Não é conveniente adotar cânticos protestantes em celebrações católicas pelas razões seguintes:
1) Lex orandi lex credendi (Nós oramos
de acordo com aquilo que cremos). Isto quer dizer: existe grande
afinidade entre as fórmulas de fé e as fórmulas de oração; a fé se
exprime na oração, já diziam os escritores cristãos dos primeiros
séculos. No século IV, por ocasião da controvérsia ariana (que debatia a
Divindade do Filho), os hereges queriam incutir o arianismo através de
hinos religiosos, ao que S. Ambrósio opôs os hinos ambrosianos.
Mais ainda: nos séculos XVII-XIX o
Galicanismo propugnava a existência de Igrejas nacionais subordinadas
não ao Papa, mas ao monarca. Em consequência foi criado o calendário
galicano, no qual estava inserida a festa de São Napoleão, que podia ser
entendido como um mártir da Igreja antiga ou como sendo o Imperador
Napoleão.
Pois bem, os protestantes têm seus
cantos religiosos através de cuja letra se exprime a fé protestante. O
católico que utiliza esses
cânticos, não pode deixar de assimilar aos poucos a mentalidade
protestante; esta é, em certos casos, mais subjetiva e sentimental do
que a católica.
2) Os cantos protestantes ignoram
verdades centrais do Cristianismo: a Eucaristia, a Comunhão dos Santos, a
Igreja Mãe e Mestra… esses temas não podem faltar numa autêntica
espiritualidade cristã.
3) Deve-se estimular a produção de cânticos católicos com base na doutrina da fé.
Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”
D. Estevão Bettencourt, osb
Nº 516, Ano 2005, Página 288
D. Estevão Bettencourt, osb
Nº 516, Ano 2005, Página 288
Nenhum comentário:
Postar um comentário