Alguns cientistas ateus tentam de todos os meios usar da Ciência para provar que Deus não existe e que não precisamos Dele para explicar a origem do Universo e da vida humana. Fazer isso é manipular a ciência. Nenhuma de suas teses e proposições são satisfatórias. Até hoje ninguém conseguiu explicar a origem da vida, e o que é a vida. Um mistério de Deus.
O físico Marcelo Gleiser, ateu confesso, que escreve na Folha de São Paulo, mistura suas crenças ateias com sua astrofísica e apresenta uma cosmovisão suspeita empurrando a física para o lado do ateísmo, ideologicamente.
Em recente entrevista à TV Bandeirantes, ele tenta mostrar que a ciência pode explicar a origem da vida humana, pelo “Princípio da Incerteza”, mas cai no vazio como os demais. Ora, o que ensina esse Princípio?
Este Princípio da Física é a base da mecânica quântica e foi formulado em 1919, pelo físico alemão Werner Heisenberg; afirma que não é possível ter simultaneamente a certeza da posição e da velocidade de uma partícula e que, quanto maior for a precisão com que se conhece uma delas, menor será a precisão com que se pode conhecer a outra. A teoria do quantum de Max Planck ajuda e entender o porquê disso. Dr. Planck, Prêmio Nobel de física, estudou profundamente o assunto. É bom dizer que tanto Heisenberg como Planck acreditavam em Deus e eram crentes. É pena que Marcelo Gleiser, que aprendeu com eles a física, não tenha aprendido religião. Heisenberg foi Prêmio Nobel de física em 1932 e disse:
“Creio que Deus existe e que d’Ele procede tudo. A ordem e a harmonia das partículas atômicas têm que ter sido impostas por alguém.” (HEISENBERG, Werner K., dito em Madrid, 1969. Físico, Nobel de 1932).
“Para onde quer que se dilate o nosso olhar, em parte alguma vemos contradição entre Ciências Naturais e Religião; antes, encontramos plena convergência nos pontos decisivos. Ciências Naturais e Religião não se excluem mutuamente, como hoje em dia muitos pensam e receiam, mas completam-se e apelam uma para a outra. Para o crente, Deus está no começo; para o físico, Deus está no ponto de chegada de toda a sua reflexão. (Gott steht für den Gläubigen em Anfang, fur den Phystker am Ende alles Denkens)”.
Posso ainda citar o Dr. Schrödinger (1887- 1961), criador da mecânica ondulatória, Prêmio Nobel 1933:
“A obra mestra mais fina é a feita por Deus, segundo os princípios da mecânica quântica…”.
Fiz meu doutorado em ciências exatas no ITA e na UNESP, e pude estudar física quântica, cálculo tensorial de Einstein, mecânica relativística, etc., e não encontrei a mínima base científica no que Gleiser colocou para explicar a origem da vida e do Universo pelo Princípio da Incerteza de Heisenberg.
Para Gleiser a vida humana teve origem por acaso, e não tem como fator inicial a origem de vida inteligente. Tudo é obra do senhor Acaso cego e impotente, como se fosse um ser inteligente e organizador. É lamentável que um cientista moderno, que escreve em um grande Jornal, ainda apele para o senhor Acaso. O Dr. Adolf Butenandt, Prêmio Nobel em Química, em 1938, por seu trabalho sobre os hormônios sexuais, disse que:
“Com o átomos de um bilhão de estrelas, o acaso cego não conseguiria produzir sequer uma proteína útil para a vida”. (“A Criação não é um mito”, Domenico E. Ravalico, Ed.Paulinas, SP, 1979).
Desde já contraponho a palavra do maior cientista em biotecnologia dos tempos modernos, Dr. Francis Collins, Diretor do Projeto Genoma Humano, o maior empreendimento em biotecnologia do mundo que chegou à decodificação do código genético humano. Dr. Francis Collins, que é biólogo, físico, químico e médico, foi um dos responsáveis por um feito espetacular da ciência moderna: o mapeamento do DNA humano, em 2001. Foi o cientista que mais rastreou genes com vistas ao tratamento de doenças em todo o mundo. Ele escreveu o livro “The Language of God” (A Linguagem de Deus), onde conta como deixou de ser ateu para se tornar cristão aos 27 anos.
Dr. Collings enfrenta os famosos cientistas ateus como Richard Dawkins, Daniel Dennett e Sam Harris, dizendo: “Eu acredito que o ateísmo é a mais irracional das escolhas. Os cientistas ateus, que acreditam apenas na teoria da evolução e negam todo o resto, sofrem de excesso de confiança… O que deve ficar claro é que as sociedades necessitam tanto da religião como da ciência. Elas não são incompatíveis, mas sim complementares. A ciência investiga o mundo natural. Deus pertence a outra esfera. Deus está fora do mundo natural. Usar as ferramentas da ciência para discutir religião é uma atitude imprópria e equivocada”. (VEJA, Edição 1992 de 24 de janeiro de 2007).
Chega a ser ridículo um físico moderno apelar para o Acaso para explicar a origem do universo e da vida.
Sabemos que o Universo teve origem com o Big Bang, melhor entendido hoje como uma “Big expansion” conduzida por Deus milimetricamente para chegar até o homem; como mostra hoje o “Princípio Antrópico”. O Big Bang foi uma genial descoberta do Padre belga Dr. George Lamaitre, amigo de Einstein, que disse-lhe ser “a melhor explicação para a origem do Universo”. Einstein também acreditava em Deus, e dizia que “Deus não joga dados”; isto é, nada é obra do Acaso.
Os físicos do CERN, o maior acelerador de partículas já criado, a maior máquina humana já construída que custou mais de dez bilhões de dólares, comprovaram a realidade do Big Bang com a descoberta do bóson de Higgs. Os físicos modernos dizem que o Big Bang é a expansão de uma partícula de tamanho quase zero, mas que carrega uma massa e uma energia tão grande que é imensurável. Ora, quem poderia gerar isso senão Deus. Tudo o que existe fora do nada é obra de Alguém. O que existe atrás do “muro de Planck” – o que está antes do Big Bang - ninguém sabe, só Deus.
O Dr. Marcelo Gleiser defende a origem do Big Bang como produto mecânico da energia vital, uma energia que seria origem do ponto ou núcleo que deu origem a expansão do Universo. Mas ele não consegue explicar quem e como surgiu esse núcleo extremamente pequeno de massa e energia infinitas. Apela para o Acaso – uma fuga – e se refugia no Princípio de Heisenberg, outra fuga.
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