sofrem com discriminação e violência "são mais numerosos hoje do que nos primeiros dias da Igreja".

No passado, o Vaticano já manifestou preocupação com o que o ex-papa Bento 16 descreveu como as "formas sofisticadas de hostilidade" contra os cristão em países ricos, como restringir o uso de símbolos religiosos em locais públicos.

Compromisso de amor
O papa terminou seu discurso de hoje pedindo que este Natal suscite um "generoso compromisso de amor e que no interior das famílias e das várias comunidades se viva esse clima de fraternidade e de entendimento que tanto ajuda o bem comum".

Depois Francisco explicou que na data se celebra São Estêvão, que foi o primeiro mártir da Igreja, e lembrou seu martírio por apedrejamento e como perdoou seus agressores no momento de sua morte.

"Vocês não têm medo da chuva?", perguntou, brincando, o papa aos fiéis.

Série Teologia do Corpo: Parte 3



logoPapa João Paulo II e a Teologia do Corpo
Um dos grandes legados que o Papa João Paulo II nos deixou foram as suas Catequeses sobre o que ele chamou de “Teologia do Corpo”, que dá um sentido profundo à sexualidade da vida humana. É um ensinamento que aos poucos vai sendo mais bem entendido, amado e propagado.
É uma coleção de 129 pequenos discursos do Papa, que na verdade já marcaram o início de uma “contra-revolução sexual”, que está mudando vidas e que está se espalhando por todo o mundo. É uma mensagem de “salvação sexual” oferecida para nós hoje com o objetivo de resgatar a ética sexual que o século XX destruiu com a lamentável “revolução sexual”.
Antes de ser eleito Papa, João Paulo II estudou sobre São João da Cruz e se aprofundou na questão do amor humano. Trabalhava com casais na Polônia e escreveu alguns livros, dentre eles “Amor e Responsabilidade”. Essas catequeses foram de 1979  a 1984, chamadas de “O amor humano no plano divino”, ou  “Teologia do Corpo”.
O Papa ensinou que a teologia do corpo é um chamado a experimentar a redenção de nossos corpos, um chamado para redescobrir naquilo que é erótico o significado original da sexualidade, que é o próprio significado da vida. E esse é o primeiro passo a se tomar para renovar o mundo.
A combinação de secularismo, materialismo e hedonismo levou o mundo a uma mudança social perturbadora. A revolução sexual, iniciada nos anos 60, afastou a sociedade do autêntico significado da vida humana e do amor matrimonial. Por causa do pecado e seus efeitos, o sentido do corpo humano foi colocado sob suspeita. O sentido da vida humana foi reduzido tristemente à mera satisfação de apetites e desejos.
De maneira nova, o Papa mostrou com maestria a grandeza, o significado teológico e a dignidade do corpo humano. Ele ensina que, sendo criaturas físicas, corporais, não podemos ver Deus, porque Ele é puro espírito e invisível. Mas Deus quis tornar visível para nós seu mistério, e para isso estampou em nossos corpos um sinal Dele, criando-nos homem e mulher em sua própria imagem (Gen 1, 27). A grandeza do corpo está então nessa função de refletir a Trindade, “uma comunhão inexplicável de [três] Pessoas” (14/11/1979). O Papa disse:
“É ilusão pensar que se pode construir uma verdadeira cultura da vida humana se não… compreendermos e vivermos a sexualidade, o amor e toda a existência de acordo com seu verdadeiro sentido e na sua íntima correlação” (O Evangelho da Vida, n. 97).
Prof. Felipe Aquino

Pedro em Roma


S_PedroAqui estão as provas da vida e da morte de Pedro em Roma. O fato é confirmado por dois escritores do séc II (S. Ireneu) e sec IV (Tertuliano, na obra História Eclesiástica, Ed. Paulus)
Santo Ireneu (?202): (desde o primeiro século, a Igreja de Roma tinha a primazia do ensino).
“Porque é com essa Igreja (de Roma), em razão de sua mais poderosa autoridade de fundação, que deve necessariamente concordar toda igreja, isto é, que devem concordar os fiéis procedentes de qualquer parte, ela, na qual sempre, em benefício dos que procedem de toda parte, se conservou a tradição que vem dos apóstolos” (Contra as Heresias).
Eusébio de Cesaréia (?340):
“Pedro e Paulo, indo para a Itália, vos transmitiram os mesmos ensinamentos e por fim sofreram o martírio simultaneamente” (História Eclesiástica, II 25,8)
Santo Ireneu apresenta a primeira lista dos doze primeiros Papas da Igreja, até o décimo segundo, até Eleutério, Papa do seu tempo. Todos sucessores de Pedro, em Roma:
“Ora, dado que seria demasiado longo… enumerar as sucessões de todas as Igrejas, tomaremos a máxima igreja, muito antiga e conhecida de todos, fundada e construída em Roma pelos dois gloriosíssimos apóstolos Pedro e Paulo; mostraremos que a tradição que ela tem, dos mesmos, e a fé que anunciou aos homens, chegaram até nós por sucessões de bispos”…
“Porque, é com esta Igreja (de Roma), em razão de sua mais poderosa autoridade de fundação, que deve necessariamente concordar toda a Igreja… na qual sempre se conservou a tradição que vem dos Apóstolos”.
“Depois de ter fundado e edificado a Igreja, os bem-aventurados apóstolos transmitiram a Lino o cargo do episcopado… Anacleto o sucedeu. Depois, em terceiro lugar a partir dos apóstolos, é a Clemente que cabe o episcopado. Ele tinha visto os próprios apóstolos, estivera em relação com eles; sua pregação ressoava-lhe aos ouvidos; sua tradição estava presente ainda aos seus olhos. Aliás ele não estava só, havia em sua época muitos homens instruídos pelos apóstolos…
A Clemente sucede Evaristo; a Evaristo, Alexandre; em seguida… Sixto, depois Telésforo, também glorioso por seu martírio; depois Higino, Pio, Aníceto, Sotero… Eleutério em 12º lugar a partir dos Apóstolos”.
“É nesta ordem e sucessão que a tradição dada à Igreja desde os apóstolos, e a pregação da verdade, chegaram até nós. E está aí uma prova muito completa de que é única e sempre a mesma, a fé vivificadora que, na Igreja desde os Apóstolos, se conservou até o dia de hoje e foi transmitida na verdade” (III, 2,2).
O TÚMULO DE PEDRO ENCONTRADO EM ROMA
São Pedro foi martirizado e sepultado em Roma.  As escavações realizadas sob a basílica do Vaticano nos últimos decênios, bem como os escritores antigos, confirmam isto. Os arqueólogos descobriam um túmulo cristão sob a basílica vaticana, em meio a túmulos pagãos. Esse túmulo cristão tinha acesso por uma via que devia ser muito frequentada. Foram encontradas junto a esse túmulo numerosas inscrições a carvão (graffiti), fazendo menção ao Apóstolo Pedro. Encontraram ossos de um indivíduo de 60 a 70 anos, que é muito provavelmente de S. Pedro. Quando Pedro morreu, no ano 67, os cristãos ainda não tinham cemitérios próprios, e por isso o enterraram em um cemitério pagão. Foi o imperador romano Constantino, filho de Santa Helena, que convertido ao Cristianismo, construiu a basílica de S. Pedro, no século IV. É  importante notar que ele podia ter escolhido, ao lado do local onde a Basílica foi construída, um terreno mais adequado, plano e grande: o chamado “Circo de Nero”. Ao contrário, mandou edificar a Basílica sobre um terreno fortemente inclinado e já ocupado por um cemitério, que era um local respeitado pelos romanos. Se Constantino preferiu o local acidentado e “desrespeitou” o cemitério, construindo sobre ele a Basílica, é porque deve ter tido uma razão forte, exatamente a presença do túmulo de São Pedro ali.
Por todas essas razões os Bispos de Roma são os  sucessores de Pedro, com jurisdição sobre toda a Igreja. A Igreja Católica é chamada também de Romana por ter a sua sede, a Santa Sé, em Roma. Esta denominação, embora não seja uma exigência doutrinária, não é gratuita. Firmando a sede da Sua Igreja exatamente no coração do Império Romano, aquele que quis destruir a Igreja, que sacrificou milhares de mártires,  com isto Cristo mostrou ao mundo que a Sua Igreja é invencível, e que jamais os poderes do inferno a vencerão. Sua promessa se cumpre. O império romano, talvez o maior império que a humanidade já conheceu, não conseguiu  vencer aqueles Doze homens simples da Galiléia; ao contrário, foi “engolido” pelo cristianismo. No ano 313 o imperador Constantino, filho de Santa Helena, assinava o Edito de Milão, que acabava com a perseguição contra os cristãos em todo o império. Pouco tempo depois, o imperador Teodósio oficializava o cristianismo como a religião  oficial do império…