segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Sebrae lança manual sobre economia em embalagens

Para diminuir a perda de peças com acidentes e aumentar o valor dos produtos, o Sebrae lançou um manual com orientações para criação de embalagem de artesanato.
O material, que poderá ser encontrado nas unidades da instituição ou no site do Sebrae, dá informações como dicas para o desenvolvimento de embalagens de transporte e para venda e orientações obre formas de embalar diferentes materiais, como metal, porcelana, vidro e fibra natural.
Para a criação de embalagens com produtos reciclados, o manual dá dicas sobre como aproveitar caixas prontas, invertendo as que já foram usadas, por exemplo.
Ronaldo Guimarães/Divulgação/Sebrae
Tânia Machado, 63, diretora da associação de artesãos Mãos de Minas
Tânia Machado, 63, diretora da associação de artesãos Mãos de Minas
Ele também apresenta equipamentos que podem ser adquiridos por associações e cooperativas para a fabricação de sacos plásticos inflados ou para preencher embalagens com espuma.
Maurício Tedeschi, coordenador-técnico do projeto, diz que existe uma ideia de que gastar com embalagem é desperdício. A intenção do livro é modificar esta percepção, diz ele.
"Ainda existe uma cultura de se embalar as peças com jornal velho. É uma prática tradicional, mas acaba desvalorizando o produto. Quando você faz uma embalagem que agrega mais valor à peça, você transmite para o mercado esse conceito", afirma Tedeschi.
COMPETITIVIDADE
Tânia Machado, 63, diretora da Central Mãos de Minas, que reúne associações de artesãos do Estado de Minas Gerais, conta que a falta de embalagens adequadas já levou os artesãos ligados à central a terem uma perda média de até 30% de seus produtos.
Quando a Mãos de Minas começou a apoiar a exportação, em 2001, a questão das embalagens ficou mais evidente, diz Tânia.
"Passamos a procurar embalagens menores para conseguir um menor preço de frete e assim ter mais competitividade."
Até aquele momento, o mais comum era o uso de caixas preenchidas com jornal, que não protegiam adequadamente o produto.
Assim, a maior parte das quebras acontecia após passagem pela alfândega, quando os fiscais tiravam o enchimento para vistoria e não arrumavam da forma como eles estavam antes, diz Tânia.
Ela diz que a associação descobriu melhores formas de embalar com pesquisas e testes.


Atualmente, usam equipamentos próprios para fabricar as embalagens, que são vendidas a preço de custo para os artesãos associados.
"Hoje, nossa quebra não chega a 0,01%. Se acontece, é por algum erro na hora de embalar."

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