Na visão do mundo, ser grande é possuir bens, é ter poder, fama, enquanto que para Deus, ser grande é tornar-se pequeno, é ser um servidor do Reino!
Jesus quer salvar a humanidade por inteira, por isto Ele quer contar com a nossa disposição, com o nosso serviço na construção de um mundo melhor! Ser indiferente a este anseio de Jesus, é não estar afinado com a sua proposta!
Com o seu testemunho, Jesus nos ensina que o caminho que nos leva a salvação é o caminho da humildade, da doação de vida, do amor serviço, Ele mesmo nos deu o exemplo ao se inclinar para lavar os pés dos apóstolos, numa atitude de de serviço e de humildade.
Descobrimos o verdadeiro sentido do nosso existir, quando tomamos gosto de nos entregar ao amor serviço, sem esperar por recompensa, pois não se busca recompensa do que se faz por amor!
A grande recompensa que todos nós teremos pelos serviços prestados na construção do Reino de Deus aqui na terra, é a alegria de sermos acolhidos pelo Pai.
O evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, nos leva a um questionamento: que direção estamos dando a nossa existência? Estamos de fato servindo o reino de Deus, ou estamos querendo nos servir dele para nos promover?
O texto nos adverte sobre o risco que corremos quando deixamos nos levar pelos interesses pessoais. É aí que entra em nós, a vaidade, o egoísmo a ambição, grandes inimigos que nos distancia de Deus!
Diz no relato, que a mãe dos filhos de Zebedeu, faz a Jesus pedido: “ Promete que meus dois filhos, se sentem um a tua direita e o outro à tua esquerda no teu Reino.” Jesus responde: “Não sabeis o que estais pedindo! Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?” Com esta pergunta Jesus queria mudar a mentalidade interesseira dos discípulos, provocando-os para uma tomada de posição: um lugar de honra, ou carregar a cruz com Ele? Os dois responderam “Podemos!” E como todos nós sabemos, esta resposta ficou só nas palavras, pois pouco tempo depois, não somente os dois filhos de Zebedeu, como também os demais discípulos, abandonaram Jesus, justamente no momento crucial de sua vida, o momento da sua prisão.
Ao contrário dos filhos de Zebedeu, devemos assumir a nossa missão sem querer algo em troca. Nossa missão, deve se desenvolver em clima de gratuidade, humildade e desprendimento.
Beber o cálice que Jesus bebeu, é carregar a cruz com Ele, é passar pelo sofrimento sem perder a fé. Podemos dizer que este é o grande desafio de um seguidor de Jesus!
Será que nós, comunidade de fé, bebemos o mesmo cálice, ou será que bebemos o cálice individual? Será que somos tão individualistas a ponto de não querer beber o cálice do outro?
Ser batizado no sangue de Jesus, é passar pela cruz, na certeza da vitoria, é sair das trevas para a luz!
A vida de um seguidor de Jesus, deve ser marcada não por títulos, e sim, pela vida de comunhão, de humildade e de serviço.
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