O imperador Constantino, também
conhecido como Constantino Magno (O Grande) ou Constantino I, nasceu em
274 e faleceu em 337, foi imperador durante 31 anos: de 306 a 337. Era
filho de Constâncio Cloro e Helena, uma cristã que se tornou Santa
Helena. Casou-se com Faustina, filha de Maximiliano Hércules.
No início século quarto, o cristianismo
já estava espalhado por quase todo o mundo, penetrando até na classe
nobre e era muito perseguido pelos imperadores que tentavam a todo
custo, com o poder das armas destruir o poder da fé, mas não conseguiam.
Após a morte do imperador Galério o
poder ficou dividido entre Maxênico que se intitulou imperador; e
Constantino, aclamado como imperador pelos soldados. Os dois
ambicionavam pelo poder absoluto, tal luta se encerrou no dia 28 de
outubro de 312, com a vitória de Constantino junto à Ponte Mílvia.
Ocorre que Constantino viu no céu uma cruz com a inscrição “In hoc signo
vinces” – “Com este sinal vencerás” – este foi um marco para sua
conversão, que não se deu de uma hora para outra, foi batizado somente
em 337, no fim de sua vida.
Em 313 deu liberdade de culto aos
cristãos com o chamado Edito de Milão : “Havemos por bem anular por
completo todas as retrições contidas em decretos anteriores, acerca dos
cristãos – restrições odiosas e indignas de nossa clemência – e de dar
total liberdade aos que quiserem praticar a religião cristã”. Era Papa
Melcíades, que se tornou São Melcíades, o 32º Papa, tendo Pedro como o
1º. Assim não há que se falar que Constantino é o fundador da Igreja de
Cristo, ele apenas deu liberdade aos cristãos, acabando com dois séculos
e meio de perseguição e martírio.
Então quem fundou a Igreja Católica?
Foi o próprio Senhor Jesus Cristo.
A palavra igreja deriva de outra palavra
grega que significa assembleia convocada. Neste sentido a Igreja é a
reunião de todos os que respondem ao chamado de Jesus:
“…ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor” (Jo 10,16).
Jesus Cristo tinha intenção de fundar
uma Igreja, a prova bíblica de sua intenção, encontramos em (Mt 16,18):
“Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do
inferno não prevalecerão contra ela”.
Outras passagens são também importantes para constatarmos o propósito de Jesus em fundar a Igreja:
A escolha dos doze apóstolos:
- Depois subiu ao monte e chamou os que
ele quis. E foram a Ele. Designou doze entre eles para ficar em sua
companhia”. (Mc 3,13-14).
- A escolha precisa de doze apóstolos
tem um significado muito importante. O Senhor lança os fundamentos do
novo povo de Deus. Doze eram as tribos de Israel, surgidas dos doze
filhos de Jacá; doze foram os apóstolos para testemunhar a continuidade
do Plano de Deus por meio da Igreja.
A Última Ceia
“Tomou em seguida o pão e, depois de ter
dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é
dado por vós; fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo tomou também o
cálice, depois de cear, dizendo: Este é o cálice da nova aliança em meu
sangue, que é derramado por vós…” (Lc 22,19-20).
Assim como era costume para os judeus,
Jesus também reuniu os seus apóstolos para celebrar a páscoa. Durante
esta cerimônia foi celebrada a última ceia. Jesus se apresenta como o
novo e verdadeiro cordeiro, dá aos seus seguidores o alimento do Seu
corpo e sangue.
As palavras “fazei isto em memória de
mim” apresentam o distintivo do novo povo de Deus. Deste modo, a última
ceia passou a ser o alicerce e o centro da vida da Igreja que estava
nascendo. Afinal, por meio da ceia o Senhor se torna de um modo mais
forte presente entre o seu povo.
E, finalmente, segundo Santo Agostinho, a
Igreja começou “onde o Espírito Santo desceu do céu e encheu 120
pessoas que se encontravam na sala do Cenáculo”. O derramar do Espírito,
em Pentecostes, foi como a inauguração oficial da Igreja para o mundo.
Estamos vivendo um momento do cristianismo onde muitas igrejas são criadas a cada momento:
Estamos vivendo um momento do cristianismo onde muitas igrejas são criadas a cada momento:
Os luteranos foram fundados por Martinho Lutero em 1524.
Os anglicanos pelo rei Henrique VIII em 1534, porque o Papa não havia permitido seu divórcio para se casar com Ana Bolena.
Os presbiterianos por John Knox em 1560.
Os batistas por John Smith em 1609.
Os metodistas por John wesley em 1739 quando decidiu separar-se dos anglicanos.
Os adventistas do sétimo dia começaram com Guilherme Miller e Helen White no século passado.
A congregação cristã do Brasil fundada por Luigi Francescom em 1910.
As assembléias de Deus têm sua origem no
despertar pentecostal de 1900 nos EUA. Muitas pessoas saíram de
diferentes igrejas evangélicas para formar novas congregações
pentecostais. Em 1914 mais de cem destas novas igrejas se juntaram para
formar esta nova organização religiosa.
A igreja do evangelho quadrangular foi
fundada na década de 20 pela missionária canadense Aimeé Semple
McPathersom, que passou da igreja batista para a pentecostal.
A igreja Deus é amor foi fundada por David Miranda em 1962.
A renascer em Cristo surgiu a alguns anos, fundada po Estevan Hernandez.
A igreja universal do reino de Deus surgiu em 1977, fundada por Edir Macedo.
Isto além de outras denominações menores
que foram surgindo a partir dessa, cada uma delas sendo fundadas por
homens, com diferenças em suas doutrinas e cultos. A pergunta é simples:
Como o Espírito Santo poderia animar tantas divisões, Ele que é fonte
de unidade? Como identificar a Igreja de Cristo?
No credo do Primeiro Concílio de
Constantinopla (ano 381), são apresentados os traços que permitem
reconhecer os sinais da Igreja de Cristo:
“Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica”
“Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica”
UNA: A Igreja deve ser
UMA do mesmo modo como existe “um só Senhor, uma só fé, um só batismo”
(Ef 4,5). A intenção de Jesus Cristo foi fundar uma só Igreja.
SANTA: em virtude do seu fundador: Jesus Cristo. Foi ela que recebeu uma promessa fundamental:
“…as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16,18).
Deste modo, a razão da própria
existência da Igreja está em ser um instrumento de santificação dos
homens: “Santifico-me por eles para que também eles sejam santificados
pela verdade” (Jo 17,19).
CATÓLICA: porque foi
estabelecida para reunir os homens de todos os povos, para formar o
único povo de Deus: “Ide, pois, ensinai a todas as nações; batizai-as em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19).
APOSTÓLICA: porque está
construída sobre o “fundamento dos Apóstolos…” (Ef 2,20). A garantia da
legitimidade da Igreja está na continuidade da obra de Jesus por meio
da sucessão apostólica. Tudo o que Jesus queria para a sua Igreja foi
entregue aos cuidados dos apóstolos: a doutrina, os meios para
santificação e a hierarquia. Quando surgiu a “expressão” Igreja
católica?
A palavra católica em relação à Igreja
foi usada pela primeira vez no segundo século da era cristã por Santo
Inácio bispo de Antioquia, na carta dirigida aos esmirnenses: “Onde quer
que se apresente o bispo, ali também esteja a comunidade, assim como a
presença de Jesus nos assegura a presença da Igreja católica”(8,2).
Foi empregada para destacar o sentido
universal da Igreja de Cristo. Aos poucos a palavra católica foi sendo
usada para definir aqueles que estavam de fato seguindo a doutrina de
Jesus. No final do século II, a igreja cristã já era conhecida como
Igreja católica.
Qual é a única Igreja de Cristo?
Encontramos a resposta em uma afirmação
do Concílio Vaticano II: “A única Igreja de Cristo (…) é aquela que
nosso Salvador, depois da sua Ressurreição, entregou a Pedro para
apascentar (Jo 21,17) e confiou a ele e aos demais apóstolos para
propagá-la e regê-la (Mt 28,l8ss), levantando-a para sempre como coluna
da verdade (1Tm 3,15)… Esta Igreja(…) subsiste na Igreja católica
governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele” (LG
8).
Examinando os textos bíblicos já apresentados, somos levados a concluir que Jesus fundou somente uma Igreja.
A Pedro disse: “…sobre esta pedra
edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18); apresentou-se como o bom pastor
dizendo: “…haverá um só rebanho e um só pastor” (Jo 1016); na sua oração
sacerdotal orou ao Pai: “…para que sejam um, como nós somos um… para
que sejam perfeitos na unidade…” (Jo 17,22.23).
Jesus só pode ser a cabeça de um corpo,
do mesmo modo como somente pode desposar uma noiva, assim como Deus teve
somente um povo entre os vários povos.
Entretanto, a Igreja católica reconhece
que nestes quase 2000 anos de cristianismo os homens, por causa de seus
pecados, arranharam a unidade do Corpo de Cristo. Essas divisões fizeram
surgir novas denominações. Observa a Igreja que em muitas delas existem
“elementos de santificação e de verdade” (LG 8).
Fonte: www.veritatis.com.br
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