A religião tem suas
exigências. É preciso, porém, ter bom senso para não atribuir a Deus exigências
humanas muitas vezes sem relevância. Assim como existem pessoas cuja tendência
é minimizar as exigências religiosas, existem outras que tendem para o exagero.
Ambas as posturas são incorretas, e não colaboram para um experiência religiosa
sadia.
No tempo de Jesus, havia uma ala do judaísmo
tendente ao exagero, a ponto de reduzir a fé a um complexo de leis e
mandamentos, de difícil execução. Será que Deus quer transformar nossa vida num
infindável pode/não pode, deve/não deve, é permitido/é proibido? Uma religião
assim vivida torna-se empobrecedora, porque torna o indivíduo escravo da Lei,
sem tempo para relacionar-se com Deus de maneira prazerosa e alegre.
A fé pregada por Jesus apóia-se em dois pilares:
o amor a Deus e o amor ao próximo. Isto é o essencial. Tudo o mais é
complemento, e pode ser relativizado. Quem ama a Deus, recusa toda forma de
idolatria, não aceitando ser subjugado por nenhum outro Absoluto fora dele.
Quem ama o próximo, põe freios ao seu egoísmo, de modo a jamais desejar-lhe o
mal, ou a fazer algo que possa prejudicá-lo.
Portanto, a única exigência da religião de Jesus
é que a pessoa não coloque a si mesma como centro, e sim, Deus e o amor ao
próximo.
Oração
Espírito de equilíbrio, que eu encontre, no amor
a Deus e ao próximo, o eixo de minha prática religiosa, sem desviar-me para o
exagero nem para a lassidão.
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