sábado, 10 de agosto de 2013

Ceará bate recorde histórico em consumo de gasolina

Comercialização do combustível ultrapassou 1 bilhão de litros em 2012

O consumo de gasolina, no Ceará, em 2012, bateu recorde histórico e, pela primeira vez, ultrapassou a barreira de 1 bilhão de litros vendidos no Estado. Ao todo, foram comercializados 1.120.767.704 litros em todo território cearense. Aumento de 18,8% frente ao que fora consumido no ano imediatamente anterior, quando 943 milhões de litros saíram das bombas para abastecer automóveis e motocicletas cearenses.
O Ceará ficou atrás apenas de Pernambuco, com 1,290  bilhão de litros; e da Bahia, com 1,842 bilhão.
O crescimento foi três vezes superior ao avanço médio das vendas no Brasil,  de 6,1%, anunciado pela Agência  Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Para se ter uma dimensão do que representa esse  incremento no mercado de combustíveis, a quantidade de gasolina vendida diretamente para a população cearense representou uma movimentação de praticamente R$ 3 bilhões na economia local,  no  ano passado (tendo como referência o preço médio de R$ 2,65 estipulado pela ANP, em 2012).
É como se  todos os dias fossem comercializados mais de 3 milhões litros de gasolina no Estado.  Significa dizer o mesmo que as bombas de combustíveis cearenses despejaram o equivalente a  129 mil litros  de gasolina por hora; ou ainda 36 litros a cada segundo.
Arte: Felipe Belarmino



































Gasolina como água
O Ceará sozinho representou o consumo inteiro de Maranhão  e Piauí somados. Em uma média per capita, com base no censo 2010, é como se cada cidadão cearense tivesse adquirido 132,5 litros de gasolina em 2012.  Bem próximo da média de consumo per capita de água no Brasil, que é de 150 litros para cada brasileiro por ano.
De acordo com  o assessor de Economia, Antônio José Costa,  um conjunto de fatores estimulou o salto nas vendas.  “Melhorou o poder aquisitivo das pessoas; houve uma maior facilidade no parcelamento do carro novo, além do IPI reduzido. Tudo isso influenciou”, contou, acrescentando mais um motivo. “A principal razão da elevação no consumo é a gasolina barata. Há 10 anos não subia a gasolina pura. Quando subiu, houve compensação na Cide. Claro que houve alta em outros fatores como transportem, custos do dono do posto e das distribuidoras, mas o preço da gasolina pura  só veio subir  mesmo neste ano”, refletiu.
Estrutura não acompanhou Sindipostos
Falta estrutura para acompanha crescimento
No ano passado, alguns postos da Capital e do Interior ficaram sem combustível por alguns dias. Um reflexo de que pouco fio feito em termos de infraestrutura para acompanhar o expressivo avanço no consumo de gasolina no Ceará.
“Tanto  o transporte rodoviário quanto o marítimo estão defasados. Em relação ao número de postos não houve problema. Na década de 1990, ficou mais fácil abrir um posto. No Ceará, mais do que dobrou a quantidade. Saiu de menos de 500 na década de 1980 para mais 1.200 hoje em dia”, confirmou.

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