sábado, 28 de dezembro de 2013

Série Teologia do Corpo: Parte 5


tumblr_ltylfe6yZf1r1mataTeologia do Corpo e Castidade
Infelizmente, hoje se tem um conceito muito deformado sobre a castidade; alguns pensam que castidade é não ter vida sexual, e não é isso; castidade é ter vida sexual sim, mas correta, de acordo com o sábio plano de Deus.
A Igreja ensina que “o prazer sexual é moralmente desordenado quando é buscado por si mesmo, isolado das finalidades de procriação e de união do casal unido em matrimônio. Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado  da faculdade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade” (§2351).
O mundo moderno, que busca a realização apenas no consumismo, no prazer e na ostentação, perdeu o valor da castidade, o seu brilho e a sua grandeza; é preciso que isso seja resgatado. A lâmpada da pureza e da virgindade foi escondida sob a mesa e apagadas do candelabro. O mundo olha hoje a castidade como algo que “cheira a bolor”, mas se esquece que foi exatamente do bolor que Alexandre Fleming descobriu a penicilina, que salvou milhões de vidas. A redescoberta da castidade poderá fazer o mesmo hoje.
A Teologia do Corpo, de certa forma pode-se dizer que é a “teologia da castidade”, a beleza do relacionamento sexual dentro do plano de Deus. Vale a pena refletir no que dizia o Mahatma Gandhi, que libertou a Índia, e que não era cristão, mas amava Jesus:
“A castidade não é uma cultura de estufa… A castidade é uma das maiores disciplinas, sem a qual a mente não pode alcançar a firmeza necessária”.
“A vida sem castidade parece-me vazia e animalesca”.
“Um homem entregue aos prazeres perde o seu vigor, torna-se efeminado e vive cheio de medo. A mente daquele que segue as paixões baixas é incapaz de qualquer grande esforço”. (Tomás Tochi, “Gandhi, mensagem para hoje”, Ed.  Mundo 3, SP, pp. 105ss,1974).
Santo Agostinho dizia: “se queres ser feliz, sê casto”. Como dizia John Spalding, sabemos que “as civilizações não perecem por falta de cultura e de ciência, mas por falta de princípios morais”. Um homem só é digno deste nome quando aprende a submeter o seu corpo e os seus instintos à sua vontade. Diz o livro dos Provérbios, que vale mais um homem que domina a si mesmo do que aquele que conquista uma cidade.
O Catecismo da Igreja mostra a grandeza da castidade: “A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa e, com isso, a unidade interior do homem em seu ser corporal e espiritual. A sexualidade, na qual se exprime a pertença do homem ao mundo corporal e biológico, torna-se pessoal e verdadeiramente humana quando é integrada na relação de pessoa a pessoa, na doação mútua integral e temporalmente ilimitada do homem e da mulher” (§2337). A virtude da castidade comporta, portanto, a integridade da pessoa e a integralidade da doação. A pessoa casta mantém a integridade das forças vitais de amor depositadas nela. Esta integridade garante a unidade da pessoa e se opõe a todo comportamento que venha feri-la; não tolera nem a vida dupla nem a linguagem dupla.
Prof. Felipe Aquino

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