quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Verdades, erros e perigos na Teologia da Libertação (Parte 1)

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Introdução
A pavorosa miséria de irmãos nossos na América Latina, suscitou o nascimento (1960-1970) e o desenvolvimento da Teologia da Libertação, entre nós, uma espécie de “teologia política”, recebida com muito entusiasmo, paixão e até fanatismo por pessoas de boa vontade que julgam ter descoberto a verdadeira face do cristianismo, com o caminho da verdadeira redenção da humanidade.
Se a causa é justa, necessária e urgente, a estrada escolhida por muitos liberacionistas é perigosa e errada e até pode ser fatal para a fé cristã e a humanidade: é o teor do recente documento da Sagrada Congregação da Doutrina da Fé sobre a Teologia da Libertação ( 06/08/1984 ) .
Na verdade, a paixão é frequentemente má conselheira. Não Bastante a reta intenção e a boa vontade empregadas na difusão e implantação da Teologia da Libertação radical e de verdades que contem e propugna, peca gravemente por um unilateralismo radical, tomando apenas uma dimensão do problema humano – o social e político – como a teologia do homem e da religião, o que não só se opõe à realidade e à verdade e, consequentemente à justiça, mas prejudica a solução do mesmo objetivo desejado, de conseguir a plena libertação dos pobres e da pobreza e pagando o alto preço de uma distorção fatal da fé cristã. Para esclarecer quanto dissemos, basta compulsar a história, mestra da vida. Ela registra numerosas religiões, denominações e seitas que fixando-se numa dimensão ou aspecto verdadeiro mas não único, da realidade ou, então, fixando-se numa aparente verdade, forjada. na ambiguidade, obtiveram, graças a um proselitismo bem organizado, porém, em campo de deficiente formação teológica, a adesão e o apoio de muitos, inclusive de bons católicos que, honestamente, depois, confessam não mais pertencer à Igreja Católica, porque renegaram a sua doutrina e autoridade, como pode suceder com alguns que sofreram a lavagem cerebral liberacionista.
Mas tomemos os fatos da história. Mesmo antes do cristianismo, o judaísmo professava verdades, como o puro monoteísmo (um só Deus), o livro sagrado (a Bíblia do Antigo Testamento), a esperança do Messias e da salvação. Mas apegou-se de tal forma ao Antigo Testamento e ao pacto de Deus com o povo de Israel, que não reconheceu Cristo como o Messias e o Novo Testamento, a ser pregado a todos os povos, como Aperfeiçoamento do Antigo Testamento. Nós católicos aceitamos o Antigo Testamento e a escolha do povo de Israel, como fatos verdadeiros, mas não únicos, porque foram uma preparação para a completa e mais perfeita revelação do Filho de Deus, feito homem.
É verdade, repetimos, que o Antigo Testamento é um livro sagrado, mas não é verdade que seja o único livro sagrado. É verdade que Israel foi o povo de Deus mas, depois de Cristo, Salvador da humanidade, não é mais o único povo de Deus.
É preciso portanto, não converter em verdade absoluta, aquilo que só o é parcialmente, porque nenhuma realidade puramente humana realiza o absoluto, que é Deus.
Exemplifiquemos. Se digo: “Antônio é um bom estudante” afirmo algo que pode ser verdadeiro. Quando, porém, avanço e digo: “Só Antônio é um bom estudante” faço uma restrição e excluo outros, o que pode ser falso.
No caso: a opção pelos pobres e mesmo a opção preferencial pelos pobres é uma afirmação verdadeira. Só a opção pelos pobres já é uma restrição ou exclusão.
Prossigamos na história. Os ortodoxos conservam doutrinas genuinamente cristãs mas as cristalizam de tal forma nos seus ritos e tradições que reduzem a Igreja às dimensões nacionais (restrição da catolicidade) e, consequentemente, assumem também uma coloração política.
As ideias da “fé” em Lutero, de “predestinação” para Calvino, tomadas em sentido diverso daquele da Bíblia, graças ao livre exame (releitura da Bíblia e restrição de conceito), fizeram nascer as denominações protestantes dos luteranos e calvinistas, com seus diversos matizes, introduzidos pelos seus sucessores.
O mesmo se diga das seitas. Tomam uma base bíblica, como “o batismo dos adultos” para os batistas, o “sábado” para os adventistas do sétimo dia, “o juízo final” para os testemunhas de Jeová e sobre essa base única constróem depois, até com uma regular lógica, os seus sistemas e crenças.
Mas todos eles não se julgam católicos. Ao contrário, se dizem anti-papistas, anti-católicos.
Não sucede o mesmo, porém, com os Teólogos da Libertação, mesmo daqueles que empregam os mesmos métodos de subversão das verdades reveladas. Primam em ser católicos, dos mais genuínos, e querem continuar a ser considerados católicos, filhos da verdadeira Igreja de Cristo.
Faz-se mister distinguir. Como os cogumelos, uns são bons e outros venenosos.
Quando defendem a libertação integral, colocando a raiz de todo o mal no pecado e exigem a conversão do coração para a edificação da sociedade justa, empregando o legítimo pluralismo teológico e baseando e na opção pelos pobres, mantém-se totalmente no campo católico. Pena quando, por razão de moda, empregam ambíguas, que seria melhor evitar.
São perigosos os que, mesmo propugnando uma justa libertação sócio-política da miséria e uma mais honrada pobreza, jogam toda a culpa do mal em algumas estruturas sociais e políticas e descarregam suas iras sobre o negregando pecado social dos outros. Recorrem a estratagemas e práticas ambíguas para justificar biblicamente sua tese que, na prática, para ser mais eficaz, descamba na análise marxista, que envenena toda a pretensa libertação.
Para tanto, a Teologia da Libertação faz mais sociologia e política do que teologia. A semelhança dos marxistas, erigem a economia como a norma suprema da humanidade e, assim, sacrificam na área da economia a teologia, que se despoja as sua veste espiritual para vestir o macacão proletário. Deve lutar, então, contra o capitalismo e deixando as armas da fé, assume aquelas do marxismo, que lhe quer tomar o lugar para erigir, em última análise, o capitalismo de Estado, ou melhor, da classe dominante, camuflada nas famosas e ilusórias “democracias populares ” .
Nosso grande jurista Sobral Pinto, que estudou, com seriedade, por mais de 50 anos, o marxismo, sentiu-se obrigado, em consciência, de levantar seu brado de fiel católico, impelido pelo canon 212 § 3 do Código de Direito Canônico (que vale, com maior razão para mim), para advertir que a Teologia da Libertação, que vigora entre nós, pretende desastrosamente enxertar o materialismo marxista na teologia espiritualista.
Pareceu-me, entretanto, útil para ajudar a discernir melhor a Teologia da Libertação redigir, em forma simples, concisa e popular, as verdades, os erros e os perigos da Teologia da Libertação, como a análise marxista, de que faia o já citado documento da Santa Sé.
Advertimos que não se pode deixar de reconhecer o vivo e sincero desejo de muitos liberacionistas de resolver o problema da miséria na América Latina, de uma forma atual e eficiente, quanto dizem, de acordo com o Concílio e a Conferência de Puebla. Mas não bastam a boa vontade e a reta intenção, principalmente quando aliadas à ingenuidade, para enfrentar e resolver todos os aspectos de uma realidade complexa.
Por isso mesmo o Concílio Vaticano II requer a interpretação dos “sinais dos tempos”, à luz do Evangelho. Porque o Evangelho é a revelação de Deus trazida à terra por Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem e transmitida à sua Igreja.Os problemas do homem, a sua dignidade, o seu destino, estão nas mãos de Deus, que criou o homem livre, para, da liberdade, fazer bom o meritório uso.
Veremos como para a Teologia da Libertação, em geral, não bastam a revelação de Deus e a experiência milenar da Igreja. Em virtude de um “aggiornamento” (atualização) mal compreendido, porque exagerado e exclusivo, quer inovar, trilhar novos caminhos, encontrar novas fontes de verdade, pois, em última análise, a experiência da Igreja, segundo os Teólogos da Libertação, teria fracassado na América Latina, por não ter resolvido o problema da miséria. É necessário, portanto, barganhar o Evangelho, ou melhor, seus métodos ou espírito, a luz do Palavra de Deus pelas ciências humanas.
Parece até que exageramos e pintamos um monstro para o combater mais facilmente. Oxalá estivéssemos sonhando e para melhor despertar à realidade, nesta exposição sumário, que não abrange nem aprofunda todos os aspectos da questão, vamos tratar dos seguintes pontos:
I – VERDADES:
1. Situação de miséria da América Latina e, concretamente, no Brasil.
2. A necessidade de uma teologia atualizada e correspondente à índole e cultura do povo.
3. Frutos da Teologia da Libertação.
4. Ambiguidades na Teologia da Libertação.
5. A instrução da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé sobre “Alguns aspectos da Teologia da Libertação”.
II – ERROS:
1. Pluralismo liberacionista e releitura da “opção pelos pobres” do Evangelho e de Puebla.
2. A polinização partidária das comunidades eclesiais de base.
3. A interpretação marxista da história e da religião.
4. A libertação no paraíso socialista.
III – PERIGOS:
1. Lavagem cerebral.
2. Abusos de linha pastoral muito difundida no Brasil.
3. Igreja Popular.
l  – VERDADES
1. Situação de miséria na América Latina e, concretamente no Brasil
É um espetáculo desolador e inquietante a miséria e à fome num continente superdotado de possibilidades e recursos naturais, como é a América Latina. Em se tratando, então, do Brasil, país privilegiado, com terras férteis e abundantes, a miséria e a fome não deviam existir.
Faltam homens dirigentes que, bem formados, saibam desfrutar dos recursos naturais em favor do bem comum, enquanto outros governantes ou elementos à eles associados se locupletam à forra, espezinhando direitos e aspirações legítimas dos subalternos e subordinados.
Há, portanto, sem nenhuma divida, estruturas injustas que devem ser reparadas, tanto no campo nacional como no internacional de relações com nações mais desenvolvidas economicamente e ricas e que fazem sentir o peso do capitalismo desenfreado na sociedade latino-americana.teologia
Vê-se logo que é mais uma questão de educação, que para nós é evangelização (no qual se deve empenhar seriamente a Igreja ), do que de guerrilhas ou revolução.
Para a evangelização são eloquentes os ensinamentos e orientações da Doutrina Social da Igreja, que tem por finalidade a implantação da justiça social, da liberdade e dignidade da pessoa humana, por meios evangélicos. Insistentemente os Papas clamam em favor dos oprimidos e reclamam uma ordem mais justa e estabeleceram e aprovaram não só inúmeras obras de beneficência, mais um dicastério dedicado à “Justiça e Paz”.
Francamente não agrada aos liberacionistas essa doutrina, que apodam de reformismo. Fixam seus objetivos de luta e reivindicações contra o detestável “pecado social” que oprime os mais pobres e deserdados. Não insistem na atuação decisiva do pecado pessoal, que existe tanto nos dirigentes que abusam do seu poder mas também nos subalternos, quando com saúde e trabalhando, não produzem mais e melhor e não sabem ou não procuram economizar.
Evidentemente condições climatéricas (muito calor) podem não estimular o trabalho e esses fatores se verificam em todas as nações, embora o elemento local esteja mais habilitado a vencer esses rigores da região.
É impressionante, porém, examinar a história dos imigrantes em nossos países e religiões. Chegaram quase todos em situação de miséria e se deram generosa e heroicamente ao trabalho, fazendo também não pequenas economias… e hoje é quase impossível encontrar um descendente de imigrantes na miséria… Nem tudo, portanto, depende unicamente das estruturas públicas.
Há situações extraordinárias de seca, inundações ou de outras calamidades (guerrilha) que podem favorecer a miséria ou a fome. Doloroso é o desemprego, hoje tão grave problema para todos os povos, principalmente quando se abandonam os campos pela cidade.
Mas também existem, é mister dizê-lo, em alguns a indolência, o abandono das terras, o alcoolismo, gastos imprevidentes e exagerados, como de moradores de favelas que dispendem fartamente no Carnaval.
É fácil atribuir a culpa de todo o mal às  estruturas injustas e pecaminosas. Também lá, como na vida individual, a raiz de todos os males é o pecado.
O pecado introduziu o mal no mundo e o mantém. Atacar essa raiz, com a formação e a prática da vida cristã e favorecer a virtude, é o objetivo de uma teologia da Libertação ideal ( possível e legítima), inspirada nos Evangelhos e digna de aplausos. Assim mesmo, tal Teologia seria apenas uma parte da Doutrina Social da Igreja e não, como é concebida em nosso meio, como a Teologia que abarca e interpreta toda a religião.
O discurso de João Paulo II, em Puebla, traçou as coordenadas da Teologia da Libertação autêntica: verdade sobre a igreja, verdade sobre Jesus Cristo e verdade sobre o homem. Nessa perspectiva a opção preferencial pelos pobres recebe seu verdadeiro significado, que é evangélico e se mostra plenamente justificado. Implantar a “civilização do amor”, tão reclamada por Paulo VI e João Paulo II, é a única Teologia de Libertação louvável.Infelizmente não é esse, porém, o tipo de Teologia de Libertação comumente difundido na América Latina e no Brasil.
Rejeita, em ultima análise, a Doutrina Social da Igreja porque a julga teórética ideologicamente (teologicamente contra o capitalismo, mas na prática, reforça o sistema dominante) e praticamente não eficiente e por isso, mesmo quando alguém não a considera erronea, é insuficiente e deve ser enriquecida pela Teologia da Libertação, com métodos mais modernos, eficazes e científicos, que são os da análise marxista.
É justa, repetimos, necessária e louvável a defesa dos pobres, não só sociologicamente como religiosamente, mas o modo de agir da Teologia da Libertação não é evangélico, porque o amor ao próximo é a suprema norma social do Evangelho, que se aceita por convicção e não por imposição. O processo evangélico será muito mais lento, mas é mais humano e definitivo; como o operado no mundo pagão e bárbaro.
2. A necessidade de uma teologia atualizada e correspondente à índole e cultura do povo
O Concílio Vaticano II foi desejado por João XXIII e confirmado por Paulo VI, mantendo a fidelidade ao sacro patrimônio da verdade revelada, para enfrentar as novas condições e formas de vida, introduzidas no mundo hodierno.
Era o famoso “aggiornamento” (atualização), querido por João XXIII e a “inculturação”, auspiciada por Paulo VI, afim de apresentar aos povos de uma forma acentuadamente pastoral a doutrina da Igreja.
Fazia-se também um apelo à iniciativa dos teólogos para encontrar expressões mais adequadas para a vivência cristã nos nossos dias.
Respondeu séria e corajosamente a esse desafio o Conselho Episcopal Latino-Americano na Conferência Geral do Episcopado em Puebla, no México, tendo baseado seus estudos numa ampla rede de consultas e estudos de toda a Igreja na América LatinaÉ curioso como os Teólogos da Libertação procuraram boicotar Puebla. Diziam que Puebla não era “el puebio”. Mas realmente, em Puebla, falava “el pueblo de Dios”.
Organizaram, durante a Assembleia, uma Conferência paralela (anti-Puebla), da qual participaram alguns membros também do Episcopado e, curiosamente, agora, fundamentando-se em apenas algumas expressões da Conferência de Puebla, em releitura pré-fabricada, se julgam os verdadeiros protagonistas e executores de Puebla.
Para gáudio dos libertacionistas, puderam depois cantar vitória da aplicação concreta de suas ideias em Nicarágua, com os sandinistas e ministros sacerdotes e a Igreja Popular.
“Aggiornamento” da Igreja não significa uma mudança radical, mas o viver o dia atual da Igreja, fundada por Jesus Cristo e que deve atravessar os séculos, imutável na doutrina revelada, assistida pelo Espírito Santo, mas com os pés na terra, tanto quando caminha na praia, como nas montanhas ou no asfalto. É a mesma Igreja, peregrina neste mundo, que se faz viva e salvífica, adaptando-se, sem deixar de ser o que é, às circunstâncias do tempo. e do lugar.
Atualização, portanto, deve ser também inculturação, isto é, com capacidade de transmitir a – mensagem salvadora de Cristo aos diversos povos, encontrando as expressões mais adequadas para ser compreendida melhor pelos homens, que vivem em situações e ambientes os mais diversos.
Atualização e inculturação da Igreja foram interpretadas por alguns teólogos, como uma libertação da teologia tradicional para adotar, sem restrições, fórmulas novas de maior abertura cristã para o mundo e seu empenho sobre as realidades terrestres com uso das ciências humanas (psicologia, pedagogia, interpretação marxista da história etc. Assim promoveram uma revolução destruindo o passado, considerado superado, e fabricando formas modernas, alheias à teologia, e, portanto, reclamam uma nova interpretação do Evangelho de Cristo,
Nós católicos, porém, cremos na divindade de Cristo, na sua verdadeira e definitiva revelação pública, e não podemos, por conseguinte, aceitar nem as interpretações do Alcorão nem as de Marx, embora se apresentem como as mais eficazes e atualizadas,
Mesmo quando não se rejeita o passado e se julga aperfeiçoar o patrimônio cultural e artístico, é de mal gosto, fazê-lo, desfigurando suas mais belas expressões, como se para melhorar uma pintura clássica se usassem rabiscos e borrões de arte moderna.
Se esta aplicação de atualização e inculturação é errônea e desastrada para uma arte, com maior razão o será para a Igreja, que não é invenção nem obra de homens, mas de Deus, criador e Redentor,
3. Frutos de Teologia da Libertação
Não sei como se possa, honestamente, negar a existência da árvore da Teologia da Libertação, na sua espécie mais agreste, rude, azeda e radical, quando seus frutos aparecem já abundantes aos nossos olhos, ao menos no Brasil.
Acenamos aqui apenas a alguns desses produtos, pois haveria muitos outros em relação à liturgia, à vida religiosa, etc.
A decadência da teologia, depreciada em sociologia e política, o vazio da espiritualidade e a militância social e política, os anseios dos futuros sacerdotes manifestados agressivamente tanto nas universidades como até nos convites para a ordenação, a indisponibilidade para o apostolado cultural e das elites, a verdadeira lavagem cerebral de seminaristas (não todos felizmente, pois seus bispos sabem preservá-los) em certos Seminários ou comunidades do Brasil, saltam à vista de quem quer ver. O que se pode esperar desses futuros e pobres sacerdotes, munidos apenas com essa “teologia da enxada”, que não tem nem sequer a exposição sistemática e orgânica da nossa fé? Pregações sólidas e doutrinárias? Já escasseiam tais práticas em igreja onde a constante é a reivindicação amarga e irritante da ordem e justiça social em moldes socialistas, como se nosso povo não tivesse o direito de saciar sua “fome e sede de Deus” com a Palavra de Deus no culto sagrado, que não se deve confundir e conculcar com comícios despropositados e impertinentes. E depois, esses que negam o pão do Evangelho aos fiéis, não reconhecendo sua falta de responsabilidade, vão acusar outros organismos ou países como responsáveis e promotores da invasão e crescimento assustador das seitas e de outras formas de religião.
Cardeal Agnelo Rossi 19-03-1985

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