Celebramos junto a memória de Santa Luzia, Virgem e mártir, o dia de
nossos irmãos cegos e dos que padecem doenças ou deficiências visuais.
A eles nossa oração e solidariedade, unindo-nos a suas lutas pelo
reconhecimento dos seus direitos.
Lembramos a vida de José
Alvares de Azevedo, jovem cego que introduziu o sistema braille no
Brasil em1850, sendo sinal de um testemunho generoso e altruísta em
favor de aqueles que como ele precisavam de ser integrados no
aprendizado e na participação da cultura, superando as deficiências
visuais. Mas Santa Luzia nos ajuda a viver e preparar o Natal,
purificando nosso olhar, desembaçando-o de tantas luzes falsas ou
traves que nos impedem ver a realidade com amor e esperança.
Ficamos
como que aturdidos por uma propaganda mercantil que apela para o
consumismo natalino. As pressões sociais de eventos de encerramento do
ano, distraem nossa visão do verdadeiro foco. Com um coração puro e
virginal é importante concentrar nosso olhar fixo em Cristo que vem para
nos salvar.
Ele que é o verdadeiro e único presente como dom do
Pai que é capaz de dar-nos a felicidade. Renunciemos como Santa Luzia
as idolatrias que nos consomem e escravizam, para com Jesus tornar a
nossa vida e história num presépio acolhedor, onde brilhe a luz da fé
que transforma e liberta.
Que tenhamos a coragem de Santa Luzia
de libertar-nos daquelas programações ou roteiros que outros querem
impor para nossas vidas, aceitando com alegria o custo da opção radical
por Cristo. Inspirados com o olhar límpido dos pastores da noite de
Natal ou a visão dos santos reis que desejavam encontrar o Messias e a
sabedoria, possamos ver Jesus para adorá-lo e glorificá-lo, construindo
com os pobres e os oprimidos um Novo Reino de justiça, paz e
fraternidade, pois, como afirma Santo Irineu a Gloria de Deus é a vida
plena da pessoa humana. Deus seja louvado!
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