“O
que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano
imaginou, Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1Cor 2,9).
Fomos criados para o Céu. Ele é o fim último e a realização das
aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e
definitiva em Deus. São Paulo falava do Céu com grande alegria: “Nós
somos cidadãos do Céu! É de lá que também esperamos o Salvador, o Senhor
Jesus Cristo. Ele transformará nosso corpo miserável, para que seja
conforme o seu corpo glorioso, em virtude do poder que tem de submeter a
si toda a criatura” (Fl 3,20-21).“Tenho para mim que os sofrimentos da vida presente não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada” (Rom 8,18). “A nossa presente tribulação, momentânea e ligeira, produz em nós um peso eterno de glória incomensurável” (2 Cor 4,17).
Certa vez um jovem foi para a guerra; e lá recebeu de sua mãe um jornal de sua terra. Viu nele a foto de uma jovem que o encantou. Começou a se corresponder com ela; trocaram fotos e experiências, enamoraram-se um pelo outro, mesmo sem se conhecerem pessoalmente. O amor mútuo, mesmo à distância, os fez melhores, mais aplicados e bons, por amor ao outro. No coração de ambos cresceu o desejo de se encontrarem, se casarem, terem filhos, e viverem juntos para sempre.
A guerra acabou, ele voltou para casa. Na estação do trem ela o aguardava ansiosa; depois de dois anos de espera e de fidelidade. Quando o trem chegou, ele desembarcou e se abraçaram fazendo vibrar todas as fibras do corpo. Então, ele a tomou nos braços e lhe disse: “Ah! se este momento pudesse se tornar eterno!”
É a felicidade do amor alcançado e concretizado na posse da pessoa amada. Este é um exemplo imperfeito do que será o Céu.
São Francisco de Assis, pensando no céu, dizia: “É tão grande o bem que espero, que todo sofrimento me é um grande prazer”. Ele disse aos seus cinco mil frades: “Filhos meus… pequena é a pena desta vida, mas a glória da outra vida é infinita”.
Santa Maria Egípcia, após a sua maravilhosa conversão, viveu no deserto, por mais de cinquenta anos, na mais dura penitência.
Próximo da sua morte, São Zózimo lhe perguntou como ela pudera suportar, naquele lugar de horrores, uma vida tão austera. E a resposta foi essa: “Meu padre, com a esperança do Céu”!
A uma jovem que ia receber o hábito religioso no Convento, disse Santa Catarina de Gênova:
“Que a eternidade esteja em vosso espírito; o mundo sob os vossos pés; a Vontade de Deus em todas as vossas ações e que o Amor Divino brilhe em vosso coração!”
É o caminho da santidade e do Céu!
Prof. Felipe Aquino
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