sexta-feira, 19 de julho de 2013

Local de missa terá barreiras

A possibilidade de manifestações durante a visita do papa mantém em alerta as forças de segurança
Rio de Janeiro. As Forças Armadas montarão barreiras ao redor do Campus Fidei, onde o papa Francisco vai celebrar um missa campal no último dia da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), para evitar protestos mais ostensivos que descaracterizem o evento religioso no Rio de Janeiro, informou ontem o comando do Exército.

Escultores se preparam para receber o papa Francisco. Diante de milhares de católicos, o pontífice inicia sua primeira viagem internacional FOTO: REUTERS

Grupos organizados de manifestantes e pessoas mascaradas não poderão acessar a vigília e a missa em Guaratiba, na zona oeste do Rio. A possibilidade de manifestações durante a JMJ, como as que vêm ocorrendo desde junho, mantém em alerta as forças de segurança.

As Forças Armadas destacaram cerca de 7 mil homens para atuar no entorno do Campus Fidei, em Guaratiba, localizado a cerca de 60 quilômetros do Centro do Rio e montado para receber os jovens que participam da jornada. No local, serão realizadas a Vigília, no sábado, e a Missa de Envio, no domingo.

"Claro que a manifestação é algo que já temos e nos preocupa, mas é uma preocupação normal, quem vai atuar são órgãos de segurança pública e PM. Acreditamos que consigam cumprir a missão", disse o comandante da 1ª Divisão do Exército, general José Alberto Abreu.

"Vamos estar sempre acompanhando. Só em último caso colocaremos tropas na rua com decreto expresso da Presidência", acrescentou o general.

As linhas de atuação dos militares devem abranger um raio de quatro quilômetros, e os homens de Exército, Marinha e Aeronáutica vão fazer revistas pontuais nas pessoas que forem acessar o Campus Fidei. Espera-se mais de um milhão de pessoas na missa campal.

Máscaras serão vetadas

"Podemos prender se for o caso, porque temos poder de Polícia. A entrada de pessoas mascaradas, uma marca dos protestos em todo Brasil, e de grupo organizados serão proibidos", disse.

Quem levar faixa de protesto e mostrar durante a missa também poderá ser retirado do local. "Os grupos de manifestantes, dependendo da motivação, não serão permitidos", disse.

"Os mascarados serão impedidos de entrar. Lá não é local de entrar de máscara. Objetos também serão reprimidos", afirmou o general do Exército.

Na parte interna do Campus Fidei, haverá cerca de 800 militares à paisana, que vão atuar na segurança do palco do papa Francisco.

As Forças Armadas destacaram 10.200 homens para atuar na JMJ. Boa parte vai estar nos eventos, e outros cerca de 2.500 estarão nos quartéis à espera de uma demanda. Os militares terão uma ação preventiva, mas uma atuação repressiva depende de determinação específica.

A revista Time, que pôs o papa Francisco na capa, diz que o pontífice enfrentará uma "batalha" no Brasil diante do magnetismo do evangelismo protestante e as tentações da cultura secular.

Braço direito

D. Cláudio Hummes poderá ocupar a partir de outubro um dos principais cargos da Cúria. O papa Francisco teria chamado o arcebispo emérito de São Paulo para Roma. 

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