A explicação da parábola da semente que cai na terra germina e dá frutos, somos todos nós que nos entregamos pela causa do Reino de Deus. Na verdade, alguns fazem entrega total de si, como os sacerdotes e as freiras. Mas nós também somos exemplos de auto-entrega pela evangelização. Somos catequistas e renunciamos a uma porção de coisas para poder realizar de forma aceitável o nosso trabalho. Primeiro lutamos 24 horas por dia para renunciar o pecado. O que não quer dizer que o façamos totalmente. Mas pelo menos tentamos. Em seguida renunciamos a uma porção de coisas como o lazer, o convívio total com a família, etc. O grão que não morre fica só. Aqui o trecho do evangelho se refere àqueles que nem estão aí para o Reino de Deus. Querem mais é cuidar da sua vida e não têm tempo para Deus. E aí acontece o contrário do que eles almejam. Suas vidas acabam definhando-se pela ausência de Deus. Não é que Deus seja vingativo e nos abandona. Somos nós que O abandonamos por causa do nosso individualismo e o apego às coisas desta vida. O grão, para multiplicar-se em novos frutos, tem que cair na terra e morrer. Isso é a doação de si mesmo, dizer não aos instintos para poder se aproximar de Deus, se santificando para poder santificar os outros. É a comunicação da palavra, a fraternidade e o serviço à vida. A morte não é o último ato isolado da existência humana, mas é o termo de uma vida devotada ao amor fraterno, por amor a Deus. Apegar-se à vida é querer resolver os problemas da existência com os nossos recursos sem recorrer à força poderosa e infinita de Deus que está sempre à nossa disposição. É quando não conseguimos os nossos intentos, pois tudo é mais difícil quando nos afastamos do Pai. O ideal ou o certo é guardar a vida na vida eterna plantando aqui para colher um dia lá. Para chegar a esse ponto, temos que dar o desprezo a esta ideologia de sucesso e poder, que impõe a submissão pelo temor. Quem não teme a própria morte está livre para colocar-se totalmente a serviço da vida eterna. O seguimento de Jesus se faz com o abandono total de si mesmo, a favor da evangelização.
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