terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Série Teologia do Corpo: Parte 1


tumblr_lz521skJuv1qe24hwEste é o primeiro artigo de uma série que será publicada semanalmente.
Consideramos importante divulgar conceitos da chamada “Teologia do Corpo”, em pequenos artigos para a formação. Afinal, esta Teologia, evidenciada de maneira especial pelo Papa João Paulo II, tem como objetivo revelar toda a beleza e a importância do corpo humano, fazendo com que seja respeitado e não profanado. Sendo assim, é de fundamental nesta abordagem o estudo da castidade, ou seja, o valor da vida sexual no lugar correto que tem no plano de Deus.
O que é a Teologia do Corpo?
O cristianismo sempre valorizou o corpo humano por entender que ele é bom. Desde os primeiros séculos, a Igreja combateu o terrível maniqueísmo gnóstico dualista que considerava a existência de dois deuses, um do bem e outro do mal, sendo que tudo que era material era entendido como obra do deus mal. Assim, o corpo era considerado mau e desprezado.
A fé cristã nunca aceitou isso e sempre viu no corpo uma bela obra de Deus, que quis que o homem fosse uma unidade de corpo e alma. Depois de criar o homem “Deus viu que tudo era muito bom” (Gen 3,21). Sobretudo, o mistério da Encarnação do Verbo divino, o Filho de Deus que assume a nossa carne, fez a Igreja entender mais ainda a grandeza do corpo humano, e assim, valorizá-lo e protegê-lo desde a gestação materna. É com o nosso corpo que nos relacionamos com os outros, com a natureza e com o cosmos. Ele não é apenas uma máquina fria, sem expressão. Nós não temos um corpo, mas somos um corpo.
Na pessoa humana o corpo é o sinal, o instrumento privilegiado do espírito; é um reflexo da vida interior, tanto que todos podem ver nele o cansaço do espírito, a depressão da alma, ou a alegria por ele expressa. A teologia e a filosofia do corpo humano se unem aos estudos modernos da sociologia do corpo.
Para o cristão, a pessoa humana é uma vida espiritual no corpo; matéria e espírito são duas dimensões ontológicas do seu único ser. Contudo, o corpo não é uma “prisão da alma” como entendia Platão, influenciado pelo gnosticismo dualista. Aristóteles, por outro lado, julgava erroneamente que o homem fosse apenas um membro da espécie humana e sem valor individual. O filósofo Porfírio afirmava que Plotino “tinha o aspecto de alguém que se envergonha de estar em um corpo”.
Na filosofia cristã, ao contrário, o homem todo é obra boa de Deus e esta filosofia o fez ser visto como pessoa racional, valorizando todas as suas atividades físicas, racionais, psicológicas e espirituais. Isso deu à Civilização Ocidental um ganho extraordinário.
A Teologia do Corpo, evidenciada de maneira especial pelo Papa João Paulo II, tem como objetivo revelar toda a beleza e a importância do corpo humano, fazendo com que seja respeitado e não profanado. Ligado estritamente com isto está o estudo da castidade, isto é, o valor da vida sexual no lugar correto que tem no plano de Deus, no casamento. Fora disso o corpo é desrespeitado e a pessoa humana diminuída.

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