Numa sociedade onde impera o individualismo, a competitividade, o povo vai se distanciando cada vez mais do projeto de Deus, deixando de lado os valores do evangelho, da ética e da moral. O que não está longe de nós, que muitas vezes, escondemos no manto da bondade, para nos aparentar pessoas corretas, cumpridoras das normas religiosas, seguidores de Jesus, quando na prática, agimos de forma contrária a Dele, deixando-nos levar pela vaidade, pela auto-suficiência.
Precisamos ter a humildade de reconhecer as nossas imperfeições para que possamos nos alto – corrigir e nos colocar no nosso devido lugar, e não, no lugar do outro!
Jesus, enquanto caminhou aqui neste chão, nos ensinou com a própria vida, que a grandeza do homem, não está em ser o primeiro, e sim, em estar no lugar que Deus o colocou, é Deus que escolhe o nosso lugar, e não nós.
Como único mestre de toda história, Jesus serviu-se de meios humanos bem simples, para nos ensinar que é na gratuidade e na humildade, que seremos classificados por Deus, como primeiros no Reino dos céus.
O evangelho que a liturgia deste domingo nos apresenta, nos convida a pautar a nossa vida no exemplo de Jesus, que mesmo sendo Deus, se pôs a serviço de todos, curvando-se para lavar os pés dos apóstolos, numa atitude de humildade e de serviço.
“Sendo Ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo” (Fl 2, 6-7).
“Sendo Ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo” (Fl 2, 6-7).
Mesmo sendo o próprio Deus, Jesus se fez pequeno, para Ele, a sua Nobreza, estava em ser “FILHO”, um Filho completamente dependente do Pai!
Pela lógica dos homens, ser grande, é possuir bens, é ter poder, fama, enquanto que pela lógica de Deus, grande, é todo aquele que serve que vive na simplicidade e na humildade, este sim, tem uma vida fecunda e plenamente realizada.
Com o seu testemunho, Jesus nos ensina que o caminho que nos leva a salvação é o caminho da humildade, caminho que Ele mesmo percorreu, ora se misturando com os pobres e marginalizados, ora sentando à mesa da refeição com os seus adversários.
A nossa vida cristã, deve ser marcada pela vida de comunhão e acima de tudo, de humildade.
A humildade é a virtude que mais nos aproxima de Deus, que nos torna parecidos com Jesus! A humildade é o reflexo da alma! Quem é humilde, não presume que o é, pois dentre todas as virtudes, somente a humildade se ignora a si mesma.
Uma pessoa não é humilde de nascença, ela vai tornando humilde à medida em que ela vai reconhecendo a sua fragilidade, a sua pequenês diante do Senhor. O que acontece, quando nos esvaziamos de nós mesmo, para nos encher do amor de Deus! É a força deste amor, que nos torna humildes!
Jesus disse: “felizes os pobres de espírito porque deles é o reino dos céus”. Podemos concluir: a humildade é a característica marcante de um verdadeiro seguidor de Jesus!
O texto nos diz, que Jesus estava almoçando com o chefes dos fariseus, e ao notar que os convidados ocupavam os primeiros lugares, Ele os adverte, contando uma parábola que chega até a nós, como uma alerta, quanto ao risco que corremos quando passamos por cima do outro, para nos auto-promover.
Jesus insiste em mudar a mentalidade interesseira daqueles que pensam que ocupando os primeiros lugares serão notados, o que vai ao contrario à uma sua afirmativa: “O primeiro no reino dos Céus é aquele que serve.” Esta advertência de Jesus, nos leva a um questionamento: O que é mais importante: destacar diante dos homens aqui na terra ocupando os primeiros lugares, ou assumir a cruz com Jesus e receber um lugar de honra no céu?
No final do evangelho, Jesus nos orienta: “... quando deres um banquete convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos! Então serás feliz, pois eles não te podem retribuir!”
Façamos o que Jesus nos pede, mas não fiquemos somente no Banquete lá da nossa casa, podemos ir mais além, se misturados, dentro do espírito da igualdade, no banquete da partilha, do viver em comunhão com Deus e com os irmãos.
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