O mundo atual, não pensa mais encima de valores humanos, religiosos e familiares, a pessoa não é mais vista pelo que é, e sim pelo que tem!
O homem, na sua insensatez, ignora a presença de Jesus no seu meio, busca a felicidade fora do plano de Deus, optando por caminhos incertos que não o faz chegar a lugar nenhum.
O ter, o poder, o prazer, o enlouquece, dando-lhe uma falsa alegria, uma alegria que mascara a pior doença da atualidade: a indiferença ao amor de Deus!E mesmo com tantas respostas ingratas a este amor sem limites, Deus não desiste do humano, não cansa de esperar pela sua conversão!
Estamos sempre em busca de algo que nos satisfaça de imediato, queremos tudo pronto, não temos paciência de construir, de esperar pelo tempo de Deus! E no desejo de adquirir “tudo” muito rápido, não adentramos no caminho de Deus, preferimos um caminho mais curto, o caminho do mundo, caminho que nos desvirtua dos bens eternos!
O evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, nos convida a refletir quanto à consciência que devemos ter do nosso tempo de vida terrena, e conscientizarmos de que o nosso tempo presente deve ser um tempo útil à nossa caminhada rumo à eternidade. É importante aproveitamos bem este tempo, pois ele é o único tempo que possuímos como espaço sagrado que Deus nos concede para construirmos o nosso tesouro no céu.
O texto vem nos acordar para uma realidade que ninguém pode fugir: a certeza da transitoriedade da vida terrena, a vida que passa! Quanto ao dia e hora da nossa passagem, Deus preferiu ocultar de nós, só nos deu uma pista: se trata de algo surpreendente, inesperado, o que pode nos deixar apreensivos. No entanto, para quem vive dentro do plano de Deus, o dia e a hora não importa, o importante é estar o tempo todo em sintonia com Deus, ciente de que, há uma vida melhor por vir, uma vida em plenitude: a vida eterna!
No início do evangelho, Jesus encoraja os discípulos, assegurando-lhes que embora, sendo um pequeno grupo para uma missão tão grande, eles não precisariam temer nada, pois no exercício desta missão grandiosa, eles estariam munidos da força do alto.
Jesus convidou os discípulos de ontem e hoje, convida a todos nós, a abrir mão dos bens terrenos, condição, para tomarmos posse dos bens eternos! Convidou-nos, a abandonar a mentalidade do mundo, para vivermos a dinâmica do reino, que tem como ponto de partida a entrega da vida!
Vós também ficai preparados! Porque o Filho do homem vai chegar na hora em que menos o esperardes!”Jesus compara este “ficar preparado,” com a postura de um empregado, que mesmo sem saber a hora que o patrão irá chegar, está sempre preparado: pronto para servi-lo!
Jesus nos alerta sobre a importância de estarmos atentos, vigilantes o tempo todo, o que não significa ficar parado, pelo contrário, devemos esperar por esta sua vinda, no exercício da nossa missão, no lugar onde fomos plantados por Deus, para servir!
“Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas.” No contexto do tempo de Jesus, estar com os rins cingidos, significava colocar sobre as vestes largas, um cinto ou uma corda na cintura para facilitar os movimentos do corpo, favorecendo a agilidade no trabalho.
Rins cingidos, falavam de serviço, foi o que o próprio Jesus fez; cingiu-se para lavar os pés dos apóstolos, numa atitude de humildade, de entrega, de serviço!
Manter as lâmpadas acesas, fala de vigilância, uma vigilância permanente, dia e noite, ou seja, todo o tempo de nossa vida terrena.
Ao longo do texto, Pedro, o discípulo que não guardava dúvida, pergunta à Jesus: “Senhor tu contas essa parábola para nós ou para todos? Jesus responde com outro pergunta; “ Quem é o administrador que o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa?” Ao que parece, aquela parábola, dentro daquele contexto, era primeiramente endereçada aos discípulos (pequeno rebanho), especialmente a Pedro, que mais tarde, seria o administrador à serviço do povo de Deus.
Hoje, esta parábola, é para cada um de nós; discípulo missionário, todos nós, somos administradores do que é de Deus, exercemos algum tipo de liderança, e como tal, precisamos nos conscientizar de que ser líder, não é sinal de privilégio, ser líder é missão, é sinal de serviço!
O desafio de quem busca a eternidade, é não desanimar e nem se isolar. É servindo ao outro, é partilhando a vida, que estaremos preparados para o nosso encontro definitivo com o Pai!
Em Jesus encontramos força e coragem para enfrentar e superar as adversidades da vida! Com Ele, em vez de medo, cultivamos em nossos corações, a semente da esperança, fruto da fé!
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