Diante dos prodígios que realizava, Jesus se tornara conhecido, mas
muitos não tinham consciência de quem seria a Sua pessoa e qual o poder que O
movia. Ninguém conseguia identificá-Lo como o enviado de Deus. Seria Ele,
Elias? Seria João Batista? Com a consciência pesada porque mandara decapitar
João Batista, Herodes temia que este tivesse ressuscitado dos mortos para
condená-lo. Jesus era, então, uma incógnita! Ainda hoje a pessoa de Jesus é
manipulada de acordo com os nossos interesses e nossos temores. Muitas vezes,
fazemos de Jesus um fantasma a mercê da nossa imaginação. Não conseguimos
apreender quem Ele seja, realmente, porque não temos consciência do Sua
manifestação na nossa vida. Às vezes, temos também medo Dele! Ao invés de
reconhecê-Lo como nosso Salvador, entendemos que Ele veio para nos condenar por
causa das nossas culpas. Outras pessoas de outras religiões ainda hoje têm
Jesus como um homem bom que veio aqui para nos dar bons exemplos e nos deixou
ensinamentos úteis. E a maioria de nós não confia verdadeiramente que Ele é o
Filho de Deus que tem poder para nos livrar de toda e qualquer situação em que
nos encontremos. Nós confundimos a imagem de Jesus com a nossa própria imagem e
medimos a Sua capacidade de acordo com a nossa fraqueza e debilidade. Se
realmente nos apossássemos da Sua pessoa e da Sua força nós não nos
confundiríamos e teríamos a consciência tranquila, pois, Ele veio, justamente,
para no salvar e nos livrar do mal. Algumas vezes também nós agimos como
Herodes: para sustentar a palavra empenhada nós chegamos até a mandar cortar a
cabeça de pessoas, porque elas nos atrapalham. Cortar a cabeça de alguém poderá
ser também, tirar a pessoa da nossa vista, cortar relações, cortar a vez, tirar
as pretensões de alguém ou fazê-lo desaparecer para ficar livre. Queremos ver
realizados os nossos projetos e para isso, fazemos qualquer coisa. Cometemos
crimes dos quais levamos o peso na consciência, e, por isso, caímos no medo.
Jesus tem uma identidade própria. Ele é o nosso Salvador e ressuscitou para que
tenhamos uma vida nova, coerente com a nossa dignidade de filhos e filhas de
Deus. Portanto, não podemos mais nos confundir quando nos perguntarem quem Ele
é. – Você tem plena consciência de
que Jesus veio para salvá-lo (a) e não para condená-lo (a)? – Quem é Jesus para
você: Salvador ou algoz? – Você tem a consciência pesada por alguma cabeça que
você mandou cortar? – Há alguém que atrapalha os seus planos? – O que você
deseja para ele?
Helena Serpa
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