O site ACI informou nesta quinta-feira (13/06/13), que para Dom Angelo Becciu, Substituto da Secretaria de Estado do Vaticano, o Papa Francisco está impondo um estilo de vida de “essencialidade evangélica” no Vaticano e “está decidido” a cumprir uma reforma da Cúria Romana, segundo afirmou em uma entrevista concedida em 9 de junho ao jornal da Santa Sé L’Osservatore Romano.
No mês passado, o Papa Francisco constituiu uma comissão de oito cardeais procedentes dos cinco continentes para aconselhá-lo no governo da Igreja, e estudar um projeto que revise a Constituição Apostólica Pastor Bonus, referida à Cúria Vaticana e que foi qualificada por muitos como a reforma do Vaticano.Neste sentido, Dom Becciu assinalou que dentro dos muros da Santa Sé, “mais que de reforma do Vaticano, fala-se de reforma da Cúria Romana”, e “o Papa está decidido a cumpri-la”.
“Todos nós confiamos em que possa começá-la e estamos preparados para colaborar para levá-la a término. Não será de um dia para outro. Ele enquanto isso começou a obra reformadora com seus gestos e implicou a todos na eleição de um estilo de vida sóbrio, em um exercício de governo mais colegial e na coragem de apontar para a essencialidade evangélica”, acrescentou.
O Papa Francisco fala com pequenos e grandes, humildes e poderosos. Por isso, Dom Becciu que foi também Substituto da Secretaria de Estado durante o Pontificado de Bento XVI, indicou que na Cúria todos estão admirados com o novo estilo de Francisco, “simples e ao mesmo tempo que envolve”.
“Quem o escuta e o vê não permanece indiferente. Sua palavra e seu sorriso tocam os corações. Ele fala com pequenos e grandes, com humildes e poderosos, não se preocupa de estratégias a longo ou curto prazo, mas confia na potência da palavra de Deus que sabe queimar os tempos e renovar tudo antes de qualquer esquema”, adicionou.
Bento XVI e o Papa Francisco, duas figuras que se complementam. Dom Becciu indicou também que a popularidade do Papa Francisco “hoje não se poderia explicar sem o sacrifício de amor a Cristo e à Igreja de Bento XVI”, e considerou que “a beleza da Igreja não é a contraposição de um Papa contra outro, mas sim a complementariedade”.
“A grandeza de um Papa não depende de sua popularidade, mas sim da fidelidade que Cristo lhes pede em cada determinado momento da história”, e Bento XVI “é admirável pela coragem e a coerência escolhidas. Disse que se retiraria ao silêncio da oração e ao estudo e assim foi”, concluiu.
Fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=25549
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