O
Catecismo da Igreja Católica ensina que a “pessoa humana, criada à
imagem de Deus, é um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual” (CIC
362). Não há dúvida quanto ao significado de “corpo”. Já quanto à “alma”
o Catecismo diz que ela “muitas vezes designa na Sagrada Escritura a
vida humana ou a pessoa humana inteira. Mas designa também o que há de
mais íntimo no homem e o que há nele de maior valor, aquilo que mais
particularmente o faz ser imagem de Deus: ‘alma’ significa o princípio
espiritual no homem” (CIC 363).
Seria correto, portanto, dizer que o homem é constituído de “corpo e alma”, porém, como explicar a afirmação de São Paulo que se referiu ao homem como “corpo, alma e espírito” (conf. 1 Ts 5,23)? Novamente é o Catecismo que fornece a resposta ao dizer que ‘espírito’ significa que o homem está ordenado desde a sua criação para seu fim sobrenatural, e que sua alma é capaz de ser elevada gratuitamente à comunhão com Deus” (CIC 367).
A natureza humana surge da união profunda entre o corpo e a alma. Essa junção é tão íntima que “se deve considerar a alma como forma do corpo”, ou seja, é por causa da “alma espiritual que o corpo constituído de matéria é um corpo humano e vivo; o espírito e a matéria no homem não são duas naturezas unidas, mas a união deles forma uma única natureza” (CIC 365). À tendência do homem (corpo e alma) para Deus é que forma o espírito.
Deste modo, se o espírito é a tendência do homem para a comunhão com Deus, o Inferno é justamente não participar dessa comunhão, ou seja, é a ausência de Deus. Satanás foi criado para a comunhão com Deus e quando resolveu se fechar para ela, se autodestruiu. Esta é a realidade do Inferno, a autodestruição.
O pecado cometido e cultivado durante a vida será cristalizado no Juízo definitivo. Aquilo que se foi durante a vida é aquilo que se decidirá ser por toda a eternidade. De maneira concreta, o espírito que escolhe o Inferno, escolhe a autodestruição, escolhe a morte eterna.
O destino do espírito está nas mãos do próprio homem. Vivendo na terra uma vida em comunhão com Deus, renunciando e resistindo ao pecado – passando pela porta estreita – no momento final verá a face de Deus. Ao contrário, se durante a vida terrena voltar às costas para Deus, recusando-se a comungar e a ter parte com Ele, a aceitar e alimentar o espírito, Deus lhe fará a vontade, aceitando sua decisão. E no final, o seu espírito será assim, arrancado, apartado de Deus por toda a eternidade.
Padre Paulo Ricardo
Trecho extraído do livro: “A Resposta Católica, um pequeno manual para grandes questões”- Ed.Cléofas e Ed. Ecclesiae-p.29-30
Seria correto, portanto, dizer que o homem é constituído de “corpo e alma”, porém, como explicar a afirmação de São Paulo que se referiu ao homem como “corpo, alma e espírito” (conf. 1 Ts 5,23)? Novamente é o Catecismo que fornece a resposta ao dizer que ‘espírito’ significa que o homem está ordenado desde a sua criação para seu fim sobrenatural, e que sua alma é capaz de ser elevada gratuitamente à comunhão com Deus” (CIC 367).
A natureza humana surge da união profunda entre o corpo e a alma. Essa junção é tão íntima que “se deve considerar a alma como forma do corpo”, ou seja, é por causa da “alma espiritual que o corpo constituído de matéria é um corpo humano e vivo; o espírito e a matéria no homem não são duas naturezas unidas, mas a união deles forma uma única natureza” (CIC 365). À tendência do homem (corpo e alma) para Deus é que forma o espírito.
Deste modo, se o espírito é a tendência do homem para a comunhão com Deus, o Inferno é justamente não participar dessa comunhão, ou seja, é a ausência de Deus. Satanás foi criado para a comunhão com Deus e quando resolveu se fechar para ela, se autodestruiu. Esta é a realidade do Inferno, a autodestruição.
O pecado cometido e cultivado durante a vida será cristalizado no Juízo definitivo. Aquilo que se foi durante a vida é aquilo que se decidirá ser por toda a eternidade. De maneira concreta, o espírito que escolhe o Inferno, escolhe a autodestruição, escolhe a morte eterna.
O destino do espírito está nas mãos do próprio homem. Vivendo na terra uma vida em comunhão com Deus, renunciando e resistindo ao pecado – passando pela porta estreita – no momento final verá a face de Deus. Ao contrário, se durante a vida terrena voltar às costas para Deus, recusando-se a comungar e a ter parte com Ele, a aceitar e alimentar o espírito, Deus lhe fará a vontade, aceitando sua decisão. E no final, o seu espírito será assim, arrancado, apartado de Deus por toda a eternidade.
Padre Paulo Ricardo
Trecho extraído do livro: “A Resposta Católica, um pequeno manual para grandes questões”- Ed.Cléofas e Ed. Ecclesiae-p.29-30
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