
O mesmo procedimento deve-se seguir quando uma pessoa bem preparada, logo depois de se confessar repara que se esqueceu involuntariamente de mencionar um pecado grave. A confissão fica sendo boa e válida. A pessoa pode comungar, mesmo que não tenha podido logo mencionar esse pecado ao padre que o absolveu: só tem o dever de acusar o pecado esquecido na próxima confissão.
Sobre a penitência
Não é raro que, em relação à penitência recebida, aconteça alguma dessas três coisas:
Esquecer-se na hora ou mais tarde, de qual foi a penitência que o confessor lhe impôs: “O que foi que me deu como penitência”?
Neste caso, pode seguir uma das seguintes soluções:
- se for possível e houver tempo, pergunte ao próximo confessor qual foi a penitência que lhe deu;
- se não puder falar com ele, reze uma penitência parecida com a que o confessor lhe costuma dar em confissões semelhantes;
- ou então, fale disso na seguinte confissão, mesmo que o padre seja outro; ele lhe dará, normalmente, uma penitência pela confissão passada e outra pela atual, ou então uma penitência que abranja ambas as confissões.
Outro caso. Imagine que o confessor, com a maior boa vontade, lhe deu uma penitência que, honestamente, você não pode cumprir sem graves inconvenientes. Diante disso, você tem duas soluções: uma é pedir a esse mesmo confessor o favor de trocá-la por outra equivalente, mas que seja viável; a outra é pedir isso mesmo a um outro confessor: qualquer confessor tem a faculdade de fazer essa troca, quando há motivos razoáveis e honestos.
Imagine agora que não cumpriu, por distração, a penitência recebida na ultima confissão. Você, esquecido disso, vai à Missa e comunga. Uma semana depois, ao voltar de novo à Missa, recorda-se de que comungou sem cumprir a penitencia, e diz: “Então não posso comungar”. Não é assim. Para a confissão ser válida (e estarmos, portanto, em condições de comungar), basta ter tido o “propósito” sincero (não revogado) de cumprir a penitência recebida. Tendo tido esse propósito e não havendo-a omitido por má vontade, comungue com paz e cumpra depois a penitência, mesmo que se tenham passado várias semanas ou meses.
Retirado do livro: “Para estar com Deus”, Francisco Faus
FAUS, Francisco. Para estar com Deus.Ed.Cultor de livros: São Paulo,2012.
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