Chama-se
de “respeito humano” o pecado de ter vergonha de assumir a posição de
cristão, sobretudo de católico, nos meios em que se vive. Assim, muitos
escondem sua identidade católica, não rezam em público, não participam,
por exemplo, das Procissões nas ruas, e outras atividades, com receio de
manifestarem os sinais exteriores da fé católica. Temem a zombaria e
coisas semelhantes.
Esta situação tem se agravado ainda mais
porque o mundo ocidental começa a zombar da religião, sobretudo do
catolicismo. Em Oxford, na Inglaterra, a prefeitura da cidade proibiu
de chamar as festividades de final de ano de “Festividade de Natal”,
chamando de “Festival das luzes de Inverno”. Cristo foi expulso da vida
pública de Oxford…
Por outro lado, o Cardeal Stanislau
Rylko, Presidente do Pontifício Conselho de Leigos, do Vaticano, fez um
apelo para que os cristãos não sejam dominados por um “complexo de
inferioridade”. O Cardeal denunciou no dia 14.nov.2008 (www.zenit.org), a
existência de um “novo anticristianismo” também no Ocidente. Disse o
Cardeal:
“Para os cristãos, chegou o momento de
libertar-se do falso complexo de inferioridade para com o chamado mundo
leigo, para poderem ser valentes testemunhas de Cristo.” Ele analisou a
situação atual das sociedades ocidentais, caracterizadas pela “ditadura
do relativismo”, e denunciou a aparição de um “novo anti-cristianismo”
que “faz passar por politicamente correto atacar os cristãos, e em
particular os católicos”.
Hoje, advertiu o Cardeal, “quem quer
viver e atuar segundo o Evangelho de Cristo deve pagar um preço,
inclusive nas sumamente liberais sociedades ocidentais”. “Está ganhando
espaço a pretensão de criar um homem novo completamente desarraigado da
tradição judaico-cristã, uma nova ordem mundial”.
O problema, explicou o cardeal Rylko,
não é “o de sermos uma minoria, mas o de ter-nos transformado em
marginais, irrelevantes, por falta de valor, para que nos deixem em paz,
por mediocridade”. Este momento, explicou, é a “hora dos leigos”, de
sua “responsabilidade
nos diversos âmbitos da vida pública, desde a política à promoção da
vida e da família, do trabalho à economia, da educação à formação dos
jovens”.
Lamentavelmente hoje existe uma pressão
anti-católica, sobretudo sobre os jovens, na universidade e nos meios de
comunicação, tentando impor-lhes uma cultura maldosa de que a Igreja
Católica é obscurantista, atrasada, inimiga da ciência, opressora e
poderosa. Assim, a juventude, que não conhece a verdade, vai sendo
levada a ter ódio da Igreja e vergonha de ser católica. Por outro lado
se esconde tudo de bom e de belo que a Igreja fez para salvar o mundo
ocidental.
De fato é “a hora dos leigos” convictos
de sua fé, defenderem Cristo, a Igreja Católica e a “ã doutrina da fé”
(Tt1, 9), como muitos têm feito, sem medo, sem vergonha, sem respeito
humano. Lembremo-nos de que Jesus disse que quem se envergonhar Dele
perante este mundo, Ele também se envergonhará dele diante do seu Pai.
Prof. Felipe Aquino
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