Estamos constantemente observando o outro, pena que nesta nossa observância, não adentramos no seu coração, ficamos somente no seu exterior, e assim, vamos analisando-o pela aparência.
Observando o outro, não nos observamos, e no desejo de passar uma imagem que impressiona, não cuidamos do principal: o nosso interior! Preocupados com a nossa estampa, não regamos a sementinha do amor, que Deus plantou no mais profundo do nosso ser!
O nosso tempo de vida terrena é curto, por isso não podemos perder tempo com pormenores que nada nos acrescenta, que só nos impede de viver as alegrias da fé, da fé que nos dá a certeza de que nunca estamos sós, de que existe uma força maior que não nos deixa esmorecer diante às adversidades da vida!
Em todos os seus ensinamentos, Jesus sempre deixou claro que a vida deve estar em primeiro lugar e que a lei que deve nos reger é a Lei do amor!
O evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, chama a nossa atenção para o essencial da vida, a prática do amor que passa pela justiça. Jesus é muito claro, Ele condena a hipocrisia daqueles que deveriam cuidar da vida, fazendo um lamento diante dos líderes que impunham pesados fardos sobre os ombros do povo, se isentando de quaisquer responsabilidade com eles.
Jesus critica a postura dos mestres da lei e fariseus, que tentavam mostrar através das aparências, o que na verdade eles não eram. Diziam-se cumpridores da lei, quando na verdade, desprezavam o que é de mais precioso para Deus : a vida humana!“Ai de vós Mestres da lei e fariseus hipócritas!
Para os fariseus e mestres da lei, religião, era cumprir preceitos, normas, rituais estéreis, o que aos olhos de Deus não acrescentavam nada.
Observando rigorosamente os pormenores, eles deixavam de lado o mais importante: a vida! Atrás de uma aparente pureza, estava escondida a dureza dos seus corações.
O texto nos convida a refletir sobre a nossa fé e a nossa vivencia religiosa, devemos ser coerentes entre o que falamos e o que vivemos.
Deus não nos olha externamente, para Ele, não importa a nossa cor, nossa posição social e nem mesmo a nossa religião, para Deus, o que importa é o que cultivamos de bom no nosso interior.
É de um coração puro, que brotam as mais belas atitudes de amor!
De nada adianta os nossos atos externos, se eles não retratam o que na verdade somos interiormente!
Aos olhos de Deus, a prática exterior só encontra seu verdadeiro sentido, quando é uma expressão do que realmente se crê e se vive, do contrário, são práticas vazias que nada significam, pois mostram o que na verdade não se é, e não se vive!
O que verdadeiramente agrada a Deus é um coração livre das maldades, das ambições...
Deixemos, pois, que o nosso coração se encha do amor que liberta, que nos torna sinal da presença de Deus no mundo.
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