Celebramos
neste domingo a solenidade da apresentação de Jesus no templo.
Quarenta
dias após o seu nascimento, Jesus é levado ao templo pelos seus
pais, afim de cumprir um ritual judaico.
Maria e
José, num gesto de entrega a Deus, apresentam Jesus no templo, Jesus, o
preciosíssimo tesouro, que eles sabiam não lhes pertencer.
Com este
gesto, os pais de Jesus, nos dão um grande exemplo de responsabilidade
para com o que é de Deus, mostrando-nos que a vida dos nossos filhos, não
nos pertence, pertence a Deus, somos apenas depositários destes tesouros.
Em si
tratando da apresentação do próprio Filho de Deus, esta solenidade
adquire um significado muito profundo, estreitamente ligado ao mistério
da encarnação.
O rito da
apresentação de Jesus, é diferente dos outros ritos em que os pais
apresentavam seus filhos a Deus num sinal de oferta e de pertença a
Ele. Já no rito de Jesus, é Deus quem apresenta o seu Filho
aos homens pela boca do profeta Simeão e da profetisa Ana.
Jesus
veio para os pobres e é aos pobres que ele se manifesta primeiro, a começar
pelos seus primeiros visitantes, os pastores lá na gruta de Belém e
na sua apresentação no templo, é também para os pobres
que ele se manifesta primeiro, ou seja, para os “pobres de Javé”
Simeão e Ana, que podemos intitulá-los: profetas da esperança.
O velho
Simeão esperava pela libertação de Israel, ele já havia recebido de Deus, a promessa de não partir desta vida, sem
antes ter visto com os seus próprios olhos, o Salvador do mundo!
Guiado
pela inspiração divina, Simeão vai ao templo exatamente no momento
em que Maria e José, levam Jesus para cumprir as prescrições
legais, suas palavras proféticas,sobre o futuro de Jesus, constituem o
centro do relato.
Já
prestes do fim de sua existência terrena, Simeão toma Jesus em seus braços,
definindo-o como: A salvação que chegou para todos os povos.
Salvação, que chegou num menino que estava começando a vida, e que mais
tarde daria esta vida, para o resgate da humanidade corrompida pelo pecado.
Os olhos
de Simeão viram longe, viram naquele menino, ainda totalmente dependente
do humano, a salvação do próprio humano.
Na cena,
Maria permanece silenciosa, certamente ela ainda não havia entendido tudo
a respeito da trajetória do seu filho, mas acolhe as profecias de
Simeão sobre o seu futuro, aceitando os desígnios de Deus.
Após ter
tido a felicidade de ter o Messias em seu braços, Simeão sente que já podia
partir deste mundo, afinal, seus olhos já tinham visto o que ele tanto
esperava: a “libertação do povo de Israel".
Assim
como Simeão, sejamos também persistentes em nossas esperas,
sem nunca desistirmos dos nossos sonhos.
Contemplando
o Messias em seus braços, Simeão pensou somente no bem do povo, pois ele
sabia que não usufruiria da alegria de vê-Lo caminhando aqui
neste chão.
Contemplemos
a figura de Simeão, um homem que não olhava para o passado,
que via longe, que sonhava grande, mesmo na fragilidade de sua idade avançada.
Simeão
e Ana representam o povo fiel, o povo que não perde a esperança,
porque confia nas realizações das promessas de Deus.
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